Faltavam exatos dez minutos para o fim da aula quando o celular de Zoe vibrou. Ela espiou discretamente a tela e sorriu largamente ao ler a mensagem de Arthur:
“Já estou aqui fora te esperando.”
Aquela simples frase bastou para despertar uma revoada de borboletas no estômago de Zoe. Ela mordeu o lábio inferior, tentando conter o sorriso bobo, mas foi em vão.
— Ihhh, olha lá o sorriso de apaixonada! — cochichou uma das colegas de sala.
— Tem cheiro de romance no ar — emendou outra colega com um olhar cúmplice.
Zoe riu, balançando a cabeça em negação.
— Vocês são muito bobas. Por enquanto, só estamos nos conhecendo.
— Aham… e eu sou a Beyoncé — zombou uma delas.
A aula terminou. Zoe juntou suas coisas, despediu-se das meninas com um breve aceno e seguiu para a saída. Assim que passou pelas portas da faculdade, avistou Arthur encostado em seu carro, de braços cruzados e com aquele sorriso que já estava começando a desestabilizar o emocional dela.
— Oi, linda — disse ele, inclinando-se para dar um beijo no rosto dela. Depois, caminhou ao lado de Zoe até o carro, abriu a porta do passageiro como um verdadeiro cavalheiro, esperou ela se acomodar e deu a volta para assumir o volante.
— Como foi a aula? — perguntou ele, ligando o carro.
— Tensa! — ela respondeu, afivelando o cinto. — Hoje foi aula de TCC. Você não tem noção... eu vou surtar com esse raio de TCC! Aliás você tem, você é mais do que formado.
Arthur soltou uma risada, encantado com a forma intensa e engraçada com que ela falava.
— Eu acho que você vai dar conta, mesmo surtando. Tem cara de quem brilha sob pressão.
Zoe soltou um risinho descrente.
— Só se for pra brilhar de raiva!
Ele riu mais uma vez e, com os olhos no trânsito, perguntou:
— Está com pressa? Tem horário pra chegar em casa?
— Não muita, mas amanhã trabalho cedo. — respondeu, desconfiada. — Por quê?
— Quero te levar num lugar. Prometo que não vai demorar. Só confia.
Zoe olhou de lado, desconfiada, mas divertida.
— Tá bom... Só confio porque você tem cara de quem não vai me sequestrar. Vou mandar uma mensagem para minha mãe.
Arthur sorriu satisfeito.
— Exatamente a imagem que eu quero passar: confiável, mas com um toque de mistério.
Houve uma breve pausa, confortável. Zoe ajeitou o cabelo enquanto olhava pela janela, e Arthur aproveitou o silêncio para fazer uma pergunta que estava guardando desde o início:
— Posso te perguntar uma coisa meio aleatória?
— Manda.
— O que você acha de homens mais velhos?
Zoe o encarou de canto, intrigada, depois sorriu com malícia.
Arthur a ouvia com atenção real. Ria das piadas dela, fazia perguntas, demonstrava curiosidade sincera sobre os gostos, os sonhos e até os medos dela.
Zoe, por sua vez, revezava entre o jeito divertido e o lado mais sério, mostrando sem reservas quem era. Falou da família, da faculdade, das expectativas para o futuro. Em determinado momento, soltou uma piada sobre se formar antes de perder todos os fios de cabelo de estresse, arrancando gargalhadas dele.
— Você é hilária, Zoe. De verdade. — disse ele, ainda rindo.
— É o desespero disfarçado de senso de humor — brincou ela, erguendo o copo em um brinde improvisado.
O tempo passou voando. Quando deram por si, já estava tarde.
No caminho de volta, o clima dentro do carro era leve, agradável. Zoe se sentia confortável, e Arthur... parecia ainda mais encantado do que antes.
Chegando ao prédio onde ela morava, ele parou o carro e desligou o motor.
— Obrigado por essa noite. Sério, estou amando te conhecer. — disse ele, virando-se um pouco para encará-la.
— Eu também gostei muito — ela respondeu, sincera.
Arthur então se aproximou, dessa vez mais ousado. Seus olhos buscaram os dela, e ele lentamente tentou encurtar a distância para beijá-la. Mas Zoe, com um sorriso travesso, virou o rosto sutilmente e deixou o beijo pousar na bochecha novamente.
— Até mais, Arthur — disse ela, abrindo a porta do carro.
— Até muito breve linda. — afirmou com convicção, segurando levemente a mão dela, deixando um beijo.
Zoe assentiu, saiu do carro, fechou a porta e seguiu para o prédio. Arthur ficou parado por um instante, observando-a até entrar.
— Quanto mais difícil, melhor — murmurou, sorrindo sozinho, antes de dar partida no carro e ir embora.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...