Naquela manhã o frio matinal cobria a cidade com uma fina camada de geada. A mansão onde Thor e Celina agora residiam parecia ainda mais aconchegante diante do contraste com o clima lá fora. Na sala de jantar, os dois estavam sentados tomando café da manhã juntos, um momento que eles valorizavam cada vez mais.
Thor repousou a xícara de café sobre o pires e soltou um suspiro leve antes de encarar Celina com um semblante sereno, mas determinado.
— Amor, esses dias vão ser bem corridos para mim. Estou resolvendo a transferência da sede para Nova York já que nós vamos morar definitivamente aqui, então preciso colocar tudo em ordem o quanto antes.
Celina sorriu, compreensiva, mas também pensativa. Ela sabia o quanto a carreira de Thor era importante, mas também queria que ele não se perdesse no meio da rotina intensa.
— Eu entendo, meu amor. E por falar nisso, estava pensando... A Zoe ainda está no hotel. Tenho certeza que deve ser horrível ficar lá sozinha. Por mais que ela passe o dia trabalhando com você, à noite ela tem ficado sozinha. Eu queria que ela viesse ficar com a gente aqui na mansão até irmos no Brasil. Assim, eu também tenho a companhia dela quando você estiver nos seus compromissos. O que você acha?
Thor arqueou uma sobrancelha, um sorriso discreto se formando no canto dos lábios.
— Você sabe que estou ferrado com vocês duas juntas, né? — disse, com um tom de voz sério, mas carregado de ternura. — Mas se é o que vai te deixar mais tranquila e feliz, por mim está decidido. Eu faço qualquer coisa para te ver sorrir.
Celina riu suavemente e segurou a mão de Thor sobre a mesa, acariciando-o com o polegar.
— Estou tão feliz pela Zoe e pelo Arthur. Quem diria, não é? Eles estão tão bem juntos.
Thor balbuciou com um ar reflexivo:
— Pois é... Eu nunca imaginei ver o Arthur assim, quase caminhando para um casamento. No início, achei que ele estivesse apenas se divertindo com a Zoe, mas agora vejo que é sério. E quer saber? Estou feliz por eles.
O sorriso de Celina se alargou ainda mais, mas logo ela ficou um pouco tensa. Tomando um gole de suco, ela baixou um pouco o olhar, como se ensaiasse o que iria dizer. Havia algo mais que queria compartilhar, mas tinha receio da reação de Thor.
— Thor... Eu quero ir ver o Gabriel. Você sabe que ele é um amigo muito querido para mim e... bem, faz alguns dias que não nos falamos pessoalmente e, agora que estou melhor, queria visitá-lo. Ele chega do trabalho no final da tarde, então pensei em passar lá.
Thor, por um instante, ficou em silêncio. Era evidente que não gostava da ideia, mas ele respirou fundo. O nome de Gabriel ainda o incomodava, afinal, sabia dos sentimentos dele por Celina, mas também tinha consciência que a base do relacionamento deles agora, era a confiança e o respeito e isso significava abrir espaço para as amizades de dela, mesmo as masculinas. Então, precisaria superar as inseguranças se quisesse realmente construir algo sólido.
— Se isso é importante para você, amor, tudo bem. Eu confio em você. Estou me esforçando para não deixar ciúmes bobos atrapalharem a gente. Nosso foco é um só: sermos felizes juntos.
Celina sorriu, aliviada e agradecida pela compreensão.
— Obrigada, meu amor. Isso significa muito para mim.
Thor retirou um pequeno envelope de dentro do bolso e o colocou sobre a mesa, deslizando-o até Celina.
— Isso aqui é um cartão para você. Quero que use para fazer compras. Você praticamente não trouxe nada do Brasil.
Ela franziu a testa, um pouco resistente.
— Isso não é um presente, Celina. Isso é uma necessidade. Você precisa de conforto, segurança. Eu quero que você se sinta bem, que nossos bebês estejam seguros. E, sinceramente, eu adoro mimar você. Acostume-se com isso.
Ela sorriu e o abraçou com força, encostando o rosto no peito dele.
— Você é o melhor presente que eu poderia querer.
Ele sorriu e beijou o topo da cabeça dela.
Depois de mostrar os detalhes do carro, Thor se preparou para sair para o trabalho. Antes de partir, ele a abraçou com carinho, beijou sua testa, depois se ajoelhou para falar com os bebês.
— Se comportem, hein? O papai volta logo. E cuidem da mamãe.
Celina sentiu o coração se aquecer.
Ele se levantou, beijou-a com ternura e antes de sair disse:
— A propósito, hoje vou liberar a Zoe para passar o dia com você. Vocês duas juntas são um perigo, mas eu adoro ver você feliz.
A cada gesto, Thor a fazia sentir mais segura, mais amada, e Celina se permitia, pouco a pouco, confiar de novo, se abrir para uma felicidade que, por muito tempo, achou que não fosse possível.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...