Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 680

Maira deu uma leve pausa ao ouvir as palavras de Janete, instintivamente olhando para Cesário.

O senhor não demonstrou emoção alguma, soprou o chá quente e respondeu calmamente: "Ela já devia ter se casado. O que há de errado em procurar alguns homens? Não estou fazendo isso para o bem dela?"

Maira, sob o olhar dele, assentiu repetidamente.

Virando-se, ela olhou para Janete, com uma mistura de reprovação e súplica: "Ciça, seu pai está certo. Você já está crescida, está na hora de se casar."

Janete olhou para sua mãe, que estava cega pelo amor, e engoliu a raiva com um sorriso frio, lentamente se levantando.

"Casar? Com quem? Com um homem cuja esposa está com câncer na cama e me quer como um prêmio de consolação? Ou com um homem da idade da minha filha? Ou talvez com alguém que destrói o relacionamento dos outros e me usa para subir na vida?"

"Mãe, você ainda não entendeu? Ele te despreza e te manipula. Como ele respeitaria a filha que você teve? Por que, então, eu tenho o sobrenome do meu pai?"

"Nesse país distante, eu nem mereço carregar o sobrenome do meu pai!"

"E além do mais... por que vocês não se casam? É porque não podem? Ou ele simplesmente não quer se casar com você?"

Assim que terminou de falar, o senhor jogou sua xícara de chá aos pés de Janete.

"Desgraçada! Ajoelhe-se!"

"Nunca!"

Janete encarou o senhor com ódio.

Ele estreitou os olhos e acenou para os seguranças.

Os seguranças forçaram Janete a se ajoelhar, e seus joelhos pousaram exatamente nos cacos da xícara.

Ela soltou um gemido de dor, mordendo os lábios para não pedir misericórdia.

O senhor olhou friamente para seus joelhos, e os seguranças pressionaram ainda mais seus ombros.

Logo, o sangue começou a manchar o vestido de Janete.

Ao ver isso, Maira finalmente reagiu.

"Não, não façam isso, Ciça não vai aguentar."

Sua expressão era uma mistura estranha de emoções.

Ela esfregou as mãos juntas, coçou o pescoço.

Finalmente, ela estava tão inquieta que não conseguia focar o olhar.

Janete percebeu o perigo e gritou: "Mãe! Estou bem! Se acalme."

Vendo isso, o senhor olhou para o mordomo ao seu lado.

O mordomo lentamente tirou um frasco de remédios.

Antes que ela pudesse reagir, Maira deu outro tapa.

"Ciça, por favor, filha, escute. Não pode pensar em mim? Eu só tenho ele!"

"Se ele me quiser, serei a mulher dele para sempre!"

"Diga algo! Admita seu erro!"

Maira estava perdendo a paciência e começou a bater em Janete com ambas as mãos.

Até que seu vício a dominou, e ela começou a tremer incontrolavelmente.

Ela se ajoelhou na frente de Janete, implorando: "Não consigo viver sem ele... Ciça, ajude sua mãe..."

Olhando para sua mãe ajoelhada, o rosto inchado de Janete estava cheio de tristeza.

"Você só tem ele? E eu, o que sou?"

"Ele te controla com remédios, e toda vez que te ajudo a parar, um telefonema dele e você corre para ele, o que sou eu, afinal!"

Maira não aguentou mais, agarrou a roupa de Janete e a sacudiu com força.

"É só pedir desculpas! O que há de tão difícil? Eu o amo! Estou disposta a ser controlada por ele!"

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