Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 586

Qualquer mulher que ouvisse as palavras de Bernardo ficaria muito comovida.

Mas Adriana não queria facilitar as coisas para ele.

Ela sorriu e balançou a cabeça: "Diretor Alves, não precisa fazer isso. Com suas qualidades, você encontrará alguém mais adequada."

"Não deveria ser eu a decidir quem é adequado ou não?" - Bernardo respondeu seriamente.

Olhando nos olhos dele, Adriana ficou sem palavras por um momento.

"Está tudo bem, não vou pressioná-lo. Você se desgastou muito hoje, descanse bem." - Bernardo disse enquanto apontava para um dos documentos: "Esta é uma boa universidade."

Adriana olhou para baixo e leu o documento, rindo ironicamente: "Diretor Alves, eu sei que a Família Alves tem uma filial neste país."

"Veja... você me conhece bem."

Bernardo sempre admitia seus pensamentos com uma honestidade desarmante.

Era algo que Adriana nunca havia experimentado tão abertamente.

Quando ela era pequena, por não ter pai, muitas pessoas especulavam que ela era uma filha ilegítima, mas ela não podia refutar isso. Assim, sempre que alguém perguntava sobre seu pai, ela hesitava.

Ela tinha medo de que Victoria ficasse triste e também tinha medo das expressões nos rostos das outras pessoas.

Mais tarde, ela se casou com Jaques sem cerimônia, sem alianças, sem nada, e por isso foi escondida na mansão com sua filha.

Sua vida parecia destinada a ser vivida nas sombras.

Tanto que, até então, ela tinha o hábito de se esconder.

Adriana olhou para Bernardo e lhe deu um sorriso genuíno: "Obrigada."

Bernardo não disse nada, apenas acenou com a cabeça e foi embora.

Adriana voltou para o sofá, olhando para os documentos em suas mãos, sentindo-se extremamente confusa.

Momentos depois, ela ouviu o som da fechadura da porta sendo girada e ficou surpresa.

Ele pensou que Bernardo poderia ter se esquecido de algo e teria voltado.

Mas quando estava prestes a abrir a porta, ela parou.

Se fosse Bernardo, ele teria batido na porta… por que girar a fechadura?

A menos que...

Adriana olhou pelo buraco da fechadura e era ele mesmo.

Jaques.

Ele estava carregando uma chave que ela não sabia como ele havia conseguido.

Irritada e inexplicavelmente agitada.

Adriana se lembrou dos avisos de Clarice.

Era como uma esposa dando conselhos à sua amante.

E foi Jaques quem a colocou nessa situação.

Adriana cerrou os punhos com força e falou baixinho: "Sr. Jaques, eu esqueci o passado. Não temos nenhum relacionamento agora. Eu falo com quem eu quiser, não preciso de sua permissão."

"E mais... não é comigo que você deve se preocupar, é com a Clarice."

De repente, tudo ficou em silêncio do lado de fora.

Adriana pensou que Jaques havia saído e, cautelosamente, espiou pelo buraco da porta.

O homem ficou em silêncio, parado do lado de fora da porta. Como se tivesse percebido algo, ele lentamente levantou os olhos e fixou o olhar no olho mágico.

Através do olho mágico, seus olhares se encontraram.

Seus olhos estavam um pouco escuros, com emoções indefiníveis, enquanto seu pomo de Adão se movia levemente e seus lábios pareciam murmurar algo.

Mas Adriana não ouviu nada.

Quando ela voltou à realidade, a figura do lado de fora já tinha se virado, restando apenas o leve movimento da bainha da roupa passando.

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