Os dias se passaram desde aquele momento mágico e aterrorizante em que Celina deu à luz suas filhas gêmeas. Agora, o quarto da maternidade ganhava um clima diferente. Era hora de partir. Hora de sair dali e recomeçar a vida – uma nova vida, como mãe.
Celina estava sentada na poltrona perto da janela, observando a luz suave da manhã que entrava no quarto. Nos braços, ela segurava Antonella, que dormia tranquila. A outra estava no berço, já vestida para a saída: um vestidinho lilás com laços delicados e uma manta combinando. A irmã usava rosa, com detalhes em pérolas e babados finíssimos. As duas pareciam bonequinhas de porcelana.
Emma estava ao lado da filha, agachada, ajeitando com cuidado o sapatinho da Antonella.
— Mãe… a senhora tem tanta prática — disse Celina, com um sorriso misto de admiração e medo. — Eu fico com tanto receio de machucar elas… São tão molinhas, meu Deus!
Emma sorriu com carinho, erguendo os olhos da neta e encarando a filha.
— Filha, eu sou a mãe da filha do James… troquei muita fralda dela! E fora isso, ajudei centenas de mulheres na ONG. Recém-nascido não me assusta mais — respondeu, com orgulho e um brilho nos olhos.
Celina estendeu a mão e segurou com delicadeza a da mãe.
— Quando a senhora vai me contar sua história?
Emma suspirou, sentando-se na ponta de frente para ela. Levou a mão ao rosto da filha e acariciou com ternura.
— Quando essa fase do puerpério passar, meu amor… Quando eu ver que você está pronta pra ouvir. Minha história… por um tempo, foi triste demais. Não quero você depressiva, não quero que seu leite seque. Agora é hora de sorrir, de viver, de viver o presente. E quero que conheça sua irmã. Ela é um doce, minha filha.
— Será que ela vai gostar de mim, mãe? Não vai ficar com ciúmes?
Emma sorriu e beijou as mãos de Celina.
— Amélia é uma pessoa maravilhosa. Ela conhece toda a minha história… acompanhou minha luta para te achar. Ajudou bastante também. E ficou morrendo de medo de, quando eu te encontrasse, você não aceitá-la como irmã.
Celina se emocionou, os olhos marejando.
— E a mãe dela, mãe? O que aconteceu com ela?
— Ela faleceu no parto, filha. Eu fui a babá dela desde os seis meses. James me deu o trabalho e, com o tempo… nós nos apaixonamos. Eu me tornei a mãe dela.
Nesse instante, a porta se abriu suavemente. James entrou com o sorriso mais largo e sincero. Ele era um senhor maravilhoso, encantador.
— Finalmente vou conhecer minhas netinhas pessoalmente — disse ele, com voz embargada.
Celina sorriu e ele caminhou até a poltrona, curvou-se e deu um beijo na cabeça dela.
— Como você está, minha filha?
— Estou viva… e muito feliz — respondeu ela, com um sorriso cansado, mas genuíno.
Uma das bebês, Safira, começou a chorar, e Celina logo pediu:
— Mãe, pode trazer ela aqui, por favor?
Emma levantou-se e pegou a bebê com um cuidado natural. Enquanto levava a menina até Celina, James observava a cena com lágrimas discretas nos olhos.
— Foram tantos anos que Emma esperou por esse momento — disse James, com voz baixa —, por te encontrar… por te ouvir chamando ela de “mãe”.
Celina olhou para ele com um pouco de tristeza.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...