O carro avançava rápido.
Porém, retornar do subúrbio para a cidade, de qualquer maneira, significava percorrer uma certa distância. Além disso, o tempo gasto discutindo com o homem foi tão longo que, ao conseguirmos levar o garoto conosco, já era final de tarde.
Nesse momento do dia, encontramos o fluxo dos trabalhadores retornando do centro para o subúrbio.
O veículo ficou preso em um grande congestionamento.
Abri a janela do carro e, olhando à distância, pude ver a fila de carros que se estendia infinitamente, como um gigante dragão serpenteando lentamente. O tráfego parado, somado à atmosfera um tanto pesada dentro do carro, tornava a respiração difícil.
Abaixei a janela ao máximo e desviei meu olhar para fora.
A noite começava a cair, deixando apenas o último brilho do sol, que parecia relutar em se despedir, permanecendo no céu.
O crepúsculo rosa era de uma beleza ímpar.
Incapaz de resistir a essa cena naturalmente bela, peguei meu celular, querendo capturar esse momento romântico.
Mas mal havia tirado o aparelho, antes mesmo de conseguir ajustar a câmera, acabei filmando o jovem que estava sentado atrás de mim.
Pelo visor, vi que ele me olhava fixamente, com um olhar tão terno que, quase podia jurar, havia sinceridade e gratidão misturadas ali.
Ele segurava firmemente a alça no interior do carro, sem soltar a mão que pendia do teto, mesmo com o veículo se movendo muito lentamente.
Observando esse comportamento um tanto estranho, lembrei-me do que o homem havia dito – o jovem havia sofrido um acidente de carro!
Será que tudo o que ele disse era verdade?
Ao ver a reação instintiva do jovem, parecia que uma força subconsciente o impelia e controlava.
O garoto, notando meu olhar, engoliu em seco, uma tensão visível emanando dele.
Do que ele estaria com medo?
Depois de muito tempo presos no trânsito da avenida, finalmente chegamos ao centro da cidade. Ao entrar na cidade, as ruas se tornaram amplas e o carro acelerou, com a paisagem passando rapidamente pela janela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Amor Anunciado do Herdeiro Indiferente
Juro que odeio essas protagonista masoquistas, tem condição de ter outra definição para Larissa. Paula jogou um outdoor na cabeça dela, foras as armações, e Larissa oferece 100 mil para ela contrata um advogado? Fala sério, eu jogava de no mínimo a cabeça dela na privada a casa 10 segundos durante 30 minutos ou até me sentir vingada e depois entrega ela para polícia....
Mais 😭😭😭...