Adriana acordou com uma policial uniformizada sentada ao lado da cama.
Ela sorriu levemente, transmitindo uma sensação de segurança.
"Você acordou? Está com sede?" - A policial se levantou, gentilmente servindo-lhe um copo d'água. "Você está apenas com escoriações, nada grave."
"Obrigada."
Adriana se apoiou para pegar o copo.
Até aquele momento, ainda tremia com o susto que tinha acabado de passar.
A policial a observava, sem pressioná-la com perguntas, esperando que ela se acalmasse antes de começar a inquirição.
"Nereu também está bem, mas vocês estão contando versões diferentes do ocorrido, então preciso do seu depoimento."
Adriana fez uma pausa ao beber água: "Versões diferentes? Como assim?"
Era tão óbvio, como poderiam haver versões diferentes?
A policial explicou: "Nereu disse que estava bêbado e, por isso, agiu de forma agressiva. Ele apresentou um laudo psiquiátrico do exterior e afirmou... que você havia concordado em jantar e assistir a um filme com ele, então ele assumiu que a senhora queria algo a mais."
Adriana sentiu um nó na garganta, e uma pressão dolorosa tomou conta do peito.
"Só porque saímos para jantar e ver um filme, ele achou que eu queria algo mais? Que regra é essa? Eu disse não!"
"Srta. Guerreiro, Nereu disse que sua mãe também havia concordado." - A policial a olhou com uma expressão de impotência.
"..."
Adriana engasgou, incapaz de falar.
A policial permaneceu em silêncio por alguns segundos, depois tentou confortá-la: "Seu depoimento é muito importante agora. Vamos investigar tudo cuidadosamente."
Ao ouvir isso, Adriana respirou aliviada, sentindo que ainda havia quem quisesse ajudá-la.
Ela contou tudo o que aconteceu, mencionando também que o carro de Nereu tinha sido modificado, e que não era a primeira vez que ele fazia algo assim.
A policial anotou tudo com atenção e perguntou no final: "Há mais alguma coisa que você queira acrescentar?"
Adriana pensou por um momento e disse, em voz baixa:
"O Sr. Jaques e a Eunice viram tudo."
Adriana, pálida, olhava para a parede branca à sua frente, sentindo-se completamente drenada.
Como ela poderia mudar sua situação?
Algum tempo depois, ouviu-se uma reprimenda do lado de fora.
Adriana se levantou e foi até a porta. Ainda sem abrir, ouviu a voz autoritária de Cesário.
"Seu imbecil! Era só uma simples colaboração e você conseguiu fazer tudo isso?"
Através do vidro, Adriana viu Tomás e Victoria, com os rostos pálidos, de pé diante de Cesário.
Victoria, tremendo, tentou se explicar: "Papai, eu... eu realmente não sabia que o Sr. Figueira faria tal coisa. Foi em legítima defesa..."
"Cale a boca! Agora vem se fazer de santa? Você sabe muito bem o que ela já fez! Queria a parceria e ainda entregou sua filha de bandeja. Como ele não iria imaginar o pior? Se ela fosse uma pessoa decente, por que aceitaria sair para jantar e assistir um filme?"
Cesário ficou de braços cruzados, observando Victoria com um olhar furioso.
Victoria se encolheu, tentando segurar as lágrimas, sem coragem para dizer uma palavra.
Tomás defendeu: "Papai, a Victoria só achou que a Família Figueira tinha uma boa reputação, por isso queria apenas apresentá-la. Ela não sabia de nada."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...