O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 104

Na manhã seguinte, Tatiana seguia para sua empresa e deixou Celina no trabalho. Ao entrar em sua sala, Celina foi surpreendida por um buquê de rosas vermelhas ao lado de uma caixinha de chocolates finos sobre sua mesa. O perfume das flores encheu o ambiente e ela, curiosa, aproximou-se. Havia um bilhete delicadamente preso entre as pétalas:

"Me perdoe. — Thor."

Ela sorriu, emocionada, ao ler a mensagem. Foi então que ouviu passos suaves e, ao erguer os olhos, viu Thor parado na porta, observando sua reação.

— Acho que estou perdoado — disse ele, sorrindo com suavidade.

Celina o olhou, ainda com o sorriso no rosto. Ele caminhou até ela, envolveu-a num abraço caloroso e lhe deu um beijo cheio de saudade.

— Estava com saudade, amor — murmurou ele.

— Eu também, Thor — respondeu Celina, com ternura.

— Como estão as coisas? — ela perguntou, tentando quebrar um pouco a emoção que pairava entre os dois.

— Deixa eu curtir você um pouco primeiro — disse ele, sentando-a na mesa e posicionando-se entre suas pernas, com um gesto carinhoso.

Acariciando o rosto dela, completou:

— Senti tanto sua falta... especialmente à noite, na hora de dormir.

Celina sorriu e ele a beijou com uma certa urgência, mas antes que pudessem aprofundar ainda mais aquele momento, Zoe surgiu na porta, totalmente distraída.

— Amiga, vim saber como voc... — parou abruptamente ao ver os dois no maior amasso. — Ops! Eu ia perguntar como você estava, mas já vi que tá ótima! — disse, rindo.

Thor se afastou devagar, olhando para Celina com um sorriso.

— Te espero depois... na minha sala — sussurrou ele, antes de sair.

— Bom dia pra você também, chefinho — provocou Zoe, cruzando com ele na porta.

Celina, sem graça, desceu da mesa e se recompôs. Zoe se aproximou com um sorriso divertido.

— O que esse homem tem de lindo, tem de arrogante.

Celina riu, ainda com as bochechas coradas.

— Você é terrível.

— E você tá com uma cara de quem foi ao paraíso e voltou — brincou Zoe. — Inclusive, tua aparência até mudou com a presença daquele deus grego!

Celina riu de novo, balançando a cabeça.

— Vamos almoçar juntas hoje? — perguntou Zoe.

— Esqueceu que tenho que ir à imobiliária? Vou comprar um lanche no caminho e ir comendo pra ganhar tempo. O pagamento já está na conta, preciso resolver o contrato do aluguel.

— Então eu vou com você! Me espera na recepção, tá?

Zoe subiu para o seu andar e Celina voltou ao trabalho. Poucos minutos depois, o telefone tocou.

— Amor, traz um café pra mim? — era Thor, com a voz suave.

Celina fez o café — apesar do cheiro provocar enjôo — e foi até a sala dele. Ao vê-la, Thor puxou a cadeira para trás e a colocou no colo.

— Vamos almoçar juntos? — perguntou ele.

— Não posso. Tenho um compromisso — respondeu Celina, firme.

— Que compromisso? — questionou ele, arqueando a sobrancelha.

— Estou alugando um apartamento — disse ela, com um brilho nos olhos. — Fica a uns quarenta minutos daqui, de metrô.

Thor franziu o cenho.

— E por que não vai morar comigo?

Celina respirou fundo, tranquila.

— Porque eu preciso conquistar isso sozinha. Quero ver que sou capaz de me sustentar, sem depender de homem algum. Nós já pulamos muitas etapas... agora é hora de fazer diferente. Eu quero crescer, quero minha independência, quero espaço pra construir a minha história também.

— Isabela... — respondeu Celina, com um suspiro. — Tá dando trabalho. E isso pode ser um empecilho entre eu e Thor.

Tatiana sorriu com mistério.

— Eu sei como animar você.

Ela desviou do caminho habitual e entrou no shopping.

— O que a gente tá fazendo aqui?

— Chá de casa nova, querida! Vai entrar no apartamento sem nada?

— Tatiana, não precisa...

— Precisa, sim! Vamos!

Foram entrando em lojas, comprando utensílios, roupas de cama, itens de cozinha. Era um momento leve e divertido, cheio de risadas. Depois, foram até o apartamento novo e, com ajuda do porteiro, subiram com as sacolas. Foram várias idas e vindas.

Tatiana agradeceu o porteiro com uma gorjeta e Celina mostrou o lugar.

— Eu amei! Tá super aconchegante — disse ela.

De volta à casa de Tatiana, Celina tomou banho, jantou com os dois e ouviu de Roberto:

— Eu não queria que você saísse daqui, mas se isso vai te fazer bem, então que esse novo ciclo seja maravilhoso. E a nossa casa continua sendo sua também.

Celina se emocionou.

Mais tarde, já deitada, Celina encarava o teto do quarto, tentando encontrar paz no silêncio. Mas a ausência de Thor pesava demais em seu peito. Pegou o celular com hesitação, respirou fundo e, finalmente, tomou coragem. Apertou o nome dele na tela.

Chamou uma vez… duas… três…

De repente, a ligação foi atendida.

— Alô? — disse uma voz feminina do outro lado.

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