Mas o que ela significava para ele afinal? Não podia dar um casamento feliz a ela e, no entanto, nem sequer concedia a liberdade a ela. Quanto mais Natacha pensava nisso, mais injustiçada se sentia. Pegou o prato à sua frente e começou a comer com determinação a arroz branco, lágrimas caindo em silêncio de seus olhos.
Joaquim observou ela comer e, vendo suas lágrimas, não pôde deixar de expressar sua irritação.
- Estou tentando cuidar de você, garantir que coma bem. Isso te deixa tão chateada assim?
- Não preciso da sua falsa bondade! - Retrucou Natacha, enxugando teimosamente as lágrimas, enquanto continuava comendo. Ela queria acabar logo com a comida para poder discutir sobre a família Coronado, conforme Joaquim exigira.
Ele colocou alguns vegetais no prato dela e disse:
- Não coma só arroz.
Ela pegou os vegetais mecanicamente, engolindo eles apesar do nó em sua garganta. Mesmo se sentindo sufocada, ela continuou forçando a comida para baixo. No final, Joaquim não aguentou mais assistir àquela cena. Ele pegou o prato dela com firmeza e disse em tom frio:
- Chega, se não quer comer, não coma.
Natacha enxugou o nariz e, com a voz trêmula, perguntou:
- Eu fiz tudo o que você pediu. Agora pode deixar a família Coronado em paz?
Ao ouvir Natacha mencionar a família Coronado repetidamente, como se sua relação fosse uma mera transação, Joaquim franziu o cenho, visivelmente incomodado.
- Eu disse que conversaríamos à noite, com calma.
Ele enfatizou as palavras “com calma”, e Natacha entendeu perfeitamente o que ele quis dizer.
...
No quarto.
Quando Natacha saiu do banho, os olhos ainda vermelhos e inchados, ela encontrou Joaquim já de banho tomado, com o cabelo ainda úmido. Ele sabia que ela havia chorado no chuveiro, a julgar pelo estado dos olhos dela, parecendo uma pequena corça assustada. A fragilidade dela, tão bela e delicada como uma flor recém-saída da água, fez com que ele sentisse uma vontade quase irresistível de proteger ela, mas ele escondeu seus sentimentos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...