Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 687

O senhor olhou para as costas dela e ironizou: "Você acha que ele te protege tanto porque talvez ele tenha sentimentos por você ou até queira se casar contigo?"

"Não, um homem pode ter muitas mulheres em seu coração, mas só pode ter uma esposa."

"Mesmo que ele quase tenha morrido por você, ele ainda vai se casar com a Clarice, porque no fundo ele acha que você não é digna de ser sua esposa."

A mão de Adriana, que estava prestes a abrir a porta, parou no ar.

O senhor riu com desdém: "Por que não vai? Está com medo de encarar a verdade?"

Dizendo isso, ele olhou para os seguranças na porta.

Quer Adriana quisesse ou não, eles cobriram sua boca e a levaram para a porta do quarto ao lado.

O senhor empurrou a porta suavemente, forçando Adriana a olhar para dentro.

Jaques havia acordado há pouco tempo e, ao ver Clarice chorando tristemente, levantou a mão para enxugar suas lágrimas.

"Não chore."

"Você promete que não vai fazer isso de novo? Eu realmente fiquei assustada." Clarice segurou a mão dele, pressionando-a contra sua bochecha.

Jaques a olhou e assentiu com a cabeça: "Sim."

Clarice se aproximou dele, encostando suavemente em seu peito, e perguntou cautelosamente: "E o casamento…"

Jaques olhou para o teto e respondeu com firmeza: "Eu prometi que me casaria com você, o casamento não será adiado."

"Mas e sua saúde?"

"Eu estou bem." Jaques respondeu para tranquilizá-la.

Clarice, emocionada, enterrou o rosto em seu peito, chorando de felicidade e alívio.

"Sempre soube que você se importava comigo."

Jaques deu leves tapinhas nas costas dela, sem dizer nada.

A fresta da porta foi fechada pelo senhor.

Ele deu alguns passos para trás, admirando o rosto pálido de Adriana.

"Jaques é o herdeiro que eu treinei, ele sabe a diferença entre uma mulher para casar e uma para se divertir."

"Soltem-na. Se ela ainda não entendeu, só posso dizer que ela é sem vergonha."

Jaques não ficou surpreso ao ver o relatório, ele conhecia seu próprio corpo.

No momento em que bebeu aquele copo de cachaça, ele soube que algo estava errado.

Com a expressão inalterada, Jaques colocou o relatório de lado, sentou-se lentamente na cama e estendeu a mão para pegar o maço de cigarros.

Antônio pressionou o maço, dizendo: "Não se preocupe, vou encontrar uma solução, mas preciso da sua colaboração."

"Antônio." Jaques disse com a voz rouca, os olhos escuros e sem vida.

Antônio finalmente afastou a mão, permitindo que ele acendesse o cigarro.

Seus olhos semicerrados desapareceram na névoa que subia da ponta do cigarro: "E ela?"

"Foi embora." Antônio hesitou antes de responder.

"Não conte a ela."

"Certo, mas o que você pretende fazer?" Antônio olhou para o relatório de sangue sobre a cama.

"Casar, ir em lua de mel." Jaques disse sem emoção, até esboçando um sorriso irônico, "Não é isso que todos querem ver?"