Nosso Passado romance Capítulo 112

Parte 8...

— É a única que eu tenho - respondeu grosso.

— Não seja infantil - bateu em sua mão — Fale direito comigo. Não lhe fiz nada.

Ele estava irritado, mas acabou rindo.

— Não podia ser uma enfermeira? Não gosto de um homem me dando banho de esponja.

— Não seja machista, é o trabalho dele - riu — Haroldo ficou doente uma época e teve que ser internado. Um enfermeiro lhe dava banho todos os dias e ele nunca reclamou.

— Nossa, que maridinho tão perfeito - ele ironizou.

— Ele não era perfeito, tão pouco era um machista exagerado - fez um gesto apertando os dedos — Só um pouquinho.

— Por que sempre tem que falar dele - ele bufou apertando a boca chateado — Eu não gosto.

— Problema seu. Ele fez parte de minha vida.

— Eu sei disso... Mas pode evitar mostrar o quanto ele era melhor do que eu.

— Eu não faço isso - fechou o semblante — Eu faço?

— Talvez você nem perceba - pegou sua mão — Mas faz sim e eu me sinto um bosta - sua voz ficou rouca — Um incompetente nos negócios e na vida.

— Mathias...

— Não! - ele levantou a mão — Esse acidente foi muito bom - apertou os lábios — Eu pude pensar... Em tudo, preso na cama. Não posso negar que eu trouxe você para um covil. Eu sou o maior culpado de tudo - murmurou — Minha mãe e Márcia só pegaram a chance. Elas me conheciam muito bem...

Ele parou de falar quando ela se inclinou e colou a boca à dele. Foi talvez o beijo mais carinhoso que ele já ganhara dela.

Anelise segurou seu rosto e movimentou os lábios devagar, sua língua fazendo uma suave exploração na boca dele. Foi demorado, foi quente e foi emocionado.

Talvez esse tenha sido o beijo que poucos têm a sorte de ganhar na vida. Um beijo de amor.

— Uau... - ele sorriu quando o beijo parou — O que foi isso?

— Foi só um beijo - ela sorriu de leve.

— Não... Foi muito mais - ele murmurou — Vem... Deita aqui comigo - bateu na cama.

— Eu sei - suspirou — Vou tentar ficar bom logo. Vai ver.

— É o que eu espero mesmo.

Ele beijou sua cabeça. Anelise desceu a mão por seu peito e parou em seu membro.

— Quando você ficar bom, a gente paga a promessa.

— Está querendo me incentivar a ser mais rápido?

— Estou conseguindo? - ela riu baixinho.

— Com certeza está.

Ele virou a cabeça e ela ergueu o rosto para um beijo. Ele não sabia se era uma impressão ou não, mas os beijos dela pareciam mais doces do que nunca.

Autora Ninha Cardoso.

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