Adriana não parou de se mover até que ele finalmente desmaiou sob o assento.
Ela ajeitou suas roupas e, cambaleante, rolou para fora do carro.
Ao se levantar, não conseguiu pronunciar uma única palavra, arrastando sua bolsa manchada de sangue e deformada enquanto dava passos em direção ao exterior.
No meio do caminho, as luzes do outro carro se acenderam de repente.
Adriana levantou a mão instintivamente para se proteger. Após um breve momento, ela se acostumou e abaixou-a, então viu Jaques sair do carro, impecavelmente vestido e distinto.
Em contraste com a sua aparência desarrumada, eram como o dia e a noite.
Quando seus olhares se cruzaram, Jaques franziu a testa.
Foi somente quando o som das sirenes da polícia começou a ressoar ao redor que Adriana voltou a si.
Um policial com luvas se aproximou dela e estendeu a mão: "Srta. Guerreiro, precisamos do que a senhora tem em mãos como evidência."
"Ele morreu?" - Adriana perguntou, com a voz fria.
"Não. Ele foi levado às pressas para o hospital."
Percebendo o estado emocional dela, o policial respondeu com cautela.
Adriana assentiu, mas um fio de tensão permaneceu em sua mente.
Foi só quando o policial colocou sua bolsa no saco de evidências e comentou:
"Sorte que a polícia foi acionada a tempo."
Adriana captou a dica e perguntou, quase sem virar a cabeça: "Quem chamou a polícia?"
O policial olhou rapidamente para Jaques, que estava encostado no carro, fumando, e sem dizer mais nada, pegou as evidências e se afastou.
Jaques apagou o cigarro e se aproximou com um ar gelado. Seu terno preto parecia completamente fora de contexto com tudo ao redor.
Inclusive com a própria Adriana.
Parando diante dela, ele olhou para o inchaço em sua testa e zombou: "É realmente uma figura. Está satisfeita agora?"
Ouvindo suas palavras, a tensão na mente de Adriana finalmente estourou.
Ela, coberta de sangue, tremeu os lábios: "Você viu naquela hora, não foi? Quando estava com a Eunice."
Jaques permaneceu em silêncio, aceitando a acusação.
Adriana balançou a cabeça, riu friamente e começou a limpar o sangue de suas mãos na barra da saia, como se não se importasse.
"Então essa é a minha punição por desobedecer você? Para me lembrar o que acontece quando te desafio?"
"O que o tio esperava?"
"Eu deveria ter me ajoelhado e pedido desculpas? Se o tio gostava disso, deveria ter dito antes."
Expostos de forma crua diante de Jaques.
Adriana não o encarou. Ajustou a gola com descaso e desviou de sua mão, afastando-se lentamente.
Virando as costas, Adriana foi envolvida pelo vento frio. O medo dominava seu corpo. Por mais que tentasse se abraçar, o frio parecia não passar.
De repente.
"Srta. Guerreiro! Chame uma ambulância!" - o policial gritou.
Adriana já estava no chão.
No segundo seguinte, ela foi envolvida por braços quentes.
Um leve aroma de tabaco, misturado com o frescor dos pinheiros, calmo e contido.
Esse cheiro atravessou sua vida.
Tornando-se familiar e temeroso.
O corpo de Adriana se tensionou levemente, e lágrimas involuntariamente escorreram de seus olhos.
Ela estava com medo… Como não estaria?
Desmaiada, ela sentiu alguém acariciar seus olhos. O gesto de enxugar as lágrimas parecia carregar uma exploração silenciosa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...