Natacha sentiu um desamparo repentino, percebendo que, apesar da vastidão do mundo, não havia para onde fugir, nenhum caminho a seguir. Diego hesitou antes de falar, com um olhar preocupado e triste.
- Se você continuar aqui mais um dia, Natacha, a família Coronado vai acabar completamente!
Ela assentiu, com os olhos marejados, a voz embargada.
- Eu sei o que fazer, Sr. Diego. Vou voltar para casa esta noite. Desculpe pelo transtorno nos últimos dias.
Diego, com uma expressão de desespero contido, acrescentou:
- Quando estiver diante do Sr. Joaquim, por favor, diga algumas palavras boas sobre mim. Uma única palavra dele pode selar o destino da minha família. Estou sem escolha.
Natacha assentiu levemente, seu coração pesado com uma mistura de tristeza e frustração. Nunca imaginava que Joaquim usaria meios tão baixos para obrigar ela a voltar. Ele queria que ela retornasse implorando.
No caminho de volta à mansão, Natacha riu a si mesma. Ela se sentia como uma marionete nas mãos de Joaquim, totalmente à mercê de suas manipulações. Para ele, ela era apenas um objeto de controle e posse.
Ao chegar à mansão, Dora a recebeu com alegria.
- Senhora, que bom que a senhora voltou. - Ela sussurrou. - O senhor está na sala de estar, o jantar será servido em breve.
Natacha trocou os sapatos e caminhou lentamente até a sala de estar. Joaquim já estava em casa, vestindo roupas confortáveis, o que lhe conferia uma aparência mais amena do que o habitual. Ele estava sentado no sofá, folheando uma revista, e ao ouvir seus passos, levantou o olhar para ela, sem demonstrar surpresa.
- Você voltou? - Joaquim chamou ela com um gesto, como se estivesse chamando um animal de estimação. - Venha aqui.
Para Natacha, aquele gesto era extremamente humilhante, mas ela sufocou a revolta e a humilhação, se aproximando devagar dele.
Joaquim não falou sobre a carta do advogado nem a intenção dela de pedir o divórcio. Em vez disso, ele levantou a mão e acariciou com carinho a rosto dela.
- É bom que tenha voltado.
Natacha deu um passo atrás, desviando o rosto, e falou em tom indiferente:
- Agora que voltei, você pode deixar a família Coronado em paz? Eu fiz o que você queria, então pare de prejudicar eles.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...