Diante do sono tranquilo da filha, Fern não ousou caminhar normalmente, temendo que o ruído a pudesse despertar. No entanto, ao notar sua presença, Eugene fixou os olhos nela, como se fossem inimigos há várias vidas.
Eugene se levantou e fez sinal para que ela saísse da enfermaria com o olhar. Então, Fern olhou para a filha novamente, e depois o seguiu, lentamente.
Já era meia-noite e o corredor do hospital estava tão silencioso que era até assustador. Eugene colocou uma das mãos no bolso da calça e ficou com as costas altas e robustas voltadas para Fern enquanto esperava que ela se aproximasse.
— Por que Rue ficou doente assim? O que o médico disse? — Fern sabia que sua filha era fraca desde pequena, mas ela nunca adoecera com tanta facilidade como agora.
Eugene se virou para a encarar friamente. O tom de sua voz era desagradável, assim como no telefonema:
— É sério que você está me perguntando sobre isso? Pois bem, eu também quero te perguntar uma coisa. Antes de viajar para o exterior, não pedi para você passar mais tempo com ela? Você realmente fez um bom trabalho, hein!? Estive fora por meio mês e você nem ao menos retornou para casa uma única vez! Será que seu trabalho é tão importante assim? Mais importante do que sua própria filha? —
Fern ficou chocada quando ouviu o que ele disse:
— Você... esteve no exterior por meio mês? — Ela pensou que ele tinha viajado por três ou quatro dias, talvez até uma semana.
A expressão de Eugene se tornou sombria quando ouviu as palavras dela. ‘Ela nem sabe quanto tempo fiquei fora? Ela não tem mesmo nenhuma consideração por mim?’
— Eu não significo nada para você? — Ele estendeu sua mão, segurando-a pelos ombros e a puxou para mais perto de si. Sua respiração se tornou mais intensa, revelando sua fúria.
Fern sentiu uma onda de dor e, com firmeza, afastou as mãos do magnata, enquanto franzia a testa e falava:
— Estamos falando sobre Rue agora! — Ela não estava nem um pouco disposta para discutir a relação.
Eugene tinha consciência de que ela tentava evitar a escalada do conflito entre eles e tinha aceitado o comportamento dela anteriormente, pois se sentia culpado por tê-la maltratado no passado. Além disso, ele havia até permitido que ela atuasse em filmes, dando-lhe mais liberdade. Contudo, começava a sentir que talvez tivesse dado a ela liberdade demais.
— Tudo bem, já que você quer falar sobre Rue, vou listar as coisas para você agora. Desde que você começou a filmar, você só voltava para casa uma ou duas vezes por mês. Sempre passava uma noite em casa e saia novamente na manhã seguinte. Estou cuidando de Rue sozinho! Será que você ainda pode se chamar de mãe? —
— Isso significa que você não quer cuidar dela? Você é o pai dela. Há algum problema em cuidar da criança com mais frequência? — ‘Ele se esqueceu de que eu cuidei de Rue por dois anos inteiros, sem a ajuda dele?’ Ele não esteve presente na vida delas durante esse período. ‘Ele perdeu a paciência depois de cuidar da própria filha por tão pouco tempo?’
Eugene estreitou os olhos enquanto pressionava o ombro dela contra a parede, movendo seu corpo alto na frente dela:
— Por que não posso? Você não está disposta a passar mais tempo com Rue? — ‘Eu nem mesmo pedi que passasse mais tempo comigo...’
— Não é que eu não queira fazer isso, mas tenho meus próprios planos e metas. Não preciso que você decida nada por mim! — Ele estava muito perto dela. Seu perfume masculino a envolveu, fazendo com que sua respiração ficasse irregular.
Ele zombou friamente e disse:
— Acho que seus planos e metas são inadequados. Se eu continuar permitindo que você siga seu próprio caminho, pode ser que um dia você até decida abandonar nossa filha. Pedirei a Shar seu contrato em dois dias. —
— Não! Eu não concordo com isso! — Fern disse, agressivamente. Ele não tinha o direito de se intrometer nos assuntos dela.
— Eu não preciso que você concorde. — Disse. Ele não esperava ser uma pessoa tão dominadora.
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