Thor sentou-se na beira da cama e começou a dar beijos suaves no rosto de Celina.
— Amor… acorda, dorminhoca. Já vamos pousar.
Ela se remexeu, enfiando o rosto no travesseiro.
— Só mais cinco minutinhos…
— Nada disso. O jatinho vai pousar, Celina.
Ela abriu os olhos devagar, piscando.
— Já? Eu nem dormi direito…
Thor riu.
— Vamos, amor. Levanta.
Ela se levantou e o seguiu até o banheiro. Escovaram os dentes juntos e voltaram para as poltronas.
Celina se acomodou e bocejou.
— Nem sabia que estava tão cansada…
Thor a olhou com aquele brilho provocador no olhar.
— É bom ir se acostumando. Eu vou te deixar assim muitas vezes.
— Thor! — ela exclamou, corando.
Ele riu, satisfeito.
— Vermelha desse jeito você fica ainda mais linda.
Ela virou o rosto tentando disfarçar o sorriso, e ele apenas estendeu a mão, entrelaçando os dedos nos dela enquanto o jatinho começava a descida.
A noite já havia tomado conta do céu brasileiro quando o jatinho tocou o solo do aeroporto de Congonhas. As luzes da cidade de São Paulo brilhavam como joias espalhadas por uma imensidão concreta, e o ar carregava aquele típico cheiro urbano de movimento e vida. Celina sentiu o coração apertar ao reconhecer a paisagem. Havia deixado o Brasil alguns dias, mas parecia ter vivido uma vida inteira em Dubai.
Assim que desceram da aeronave, o carro de Thor já os aguardava ao lado da pista, um SUV preto com vidros escurecidos e motor silencioso. Ele abriu a porta para Celina, com naturalidade e cuidado, como se aquele gesto já fosse hábito. Em seguida, entrou no carro, ajustou o som e deixou uma música suave preencher o silêncio da noite. As batidas eram tranquilas, quase como uma extensão dos últimos dias que haviam vivido juntos: intensos e reveladores.
Thor dirigia pelas ruas da cidade com segurança. Celina olhava pelas janelas, vendo os prédios passarem como sombras enfeitadas de luz. Por um tempo, ficou calada, imersa em pensamentos, mas algo a despertou: o caminho.
Ela franziu o cenho ao perceber que não estavam indo em direção à casa de Tatiana.
— Thor... esse não é o caminho pra minha casa — disse, com um tom leve, mas intrigado.
Ele manteve o olhar na rua, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios.
— Nós vamos pra minha cobertura. Você vai dormir lá hoje.
Celina se virou um pouco no banco, surpresa.
— Dormir lá? Thor... você não acha que... ainda é cedo pra isso?
Ele riu baixo, incrédulo, balançando a cabeça como se estivesse ouvindo uma piada absurda.
— Jura que você tá me perguntando isso? Depois de tudo que a gente viveu em Dubai? Celina, a gente já pulou um monte de etapas nessa relação. — Ele tirou uma das mãos do volante e pegou a dela, entrelaçando os dedos. — Eu não consigo mais te ver como só uma mulher que conheci há pouco tempo. Pra mim... já é nós dois.
Ela sentiu as palavras tocarem fundo, como um bálsamo que acalmava as dúvidas. Apertou a mão dele com carinho e sussurrou:
Thor observou a cena com respeito e admiração. Quando as duas se afastaram, ele se aproximou e disse:
— É um prazer enorme te conhecer, Tatiana. Obrigado por estar cuidando do meu amor.
Ele falou naturalmente, e ao terminar a frase, sentou-se ao lado de Celina no sofá e a abraçou com ternura.
Tatiana ficou paralisada por um segundo, piscando como se estivesse tentando absorver o que acabara de ouvir.
— Peraí... qual foi o capítulo dessa novela mexicana que eu perdi?
Celina ficou vermelha de vergonha, rindo com um certo nervosismo.
— Depois eu te conto tudo… com detalhes.
Tatiana soltou uma risada alta e respondeu:
— Ué, amiga, só não via quem não queria! A química de vocês dois dava pra sentir de outro continente!
Thor gargalhou, relaxando ainda mais, como se já se sentisse em casa.
Tatiana, então, olhou com seriedade para ele.
— Mas falando sério, Thor... eu tô muito feliz por vocês se acertarem. De verdade. Só te peço uma coisa: cuida bem da Celina. Ela já sofreu demais. E, se você não cuidar, só saiba de uma coisa… ela sempre vai ter amigos ao lado dela.
Thor encarou Tatiana com firmeza e respeito.
— Pode deixar. Eu vou cuidar muito bem dessa ferinha aqui — respondeu, puxando Celina para mais perto e beijando a testa dela.
Celina apenas fechou os olhos e sorriu, com o coração finalmente encontrando abrigo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...