O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 158

Faltavam exatos dez minutos para o fim da aula quando o celular de Zoe vibrou. Ela espiou discretamente a tela e sorriu largamente ao ler a mensagem de Arthur:

“Já estou aqui fora te esperando.”

Aquela simples frase bastou para despertar uma revoada de borboletas no estômago de Zoe. Ela mordeu o lábio inferior, tentando conter o sorriso bobo, mas foi em vão.

— Ihhh, olha lá o sorriso de apaixonada! — cochichou uma das colegas de sala.

— Tem cheiro de romance no ar — emendou outra colega com um olhar cúmplice.

Zoe riu, balançando a cabeça em negação.

— Vocês são muito bobas. Por enquanto, só estamos nos conhecendo.

— Aham… e eu sou a Beyoncé — zombou uma delas.

A aula terminou. Zoe juntou suas coisas, despediu-se das meninas com um breve aceno e seguiu para a saída. Assim que passou pelas portas da faculdade, avistou Arthur encostado em seu carro, de braços cruzados e com aquele sorriso que já estava começando a desestabilizar o emocional dela.

— Oi, linda — disse ele, inclinando-se para dar um beijo no rosto dela. Depois, caminhou ao lado de Zoe até o carro, abriu a porta do passageiro como um verdadeiro cavalheiro, esperou ela se acomodar e deu a volta para assumir o volante.

— Como foi a aula? — perguntou ele, ligando o carro.

— Tensa! — ela respondeu, afivelando o cinto. — Hoje foi aula de TCC. Você não tem noção... eu vou surtar com esse raio de TCC! Aliás você tem, você é mais do que formado.

Arthur soltou uma risada, encantado com a forma intensa e engraçada com que ela falava.

— Eu acho que você vai dar conta, mesmo surtando. Tem cara de quem brilha sob pressão.

Zoe soltou um risinho descrente.

— Só se for pra brilhar de raiva!

Ele riu mais uma vez e, com os olhos no trânsito, perguntou:

— Está com pressa? Tem horário pra chegar em casa?

— Não muita, mas amanhã trabalho cedo. — respondeu, desconfiada. — Por quê?

— Quero te levar num lugar. Prometo que não vai demorar. Só confia.

Zoe olhou de lado, desconfiada, mas divertida.

— Tá bom... Só confio porque você tem cara de quem não vai me sequestrar. Vou mandar uma mensagem para minha mãe.

Arthur sorriu satisfeito.

— Exatamente a imagem que eu quero passar: confiável, mas com um toque de mistério.

Houve uma breve pausa, confortável. Zoe ajeitou o cabelo enquanto olhava pela janela, e Arthur aproveitou o silêncio para fazer uma pergunta que estava guardando desde o início:

— Posso te perguntar uma coisa meio aleatória?

— Manda.

— O que você acha de homens mais velhos?

Zoe o encarou de canto, intrigada, depois sorriu com malícia.

Arthur a ouvia com atenção real. Ria das piadas dela, fazia perguntas, demonstrava curiosidade sincera sobre os gostos, os sonhos e até os medos dela.

Zoe, por sua vez, revezava entre o jeito divertido e o lado mais sério, mostrando sem reservas quem era. Falou da família, da faculdade, das expectativas para o futuro. Em determinado momento, soltou uma piada sobre se formar antes de perder todos os fios de cabelo de estresse, arrancando gargalhadas dele.

— Você é hilária, Zoe. De verdade. — disse ele, ainda rindo.

— É o desespero disfarçado de senso de humor — brincou ela, erguendo o copo em um brinde improvisado.

O tempo passou voando. Quando deram por si, já estava tarde.

No caminho de volta, o clima dentro do carro era leve, agradável. Zoe se sentia confortável, e Arthur... parecia ainda mais encantado do que antes.

Chegando ao prédio onde ela morava, ele parou o carro e desligou o motor.

— Obrigado por essa noite. Sério, estou amando te conhecer. — disse ele, virando-se um pouco para encará-la.

— Eu também gostei muito — ela respondeu, sincera.

Arthur então se aproximou, dessa vez mais ousado. Seus olhos buscaram os dela, e ele lentamente tentou encurtar a distância para beijá-la. Mas Zoe, com um sorriso travesso, virou o rosto sutilmente e deixou o beijo pousar na bochecha novamente.

— Até mais, Arthur — disse ela, abrindo a porta do carro.

— Até muito breve linda. — afirmou com convicção, segurando levemente a mão dela, deixando um beijo.

Zoe assentiu, saiu do carro, fechou a porta e seguiu para o prédio. Arthur ficou parado por um instante, observando-a até entrar.

— Quanto mais difícil, melhor — murmurou, sorrindo sozinho, antes de dar partida no carro e ir embora.

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