Após os médicos criarem um plano de tratamento personalizado para Simon, Sharon o acompanhava ao hospital para fazer o tratamento e realizar a reabilitação todos os dias.
A mulher retornou ao trabalho no laboratório assim que a lesão no peito estava praticamente curada. Afinal, Ceylon não poderia cuidar do laboratório sozinho por muito mais tempo. Parecia que suas vidas começavam a retomar o curso normal.
Após uma semana de tratamento, Simon teve três dias de descanso, mas os médicos pediram que ele fizesse alguns exercícios em casa. Era fim de semana e Simon e Sebastian estavam sozinhos em casa, pois, o laboratório de fragrâncias de Sharon havia importado um novo lote de flores e a mulher havia saído de manhã cedo para receber.
Simon estava ocupado cuidando de questões empresariais no laptop, já que não se permitiu ficar inativo durante aqueles dois anos. Durante esse período, havia iniciado uma nova empresa que levava o nome de Siemon Group, uma combinação dos nomes dele e de Sharon.
A empresa chamou a atenção no mundo financeiro em pouco tempo e as possibilidades eram grandes, mas ninguém sabia quem a liderava. Mesmo após sair da empresa Zachary, o magnata ainda mostrava muita força para seguir em frente e trabalhava tanto quanto quando estava à frente da Zachary.
Sebastian se sentava na frente do magnata, também concentrado em seu computador. No entanto, fazia caretas e suspirava ocasionalmente. Suas mãos se moviam rapidamente pelo teclado e Simon pensou que o menino fazia algo importante, até que Sebastian gritou de raiva:
— Esses inúteis! Meus companheiros são uns inúteis! — E então jogou o mouse para o lado.
— Por que você está tão irritado? — Simon perguntou, curioso.
— Estou chateado, papai... Sabe qual é a coisa mais triste do mundo? — Ele perguntou e, sem esperar que o pai respondesse, disse — É quando você joga com companheiros de equipe inúteis! —
— Você está jogando? — Simon perguntou, surpreso. Ele não o impedia de jogar, mas queria saber quais jogos o filho conhecia.
— Sim. Mas você não vai entender, mesmo que eu te explique. Você não entende nada de jogos. — Sebastian murmurou. Ele não tinha ninguém para compartilhar sua frustração. Seu pai não entendia do assunto, então não adiantaria explicar nada para o homem. Isso o deixava ainda mais chateado.
— Como você sabe que eu não entendo nada de jogos? — Simon perguntou, enquanto levantava a sobrancelha. ‘Esse pequeno patife está me subestimando demais.’
— Você sabe alguma coisa sobre jogos? Você se interessa por jogos? — Sebastião perguntou. Aos olhos dele, o pai era apenas um workaholic, antiquado, que não assistia a nenhum noticiário além do financeiro.
— Quando comecei a jogar, você nem existia no mundo. — Simon disse, com um leve sorriso.
Sebastian ficou chocado ao ouvir as palavras do pai e carregou o laptop para o lado de Simon e perguntou:
— Por que eu deveria comprar para você? — Se Sharon soubesse daquilo, ela definitivamente o repreenderia muito.
— Para... Para me provar que você realmente sabe como jogar! —
— Não preciso provar nada pra você. —
Sebastian ficou levemente em pânico.
— Então, que tal comprar uma conta para mim e nós lutamos um contra o outro? Se eu perder, você pode me pedir algo e eu vou obedecer sem reclamar. — Ele estava pronto para fazer um acordo só para conseguir a conta mais forte.
Aquela era a primeira vez que Simon viu Sebastian tão determinado por algo. Então, pensou por um tempo e disse:
— Não tem nada que eu queira que você faça. Se você perder, apenas fique perto da janela e segure o vaso de flores acima da cabeça, por dez minutos. —
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