Nesta noite fria, Wesley se esquivou pela multidão no bar e se dirigiu ao balcão.
Nicolas o seguia de perto.
Era tarde da noite, mas mais uma vez, foram convocados por Arthur.
Esperavam encontrá-lo bêbado e desalinhado quando chegassem. Para surpresa deles, estava vestido impecavelmente enquanto estava sentado no balcão do bar.
Ele não havia tocado no copo de álcool que estava bem na sua frente.
“O que está acontecendo? Você não nos chamou aqui para beber?”, perguntou Wesley surpreso enquanto se aproximava de Arthur e o cumprimentava.
“Você está bem, Arthur? Você nem tocou em uma gota de álcool até agora.”
Ouvindo a voz familiar, Arthur voltou a si e olhou para cima. Quando viu com quem Nicolas estava, lançou a ele um olhar, como se estivesse perguntando por que trouxe Wesley junto.
Nicolas pausou e entendeu o que estava acontecendo quando viu seu olhar.
Arthur só havia chamado Nicolas, que convidou Wesley, mas não sabia que ele não queria que viesse.
Mas, já que estavam ali, não havia nada que pudessem fazer. Os dois homens não disseram nada.
Wesley, sendo ele mesmo despreocupado, se sentou e imediatamente começou a pedir, e murmurou para Arthur: “Tenho que dizer, você está realmente estranho. Veio ao bar para afogar suas mágoas devido à Victoria da última vez, certo? E desta vez? Também é por causa dela?”
Arthur sentiu um nó no peito ao ouvir o nome dela e escolheu não responder.
“Pensei que vocês dois estavam bem. Como as coisas se desenrolaram assim? Agora que a Claudia voltou, não deveria ela retomar o lugar ao seu lado? Ouvi dizer que a Victoria empurrou a Claudia na festa de despedida que o Bruno organizou. Claudia até se machucou e ficou com uma cicatriz. Artie, você não deveria permitir que a Victoria faça mal à ela. Mesmo que tenham sido namorados de infância, você não deveria permitir que ela prejudique a Claudia dessa forma.”
Claudia era a musa de Wesley.
Ele ficou chateado com Victoria no momento em que ouviu o que aconteceu na festa de despedida, por isso estava agora reclamando com raiva dela.
Não estava satisfeito com tudo o que disse, pois logo acrescentou: “Se alguém ousar machucar a Claudia na minha frente, juro que farei o mesmo com ela em dobro. Ela receberá mais do que esperava.”
Arthur estreitou os olhos e sua voz ficou fria quando rosnou: “O que você disse?”
Mesmo que Wesley tenha recuado de medo, ainda se manteve firme e o desafiou: “Estou errado? Se um homem não pode proteger a mulher que ama, ele pelo menos deve vingá-la quando alguém a machuca, não é? Cara, ela está marcada. Você não sabe o quão sérias as cicatrizes são para as mulheres?”
Arthur só encarou friamente seu amigo e exigiu: “Quem te disse isso?”
“Artie!” Os olhos de Wesley se arregalaram: “A Victoria realmente te enfeitiçou nos últimos dois anos? Ela feriu a Claudia ao empurrá-la. Todo mundo na festa de despedida viu ela fazer isso.”
“Não foi ela.”
Arthur negou instintivamente a acusação em nome dela ao lembrar de como Victoria não se importou em se explicar durante a festa.
Wesley claramente não acreditou nele: “Como isso é possível? Todo mundo que voltou depois de participar da festa disse que a Victoria era a pessoa mais próxima da Claudia naquele momento. Só ela estava perto o suficiente para empurrá-la. Quem mais poderia ter sido?”
E então debochou com voz de desdém: “Você não vai dizer que a Claudia tropeçou sozinha, vai?”
Arthur ainda tinha uma expressão séria enquanto permanecia em silêncio.
“Isso é sua consciência subjetiva em ação. É porque você é parcial em relação à Claudia que acredita firmemente que ela é nobre e incapaz de fazer algo errado. Você nem acredita que ela possa cometer erros. Sempre que há alguma notícia negativa, você automaticamente culpa os outros. É por isso que você percebe a pessoa mais próxima dela como bode expiatório.”
“Quando foi que eu já pensei assim?”, exigiu Wesley.
“Mas estou errado?” Nicolas o olhou calmamente.
“Claro que está!”, negou Wesley, com fervor: “Que tipo de pessoa você acha que eu sou?”
“Se não é o caso, por que automaticamente assumiu que foi a Victoria que empurrou a Claudia, mesmo que não haja evidências? Por que não investigou antes de deixar o Artie se vingar em nome da Claudia?” O olhar de Nicolas era afiado, e suas palavras eram diretas e incisivas, indo direto ao ponto.
“Eu...” Wesley ficou sem palavras. Não conseguiu dizer nada por um momento.
O que era ainda mais assustador era que ele percebeu que a lógica de Nicolas estava realmente correta.
Tudo o que ele disse havia sido facilmente refutado.
Era verdade que Wesley não havia testemunhado com seus próprios olhos. Ele não foi à festa de despedida porque tinha algo mais para fazer, só lamentava não ter ido naquela noite após um incidente tão grande.
Algo assim provavelmente não teria acontecido com Claudia se ele estivesse lá.
Ele acreditava que podia fazer com que tudo girasse em torno de Claudia quando estava perto dela, que era o centro de seu universo. Mesmo que alguém quisesse prejudicá-la, a protegeria e a salvaria do dano.
A Claudia que Wesley adorava era, sem dúvida, a pessoa mais bonita e gentil do mundo. Como ela poderia fazer algo para prejudicar os outros?
Com esses pensamentos em mente, se levantou abruptamente, com uma expressão resoluta: “Você está dizendo isso só porque não procurei evidências, certo? Nicolas, você acha que estou sendo parcial em relação à Claudia, mas acho que você está preconceituoso contra ela. Você quer evidências, não é? Ok, vou consegui-las!”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Acabou no capitulo 603? Ou continua? Quando?...
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...