Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 620

Antônio se aproximou e olhou ao redor das pessoas reunidas.

"Sra. Alves está fora de perigo."

Após compartilhar as atualizações médicas, ele retomou a conversa anterior.

"Na noite passada, não estava só a Adriana na casa do Sr. Jaques, eu também estava lá. O Sr. Jaques estava com dor nas costas, e fui eu quem pediu à Adriana para ficar e ajudar. Só saí de manhã."

"Quanto ao motivo da dor nas costas do Sr. Jaques, acredito que alguns aqui já sabem."

Embora Antônio não tenha dito claramente, seus olhos se fixaram diretamente em Quezia.

Quezia fingiu não perceber e esboçou um sorriso, mas suas têmporas pulsavam visivelmente.

Antônio não deu chance para Quezia respirar e disse friamente: "Além disso, acabei de perguntar ao Sr. Jaques, e ele percebeu que todos os remédios que a Sra. Alves carregava desapareceram."

Bernardo comentou com um semblante grave: "Isso é impossível, Clarice já faz uso dos remédios há tempos, ela nunca esqueceria de levá-los."

"Isso cabe a vocês resolverem. Caso contrário, podemos chamar a polícia." Antônio alertou.

Assim que ele disse isso, Quezia mudou de expressão.

"Não podemos chamar a polícia."

"Por quê?" Antônio questionou.

"Porque..." Quezia hesitou por alguns segundos antes de apontar para Adriana, "Quero ver se todos vão querer saber que Clarice teve que ser socorrida porque essa mulher apareceu na casa do Sr. Jaques. O casamento entre as famílias é muito complicado, se isso virar um escândalo, não será bom para ninguém."

Fazia sentido.

Mas Adriana percebeu a inquietação nos olhos de Quezia.

Desde o início, Quezia estava plenamente consciente de tudo que acontecia na Costa Royal.

Até mesmo o socorro de Clarice não a surpreendeu, ela apenas tentava colocar toda a culpa em Adriana.

Adriana não acreditava que Quezia não tinha nada a ver com isso.

Cesário também se manifestou novamente: "Realmente não podemos chamar a polícia, o estado de Clarice não suporta mais pressão da mídia."

Até Bernardo não pôde contestar isso.

Durante o impasse, Antônio de repente avançou até Adriana e segurou sua mão.

"Por que você não disse nada sobre tanto sangue?"

Adriana, retornando à realidade, olhou para o dedo e viu que o lenço que cobria o ferimento estava encharcado de sangue.

Ela não havia sentido nada até então.

Foi só quando Antônio abriu o lenço que ela entendeu o motivo de não sentir dor.

Adriana percebeu que ele estava mentindo.

"É grave?"

"Um pouco. Não posso te dar uma resposta definitiva agora, tudo vai depender do tratamento."

"Eu... Vou poder segurar uma caneta?"

A estabilidade emocional de Adriana começou a vacilar.

Antônio permaneceu em silêncio.

O dedo lesionado era o indicador, justamente o usado para controlar a caneta.

O golpe foi tão forte que claramente foi intencionalmente agressivo.

Adriana entendeu a expressão de Antônio. Parece que não foi só ele que percebeu que a mão dela estava machucada, Cesário também tinha visto.

Por isso ele deu um tapa tão forte no rosto dela.

Porque ele sabia que o instinto da pessoa seria tentar se proteger.

Não é à toa que, depois de acertar a mão dela, a força do tapa no rosto foi um pouco menor.

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