Ela perguntou, surpresa:
— Como é que é você?
— Por que não poderia ser eu? Ficou decepcionada ao me ver? — Henry inclinou-se na cadeira, com o olhar fixo nela.
Scarlett encostou-se à porta:
— Eu achei que fosse o Isaac. Não esperava que fosse você. Parece que você leva seu papel de consultor bem a sério.
— Venha aqui. Encontrou algum problema no que estava analisando?
Scarlett caminhou até a mesa e parou na frente dele:
— Eu descobri um pequeno problema. Precisamos marcar uma reunião para ajustar isso depois.
Henry deu duas batidas na mesa com os dedos:
— Venha aqui e veja. Quero saber se o que eu encontrei é o mesmo problema que você identificou.
Ele estava testando o projeto de inteligência artificial também?
Scarlett contornou a mesa e parou ao lado dele. Henry levantou-se, cedendo o lugar para ela. Ele foi pegar um copo de água e colocou-o ao lado da mão dela.
Scarlett movimentou o mouse e olhou para o erro que ele havia encontrado:
— Você também achou que isso era um problema. Eu estava um pouco em dúvida antes.
Ela teve que admitir, Henry era um pouco mais habilidoso que ela.
O homem se inclinou ligeiramente, analisando a tela do computador:
— Na verdade, isso é bem fácil de perceber...
Ele apoiou uma das mãos na borda da mesa e começou a explicar o problema com calma e paciência.
Scarlett, no início, estava prestando atenção. Mas, à medida que ele falava, ela percebeu o quão próximos estavam. Ele estava inclinado sobre ela, quase como se a tivesse envolvido em seus braços.
De repente, Scarlett perdeu a concentração. Ela pegou o copo de água ao lado e tomou alguns goles, aproveitando para aliviar a sede.
Henry parou de falar e olhou para ela:
— Está com sede?
Scarlett assentiu com a cabeça.
Ele sorriu ligeiramente:
— Esse copo é o que eu estava usando.
O rosto de Scarlett ficou instantaneamente quente. Ela colocou o copo de volta na mesa, sem jeito:
— Vou pegar outro para você.
— Não precisa. Vamos jantar.
Henry endireitou-se, afastando-se, como se aquele momento de proximidade nunca tivesse existido.
Scarlett levantou-se da cadeira:
— Já está ficando tarde. Melhor eu voltar para o dormitório antes que fechem.
Scarlett ficou chocada:
— O Isaac é herdeiro da família Silva?
Ela não esperava que Isaac tivesse uma origem tão impressionante. Olhando para Henry, que dirigia calmamente ao lado dela, ela comentou:
— Não sabia que seu grande amigo era tão rico.
Henry desviou o olhar da estrada por um segundo, parecendo um pouco desconfortável:
— Ele não é tão rico assim.
— Por que não me contou isso antes?
— Não achei que fosse necessário.
Scarlett refletiu e concordou. Realmente, não havia necessidade. Provavelmente, Isaac também preferia manter sua identidade discreta.
Alguns minutos depois, o carro parou na entrada da universidade. Scarlett desceu e acenou para ele:
— Dirija com cuidado.
Mas, antes que ela pudesse entrar, uma voz carregada de sarcasmo soou atrás dela:
— Scarlett, você não acha engraçado? Em vez de ficar com seu “patrocinador”, está aqui passeando com um pobre coitado. Não tem medo de que seu patrocinador descubra e te abandone?
Scarlett virou-se e viu Amelia cambaleando, exalando o cheiro de álcool misturado com perfume forte. Era óbvio que ela tinha acabado de sair de um bar.
O rosto de Henry imediatamente ficou sério, sua expressão endureceu, e o ambiente ao redor pareceu esfriar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Renascida para Romper Laços com os Irmãos
Que livro maravilhoso amo heroínas durona que não se deixam ser pisadas, espero que tenha continuação...