O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 157

Cerca de trinta minutos depois, Thor chegou em sua cobertura. A senhora Cortez, sempre eficiente, já havia preparado a mala com tudo o que ele precisava. Sem demorar, ele subiu, tomou um banho rápido, colocou uma roupa impecável e desceu com a mala de rodinhas em uma mão e a pasta na outra.

No horário marcado, Thor já estava no hangar privado. O jatinho o aguardava com os motores ligados. Subiu as escadas com o semblante sério.

Quando a aeronave decolou, ele olhou pela janela, vendo a cidade diminuir aos poucos abaixo de si.

Mas a imagem que permanecia, vívida, em sua mente... era a de Celina.

O relógio marcava meio-dia e meia quando o celular de Celina começou a vibrar sobre a mesa. Era Zoe.

— Alô, amiga — atendeu Celina, com a voz tranquila.

— Amiga, você não vai acreditar… o poderoso chefinho teve que viajar às pressas!

— Viajar? Como assim?

— Pois é! Deu problema na filial da França e ele teve que voar pra lá agora há pouco. Tensão total. Sabe como ele fica quando as coisas saem do controle, né?

Celina bufou com uma risadinha.

— Ah, eu sei... Deve estar insuportável. Ainda bem que eu tô livre desse estresse todo.

— Amiga num futuro próximo, você estará lá resolvendo o problema com ele em Paris!

Celina riu.

— Isso só vai acontecer se ele resolver os problemas dele e me procurar. Porque eu não vou correr atrás dele mais não.

— Assim que se fala, amiga! — comemorou Zoe. — Autoestima em dia e orgulho no lugar!

— É o mínimo, né?

— Agora segura essa fofoca: você não vai acreditar quem estava hoje cedo na sala do Thor.

— Quem?

— Arthur.

Celina arregalou os olhos, mesmo que Zoe não pudesse ver.

— Mentira! O Arthur? O mesmo Arthur?

— O próprio! Pelo jeito, eles são amigos.

— Gente... que mundo pequeno!

— Pois é. E sabe o que ele me disse? Que vai me buscar aqui na empresa pra me levar na faculdade hoje.

Celina sorriu do outro lado da linha, com um misto de surpresa e carinho.

— Amiga, espero sinceramente que, se ele for a pessoa certa pra você, que tudo flua naturalmente e vocês fiquem juntos.

— Ah, amiga... obrigada. Mas estou muito pé no chão. Juro. Não vou dar mole pra ele não.

— Isso aí! Só não cometa os erros que eu cometi...

— Ei, não fala isso, Celina.

— Tô falando a verdade, amiga. Só não quero que você sofra o que eu já sofri. Quero que você seja feliz.

Zoe fez aquele som fofo com a boca e disse, com a voz embargada de carinho:

— Aiiii que lindoooo. Te amo, sua boba. O papo tá ótimo, só que meu horário de almoço acabou. Beijo!

— Vai lá. Beijo, amiga!

Zoe voltou ao trabalho, mas a ansiedade começou a bater forte. Não conseguia parar de pensar no final do expediente, quando veria Arthur novamente. As horas pareceram se arrastar até, finalmente, o relógio marcar 18h.

Seu celular vibrou. Mensagem de Arthur:

"Já estou aqui embaixo te esperando."

Zoe engoliu em seco, nervosa, mas empolgada. Desceu pelo elevador tentando parecer calma, mesmo com o coração acelerado. No caminho, foi se despedindo das colegas da recepção, que não deixaram de soltar algumas piadinhas ao verem seu nervosismo.

Assim que saiu pela porta da empresa e desceu os degraus da entrada, viu Arthur encostado em seu carro, sorrindo e elegante.

— Por que escolheu essa profissão? — perguntou Zoe, mais curiosa agora.

— Segui os passos do meu pai. Ele também é neurocirurgião. Cresci vendo ele salvar vidas... e quis fazer o mesmo. Hoje ele só comanda a rede.

Eles seguiram conversando e rindo, trocando histórias e descobrindo gostos em comum até chegarem à frente da faculdade.

Arthur parou o carro, virou-se para ela e disse:

— Entregue com sucesso.

Zoe sorriu.

— Obrigada por me trazer.

— Posso vir te buscar?

Ela hesitou por um instante, mas acabou cedendo:

— Pode.

Arthur então inclinou-se devagar, tentando beijá-la nos lábios. Zoe virou o rosto no último instante, e o beijo pousou em sua bochecha. Ele riu com charme e respeitou o limite.

— Até mais tarde — disse ela..

Quando ia abrir a porta, sentiu a mão dele segurar delicadamente a dela.

— Que horas você sai?

— Às 22h.

— Estarei aqui.

Zoe assentiu, saiu do carro, fechou a porta e entrou na faculdade. Arthur ficou observando-a por alguns segundos, até que ela desaparecesse pelas portas de vidro.

Então murmurou consigo mesmo, com um sorriso nos lábios:

— Adoro um desafio!

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