Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia romance Capítulo 518

Varanda do escritório.

Roberto Gonçalves e Roberta estavam jogando xadrez quando o porteiro, conduzido por Esquerda, entrou. Roberto Gonçalves, sem levantar a cabeça, ordenou solenemente: "Espere até que eu e Roberta terminemos esta partida para falar."

"Certo."

O porteiro ficou de lado, observando silenciosamente a partida entre Roberto Gonçalves e Roberta. Roberto Gonçalves jogava com uma despreocupação natural, movendo as peças conforme o pensamento surgia.

Roberta, por outro lado, era iniciante. Apesar de se esforçar ao máximo, jogava de forma puramente técnica. Sabia várias fórmulas, mas ainda não compreendia a flexibilidade do jogo. Não criava armadilhas, não entendia de defesa, atacava diretamente. Seu nível era quase como o de uma criança de jardim de infância.

O porteiro começou a se sentir embaraçado. Com um nível de jogo desses, como os dois conseguiam se divertir tanto? O curioso era que, mesmo quando uma peça podia ser capturada, Roberto Gonçalves parecia não enxergar, prolongando indefinidamente a duração da partida.

O porteiro suspirou levemente.

Ele estava desconfortável. Finalmente, não conseguiu se conter e avisou Roberto Gonçalves: "Senhor, pode dar xeque-mate."

Roberto Gonçalves lançou-lhe um olhar fulminante, e o porteiro, assustado, cobriu a boca rapidamente.

A dica do porteiro fez Roberta perceber que Roberto Gonçalves poderia dar xeque-mate. Ela olhou para ele, surpresa: "Você não viu?"

Roberto Gonçalves assentiu energicamente: "Realmente não vi."

Roberta, satisfeita, deu um leve tapinha em sua cabeça: "Rob, tantos anos e seu xadrez não melhorou nada?"

Roberto Gonçalves respondeu humildemente: "Sim, sim. Vamos praticar mais frequentemente."

Roberta, contudo, disse com desdém: "Tantos anos sem progresso, parece que você não tem talento para xadrez. Melhor encontrar outra forma de entretenimento."

Os lábios de Roberto Gonçalves se curvaram em um sorriso cúmplice. "Querida, jogar xadrez com você me faz feliz."

Nunca se viu alguém tão ingênuo.

Roberto Gonçalves disse com raiva: "Que bela ilusão. Tudo o que ele tem hoje foi o dote que minha mãe trouxe. Se ele fosse bom para minha mãe, tudo bem. Mas depois de tantos anos sendo insensível e injusto com ela e comigo, ele não merece usufruir do dote de minha mãe. Eu devo recuperá-lo."

Roberta, vendo Roberto Gonçalves tão indignado, era a primeira vez que o via assim, e seu coração doeu por ele.

"Rob, se você já decidiu cortar os laços com eles, e não quer vê-los, eu irei."

Esquerda, preocupada, disse: "Irmã, você não sabe o quanto o patriarca da família Gonçalves é astuto. Receio que você não consiga lidar com ele."

Roberta olhou para Roberto Gonçalves: "Não se preocupe, eu vou resistir e não cederei."

Roberto Gonçalves não sabia o que pensar, e disse a Zuo An: “Deixe a senhora ir. Ela deve conhecer a situação da minha família. Zuo An, acompanhe-a, por favor, não a deixe ser maltratada.”

Seus olhos brilhantes estavam cobertos por uma névoa obscura.

Roberta, acompanhada pelo segurança e por Zuo An, chegou à entrada da mansão.

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