O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 238

Thor arqueou a sobrancelha, pegando a deixa, mas antes que pudesse responder, Celina o cutucou de leve com o cotovelo, como quem o estava pressionando para falar.

— Hã, sim, claro! Vai ser… hã… maravilhoso — ele respondeu, com um leve sorriso divertido.

Angélica e Raul riram da interação espontânea do casal. Thor então se aproximou discretamente de Celina e sussurrou em seu ouvido, com a voz rouca e maliciosa:

— Vai ser ainda mais divertido quando estivermos na jacuzzi… Você, eu, a água quente... Afinal, só porque você não pode transar agora, não quer dizer que não podemos… nos divertir. — O sorriso travesso dele era quase perigoso.

Celina arregalou os olhos e soltou uma gargalhada alta e espontânea, chamando a atenção de todos na sala.

— Thor! Amor, era pra ser um passeio em família, lembra?

— Era uma programação a dois, mas tudo bem, vamos improvisar — ele respondeu, fingindo estar resignado.

Celina, com aquele jeitinho atrevido que ele tanto amava, rebateu:

— Hmmm, quem sabe mais tarde você ganhe um "presente" especial, se for um bom menino hoje.

Thor sorriu satisfeito, enquanto Angélica e Raul, sem entender os sussurros, apenas observavam a felicidade estampada nos rostos dos dois.

Eles teriam um dia completo no exclusivo Hotel Fasano Boa Vista, um refúgio luxuoso no interior de São Paulo. Para chegar lá, Thor já havia solicitado o helicóptero particular, que os esperava no heliponto próximo à cobertura.

O hotel era um dos destinos favoritos de pessoas que buscavam conforto, privacidade e belas paisagens. Com lagos, campos de golfe, trilhas e piscinas aquecidas, era o lugar perfeito para uma programação familiar especial.

— Você vai amar — disse Thor, ao ajudar Celina a embarcar no helicóptero, sempre cuidadoso com ela e com os bebês.

Angélica parecia encantada com o carinho do filho para com Celina. Raul, apesar do jeito mais durão, estava claramente empolgado com o passeio.

Durante o vôo, Thor e Celina conversaram sobre como aquele dia seria um marco importante. Eles queriam criar boas memórias com a família, agora que as feridas do passado iriam começar a cicatrizar.

— Obrigado por tudo! — disse Thor, entrelaçando os dedos com os de Celina.

Chegando ao hotel, foram recebidos com tratamento vip. Celina ficou encantada com os jardins impecáveis e os lagos tranquilos. O dia foi preenchido com caminhadas leves, almoço ao ar livre e um passeio de barco em um dos lagos do resort.

Angélica e Celina conversaram bastante. A cada minuto, o vínculo entre elas se fortalecia. Raul, embora mais silencioso, demonstrava cuidado, oferecendo apoio para Celina caminhar nas partes mais irregulares do terreno.

— Eu me sinto tão leve hoje — Celina comentou, sentada à beira da piscina aquecida enquanto Thor secava os cabelos dela com uma toalha macia.

— Porque você está exatamente onde deveria estar, meu amor — Thor respondeu, beijando-lhe a testa.

— Obrigada por insistir em reconstruir tudo isso — disse Angélica. — Você me deu uma segunda chance, Celina.

— Todos merecem uma — ela respondeu com ternura.

Thor sussurrou novamente no ouvido de Celina:

— E não se esqueça da jacuzzi mais tarde.

Ela riu, encostando-se no peito dele.

— Você é impossível, Thor Miller.

— E você ama isso — ele disse, apertando-a levemente.

O passeio em família havia sido simplesmente maravilhoso. O dia foi preenchido por boas conversas, risadas sinceras e momentos que ficariam marcados na memória de todos. Mas havia um pequeno detalhe que incomodava Thor: ele não tinha conseguido o tão aguardado momento a dois com Celina na jacuzzi. A privacidade parecia ter desaparecido do roteiro.

— Vai! Vai logo! — Ela riu, empurrando-o para o banheiro.

— Não demora, hein? Quero meu presente especial!

Thor entrou animado no banheiro, já começando a tirar a camisa enquanto fechava a porta.

Celina, por sua vez, se jogou na cama, aproveitando a maciez do colchão e pensando em como o dia tinha sido perfeito, mesmo com a frustração engraçada de Thor. Antes que pudesse descansar de verdade, seu celular vibrou. Era Zoe.

Ela rapidamente atendeu.

A conversa foi tão rápida que Celina nem percebeu quando a exaustão a venceu.

Alguns minutos depois, Thor saiu do banheiro, renovado, animado e pronto para cobrar o tal presente. Ele secava os cabelos com a toalha quando olhou para a cama e… lá estava Celina, completamente entregue ao sono.

— Ah, não! — Ele bufou, incrédulo, jogando a toalha no ombro. — Não é possível! De novo não!

Thor ficou parado por alguns segundos, os braços caídos ao lado do corpo, encarando a cena como se tivesse sido traído pela própria sorte.

Ele se aproximou devagar, sentou-se na beirada da cama e suspirou alto, numa clara encenação dramática.

— Isso é uma perseguição pessoal… é um boicote contra os maridos carentes…

Como se estivesse fazendo uma reclamação formal para o universo, ele deitou-se ao lado dela, puxou o cobertor com certo exagero e se aconchegou, mas com um leve sorriso no canto dos lábios.

— Tudo bem, amanhã você me paga, senhora Celina. — Ele beijou a bochecha dela com carinho e sussurrou: — Eu vou cobrar com juros.

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