Layla trabalhava com Fern há algum tempo, mas nunca tinha visto esse patrocinador. Ela só sabia que existia uma pessoa misteriosa por trás dela.
Depois de garantir que não havia ninguém por perto, Fern atendeu a ligação.
— Oi... —
A voz sombria de Eugene soou instantaneamente. Como sempre, ele parecia muito insatisfeito
— Você ainda está em uma filmagem? —
— O que mais você acha que eu estaria fazendo? — O relacionamento deles azedou ainda mais nesses dois anos e eles discutiam toda vez que se viam e se limitavam a falar sobre a filha.
Fern não compreendia por que o magnata insistia em mantê-la ao seu lado, o que só resultava em discussões constantes. Ela se perguntava se havia algum motivo válido para isso, já que suas interações consistiam somente em brigas constantes, independentemente do assunto.
— Como é possível que Rue esteja doente e você ainda tenha disposição para filmar? Sinceramente, não entendo como você se tornou mãe! — Pensando em como sua filha ainda a havia defendido, achou Fern indigna de seu carinho e admiração.
— O que? Rue ficou doente de novo? Quando isto aconteceu? — Ela tinha ligado para a filha aquela manhã e ela dissera que estava bem.
Mesmo que não pudesse voltar para casa, por causa das filmagens, ela ainda ligava para Rue todos os dias. Principalmente à noite, antes de dormir, hora em que sempre fazia uma videochamada com a filha.
— Você ainda tem a audácia de perguntar quando isso aconteceu!? Vou deixar uma coisa clara aqui: Se você realmente quer continuar sendo parte da vida da sua filha, sabe exatamente o que precisa fazer! — Eugene estava furioso e, depois de dizer tudo o que precisava, encerrou a ligação.
O homem apertou o telefone em sua mão, respirando pesadamente. Ele até queria dizer mais alguma coisa, mas percebeu tardiamente que havia encerrado a ligação. Ele havia se lembrado de não provocar a irritação dela tão rapidamente, antes de fazer a ligação, mas como se esqueceu disso e se deixou levar pelas emoções?
Então, o homem levantou a mão e massageou a área entre as sobrancelhas, provavelmente porque estava exausto e irritado com ela por não ter retornado para casa.
Fern fixou o olhar no telefone e, apressadamente, foi até o diretor para solicitar uma dispensa. Ela nem teve a oportunidade de processar sua indignação em relação à atitude terrível de Eugene para com ela.
— Como assim você quer o resto do dia de folga? Estamos prestes a começar a filmar a próxima cena! — O diretor obviamente não gostou daquilo e não queria deixá-la ir.
— Peço desculpas, diretor. Um membro da minha família adoeceu e preciso fazer uma viagem de volta, com urgência. Posso garantir que estarei de volta com o elenco e a equipe amanhã, então você pode filmar as cenas com os outros primeiro, o que acha disso? —
— Vá em frente, então. Mas, certifique-se de voltar logo. É melhor eu te ver aqui amanhã. —
— Obrigado, diretor. Pode ter certeza de que estarei aqui. —
Fern queria agradecer a Harvey, mas, quando se virou, descobriu que o rapaz já havia saído. Não querendo perder mais tempo, a jovem preferiu não esperar nem pelo horário do ônibus, mas chamou um taxi e partiu imediatamente.
O percurso levou apenas duas horas, pois estava gravando na cidade vizinha. Assim, Fern retornou para casa rapidamente, no entanto, ao chegar ao hospital, já era tarde da noite.
Ela entrou na enfermaria e viu Eugene cuidando da filha, ao lado da cama. Uma das mãos estava apoiando sua testa e ambos os olhos estavam fechados. Ela não sabia dizer se ele havia adormecido.
Rue tinha adormecido com o pai ao lado. Ela estava dormindo de forma doce e tranquila.
Fern se aproximou da cama com passos tão leves que mal faziam barulho, mas ainda assim, Eugene percebeu e abriu os olhos.
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