Elas continuaram arrumando as malas em silêncio. Era um silêncio compreensivo, entre duas amigas que se conheciam com o olhar. Minutos depois, tudo estava pronto.
Tatiana foi até a sala e chamou Roberto e Gabriel.
— Gente, podem ajudar a descer as malas?
Os dois levantaram-se na hora e começaram a levar as coisas até o carro de Gabriel, que estava estacionado em frente à casa. Pouco depois, tudo estava acomodado no porta-malas.
Dentro da casa, Celina parou por um instante na sala, observando tudo. Era como se estivesse se despedindo de uma parte de sua vida. Encarou Tatiana e Roberto, emocionada.
— Obrigada… por tudo. Por abrirem as portas da casa e do coração de vocês pra mim. Eu nunca vou esquecer.
Tatiana a abraçou forte.
— Se cuida, tá? Cuida dos nossos afilhadinhos aí… — disse, tocando a barriga de Celina com carinho. — A gente vai estar sempre com você.
— Sempre — reforçou Roberto, dando um beijo na testa dela.
Celina sorriu com os olhos marejados e caminhou até Gabriel, que a esperava do lado de fora.
— Vamos?
— Vamos — respondeu ele, já abrindo a porta do carro.
A viagem foi tranquila. Pouco se falaram no caminho, mas a presença de Gabriel era reconfortante.
Ao chegarem no novo apartamento, Gabriel virou-se para ela:
— Fica sentada, descansa. Eu subo com tudo.
Celina apenas assentiu, sentando-se no sofá da sala. Em algumas subidas, Gabriel levou todas as malas e sacolas para dentro.
— Pronto. Missão cumprida — disse com um sorriso, limpando o suor da testa com o antebraço.
— Obrigada, Gabriel. Por tudo. De verdade.
— Não tem de quê. Sempre que você precisar, eu vou estar aqui.
Ele se aproximou, depositou um beijo carinhoso na testa dela e foi até a porta.
— Amanhã é dia de trabalho, então vou indo. Descansa, tá?
— Boa noite, Gabriel. — disse Celina se levantando e caminhando até a porta.
Ela fechou a porta atrás dele. Encostou-se ali por alguns segundos, suspirou profundamente e pousou as mãos sobre a barriga.
— Filhos… esse é o nosso novo lar. Um novo ciclo se inicia em nossas vidas. A mamãe ama muito vocês. Tudo o que eu faço… é pelo bem de vocês. Já está dando tudo certo.
Com um sorriso pequeno, mas genuíno, ela pegou uma roupa confortável na mala, foi até o banheiro, tomou um banho quente e rápido. Quando deitou na cama, o cansaço a dominou por completo.
Apagou.
O corpo exausto e a mente saturada enfim encontraram um pouco de paz.
O metrô chegou lotado, o que a fez se espantar. Zoe, sempre atenta, logo percebeu.
— Gente! Tem uma grávida aqui! — gritou ela. — Quem tá na prioridade, cede o lugar hein!
Celina ficou morrendo de vergonha.
— Zoe, não precisa disso...
— Não precisa o quê? Quer desmaiar aqui no meio do povo? Pode até perder os bebês! — rebateu a amiga. — Ah, minha filha, você ainda vai me agradecer.
Rapidamente, uma mulher se levantou e cedeu o lugar. Zoe foi abrindo caminho com o olhar firme. Celina agradeceu e sentou-se. Zoe ficou em pé à sua frente.
— E aí, amiga, tá gostando da nova vida?
— Tô tentando me adaptar — respondeu Celina com um sorriso tímido.
— Daqui a pouco você se acostuma. Pobre tem obrigação de se adaptar rápido — disse Zoe. — Ah, você vai tirar de letra. Eu mesma tô quase surtando por causa da faculdade…
— Fazer o que né? E aí, qual curso você tá fazendo? — perguntou Celina, tentando descontrair.
— Contabilidade! Tô no último período.
— Jura? Tá no último período já?
— Pois é... Tô a ponto de ter um colapso. Ontem fiz uma prova tão difícil que minha cabeça latejou. A dor foi pior que tirar os pelos da axila com pinça!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...