Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 124

Adriana arregalou os olhos ao encarar o homem à sua frente.

Ele levantou as mãos, puxando a gola da camiseta para frente e, num movimento rápido, despiu-se dela, revelando um físico definido que estava escondido sob o tecido.

Com os braços erguidos, os músculos do abdômen se tensionaram, bem delineados e sem um pingo de gordura.

Adriana ficou momentaneamente atônita, até que um suéter foi lançado em sua direção.

Jaques se recostava casualmente na mesa, observando Adriana com um olhar divertido: "Não viu o suficiente naquela noite? Não quer ficar doente, vá trocar isso aí dentro."

O rosto de Adriana esquentou enquanto ela agarrava o suéter e corria para o provador, fechando a cortina atrás de si.

Depois, nenhum dos dois falou nada, apenas os sons de Adriana trocando de roupa podiam ser ouvidos no silêncio.

Jaques pegou um cigarro, baixou o olhar para acendê-lo, mas foi distraído pela silhueta na cortina.

Adriana estava tirando sua blusa de gola alta, e ao levantar os braços, revelou uma silhueta curvilínea.

Era uma visão sutil e encantadora.

Ela, por natureza, era uma beleza radiante, que não precisava de esforço para enredar os homens, possuindo um charme naturalmente sedutor.

O isqueiro de Jaques queimou seus dedos, fazendo-o finalmente acender o cigarro e dar uma profunda tragada.

Através da névoa do cigarro, ele observava os pequenos gestos dela atrás da cortina.

Adriana, com uma mão, pegou o suéter dele e bateu nele como se estivesse batendo no próprio Jaques, murmurando entre dentes.

Ela estava teimosa e corajosa, e Jaques tinha certeza de que suas palavras eram sinceras.

Finalmente, ela vestiu o suéter a contragosto, ajustando-o aqui e ali, antes de abrir a cortina. Olhando para a mulher que saiu, Jaques estreitou os olhos.

O suéter nele era como um vestido nela, solto de uma maneira que era ainda mais provocante.

Adriana disse, desconfortável: "Podemos ir agora."

"Evaldo ainda não chegou, vamos esperar um pouco." Jaques, despretensiosamente, sacudiu a cinza do cigarro e caminhou até o bar para escolher uma garrafa de vinho.

Seu corpo tremia levemente, tentando afastar a mão dele, mas foi segurada por outra mão por trás.

Ela teve que se endireitar, encarando os olhos dele, aqueles olhos profundos e escuros como tinta. Ela podia ver a si mesma refletida naquele olhar profundo e lutando.

Adriana sabia que não era páreo para ele, então aproveitou para agarrar a garrafa de vinho caríssima da mesa.

"Tio, me solte, senão seu vinho vai sofrer, é tão difícil encontrar uma garrafa assim."

Ela levantou o olhar, encontrando o dele novamente.

Ele estreitou os olhos, um brilho perigoso passando por eles, com uma voz rouca: "Não gosto de ameaças."

Ele nem sequer olhou para o vinho, simplesmente jogou a garrafa longe.

Adriana se assustou, sendo puxada para perto dele num movimento súbito, quase tocando seus lábios.

Jaques, com voz rouca, disse: "Uma raridade, deve ser provada com cuidado." "Você... Hmm."

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