Cerca de trinta minutos depois, Thor chegou em sua cobertura. A senhora Cortez, sempre eficiente, já havia preparado a mala com tudo o que ele precisava. Sem demorar, ele subiu, tomou um banho rápido, colocou uma roupa impecável e desceu com a mala de rodinhas em uma mão e a pasta na outra.
No horário marcado, Thor já estava no hangar privado. O jatinho o aguardava com os motores ligados. Subiu as escadas com o semblante sério.
Quando a aeronave decolou, ele olhou pela janela, vendo a cidade diminuir aos poucos abaixo de si.
Mas a imagem que permanecia, vívida, em sua mente... era a de Celina.
O relógio marcava meio-dia e meia quando o celular de Celina começou a vibrar sobre a mesa. Era Zoe.
— Alô, amiga — atendeu Celina, com a voz tranquila.
— Amiga, você não vai acreditar… o poderoso chefinho teve que viajar às pressas!
— Viajar? Como assim?
— Pois é! Deu problema na filial da França e ele teve que voar pra lá agora há pouco. Tensão total. Sabe como ele fica quando as coisas saem do controle, né?
Celina bufou com uma risadinha.
— Ah, eu sei... Deve estar insuportável. Ainda bem que eu tô livre desse estresse todo.
— Amiga num futuro próximo, você estará lá resolvendo o problema com ele em Paris!
Celina riu.
— Isso só vai acontecer se ele resolver os problemas dele e me procurar. Porque eu não vou correr atrás dele mais não.
— Assim que se fala, amiga! — comemorou Zoe. — Autoestima em dia e orgulho no lugar!
— É o mínimo, né?
— Agora segura essa fofoca: você não vai acreditar quem estava hoje cedo na sala do Thor.
— Quem?
— Arthur.
Celina arregalou os olhos, mesmo que Zoe não pudesse ver.
— Mentira! O Arthur? O mesmo Arthur?
— O próprio! Pelo jeito, eles são amigos.
— Gente... que mundo pequeno!
— Pois é. E sabe o que ele me disse? Que vai me buscar aqui na empresa pra me levar na faculdade hoje.
Celina sorriu do outro lado da linha, com um misto de surpresa e carinho.
— Amiga, espero sinceramente que, se ele for a pessoa certa pra você, que tudo flua naturalmente e vocês fiquem juntos.
— Ah, amiga... obrigada. Mas estou muito pé no chão. Juro. Não vou dar mole pra ele não.
— Isso aí! Só não cometa os erros que eu cometi...
— Ei, não fala isso, Celina.
— Tô falando a verdade, amiga. Só não quero que você sofra o que eu já sofri. Quero que você seja feliz.
Zoe fez aquele som fofo com a boca e disse, com a voz embargada de carinho:
— Aiiii que lindoooo. Te amo, sua boba. O papo tá ótimo, só que meu horário de almoço acabou. Beijo!
— Vai lá. Beijo, amiga!
Zoe voltou ao trabalho, mas a ansiedade começou a bater forte. Não conseguia parar de pensar no final do expediente, quando veria Arthur novamente. As horas pareceram se arrastar até, finalmente, o relógio marcar 18h.
Seu celular vibrou. Mensagem de Arthur:
"Já estou aqui embaixo te esperando."
Zoe engoliu em seco, nervosa, mas empolgada. Desceu pelo elevador tentando parecer calma, mesmo com o coração acelerado. No caminho, foi se despedindo das colegas da recepção, que não deixaram de soltar algumas piadinhas ao verem seu nervosismo.
Assim que saiu pela porta da empresa e desceu os degraus da entrada, viu Arthur encostado em seu carro, sorrindo e elegante.
— Por que escolheu essa profissão? — perguntou Zoe, mais curiosa agora.
— Segui os passos do meu pai. Ele também é neurocirurgião. Cresci vendo ele salvar vidas... e quis fazer o mesmo. Hoje ele só comanda a rede.
Eles seguiram conversando e rindo, trocando histórias e descobrindo gostos em comum até chegarem à frente da faculdade.
Arthur parou o carro, virou-se para ela e disse:
— Entregue com sucesso.
Zoe sorriu.
— Obrigada por me trazer.
— Posso vir te buscar?
Ela hesitou por um instante, mas acabou cedendo:
— Pode.
Arthur então inclinou-se devagar, tentando beijá-la nos lábios. Zoe virou o rosto no último instante, e o beijo pousou em sua bochecha. Ele riu com charme e respeitou o limite.
— Até mais tarde — disse ela..
Quando ia abrir a porta, sentiu a mão dele segurar delicadamente a dela.
— Que horas você sai?
— Às 22h.
— Estarei aqui.
Zoe assentiu, saiu do carro, fechou a porta e entrou na faculdade. Arthur ficou observando-a por alguns segundos, até que ela desaparecesse pelas portas de vidro.
Então murmurou consigo mesmo, com um sorriso nos lábios:
— Adoro um desafio!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...