Howard fixou seus olhos no homem na cadeira de rodas. ‘Ele... Ele é meu tio? Não! Isso não pode ser verdade!’ Howard tinha certeza de que Simon tinha morrido na explosão. O que tornava impossível sua sobrevivência. Além disso, notou que o homem na cadeira de rodas tinha uma aparência diferente da do tio, exceto por aquele olhar extremamente perspicaz.
— Tia, pare de tentar me enganar. Sim, fiquei na prisão por muito tempo, mas não sou um idiota. Ele não é meu tio! — Howard declarou.
— Na verdade, não sou mais seu tio. Eu repudio qualquer parentesco com você. Você e eu não temos mais vínculos. — Disse Simon. Desde a explosão, ele havia decidido não mais reconhecer Howard como sobrinho.
Howard examinou Simon mais uma vez com olhos críticos. Subitamente, ele se sentiu apreensivo em relação àquela pessoa.
— Quer você acredite ou não, você ainda é um ingrato que ousou tentar matar seu próprio sangue. Nós, os Zachary, não queremos uma pessoa como você na família. — Penélope disse com um semblante gélido.
Howard riu desdenhosamente.
— Há muito tempo vocês queriam me excluir da família! E, desta vez, vocês causaram a morte de minha mãe! — Então ele se voltou para Sharon, com os olhos faiscando de raiva — Isso tudo é porque metei o tio Simon na explosão, não é? Você guardou rancor de mim, não foi!? Foi para se vingar de mim que você matou minha mãe? —
Sharon o observou. Howard estava cheio de rancor, e no fundo dos olhos dele só havia ódio. Então, ela suspirou:
— Antes de tudo isso, eu realmente o odiava por acreditar que você havia causado a morte de Simon. No entanto, ele está vivo, e você está pagando pelo que fez. Não havia motivo para eu matar sua mãe. Além disso, ela era uma paciente psiquiátrica e isso me fez reconsiderar meu ressentimento em relação a alguém com problemas sérios de saúde. —
Todos afirmavam que Simon ainda estava vivo e isso estava triturando o coração de Howard. Então, ele olhou para o homem na cadeira de rodas. ‘Será que ele realmente é meu tio?’
— Você diz que ele é meu tio, mas por que ele está tão diferente? — Howard perguntou, com a voz trêmula.
— Por sua culpa o rosto dele ficou desfigurado, e ele precisou passar por uma cirurgia plástica reconstrutora. — Penélope ainda estava furiosa quando esse tópico foi abordado.
Howard já não fazia mais parte da família Zachary. Mesmo que ele estivesse pagando pelo crime que cometeu, ela não o consideraria mais como tal.
Então, foi como se o coração de Howard tivesse sido atingido impiedosamente por um raio, deixando-o atordoado. A ideia de que o tio ainda estava vivo ecoava em sua mente, e uma intenção sombria surgia nele, seus olhos estavam cegos pelo ódio. Subitamente ele ficou furioso e tentou avançar para derrubar Simon da cadeira de rodas.
— Você deveria ter morrido há muito tempo! Por que ainda está vivo!? Maldito! —
No entanto, antes que Howard conseguisse chegar perto de Simon, os seguranças o agarraram, impedindo-o de tocar no tio.
Sharon ficou assustada com o olhar do homem. ‘Será que ele ainda pensa que eu fui a responsável pela morte de Fiona?’
Depois que Howard foi levado embora, Penélope observou o túmulo de Fiona por alguns segundos e comentou baixinho:
— Deveríamos ir também. — Ela não demonstrava nenhuma empatia pelo trágico destino da mulher.
Sharon se aproximou para empurrar a cadeira de rodas de Simon e perguntou preocupada:
— Como você tem estado nos últimos dias? — Ela queria saber se ele havia já se acostumado a ficar sem Sebastian e ela ao lado.
Mas, Penélope a ouviu e franziu a testa, respondendo antes de Simon ter a chance de falar:
— Esta é a casa dele. Como ele poderia não estar bem em sua própria casa? —
Sharon olhou para Simon, mas com a irmã dele presente, não conseguia manter uma conversa adequada com ele.
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