Se Natacha soubesse a verdade, certamente se sentiria culpada ao extremo. Por isso, Joaquim decidiu tratar o incidente como um simples acidente de trânsito, tentando minimizar a gravidade da situação. Ele se esforçava para manter a voz calma e firme, mas a preocupação em seus olhos era evidente.
Natacha, porém, não conseguia aceitar a explicação. Seus olhos brilhavam de desespero e incredulidade, enquanto suas mãos tremiam de ansiedade.
- Isso não faz sentido. - Disse ela, sua voz quebrando de emoção. - Por que Rosana diria que meu pai foi acusado de agressão intencional? Mesmo que ele tenha atropelado alguém, deve ter sido sem querer.
Joaquim tentou tranquilizá-la, colocando uma mão reconfortante em seu ombro.
- A outra parte está alegando isso para tentar obter mais dinheiro. Não se preocupe, Manuel é muito experiente em casos criminais. - Ele fez uma pausa, olhando nos olhos dela, tentando transmitir confiança. - Se houver alguma falha na acusação, ele encontrará as provas necessárias.
Os olhos de Natacha se encheram de lágrimas, sua voz se tornando um sussurro angustiado.
- E a vítima, como ela está? Se os ferimentos não forem graves, meu pai pode sair em breve, certo? Por favor, me leve para ver a vítima, eu quero me desculpar. Farei qualquer coisa para que eles perdoem meu pai.
Joaquim mudou de expressão, tentando manter a calma apesar da tensão crescente. Ele apertou os lábios antes de responder, a voz um pouco hesitante:
- A vítima está gravemente ferida e não quer nos ver. Eles não nos deram nenhum endereço.
Natacha sentiu um aperto no peito, a impotência esmagando suas esperanças.
- Então, o que podemos fazer? - Ela perguntou, a voz embargada pela emoção. - Não posso ver meu pai, não posso ver a vítima. O que posso fazer para ajudar?
Se sentindo impotente, Natacha se odiava por não poder fazer nada para ajudar seu pai. Ele estava na prisão e ela nem sabia disso até agora. Mesmo sabendo, ainda não sabia como ajudá-lo. Seu rosto estava pálido, e a tristeza em seus olhos era muito grande.
Joaquim a abraçou novamente, tentando acalmá-la, sua voz suave e reconfortante:
- Natacha, por favor, mantenha a calma. Confie em mim, vou pedir a Manuel para cuidar pessoalmente do caso do seu pai. Vamos tirar ele dessa situação o mais rápido possível.
- Você promete? - Natacha perguntou com a voz trêmula, seu olhar fixo em Joaquim, buscando desesperadamente alguma esperança. - Mas você disse que a vítima está gravemente ferida. Isso não vai dificultar as coisas? Meu pai vai para a prisão?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...