Parte 7...
— Eu mudei muito.
— Que bom. Quero conhecer a você de agora - ele enrijeceu o rosto — Eu ainda a quero como antes, isso não mudou pra mim. Ainda acho que você me pertence.
— Não sou um objeto, Mathias.
Ela ainda não entendia se esse interesse era real ou se havia outra intenção por trás. Apesar de gostar dessa iniciativa dele, não havia garantia de sua honesta intenção.
— Vou pegar o seu remédio.
Ele fechou o semblante quando ela se afastou. Ainda era cedo, ele sabia. Ela não iria abrir a guarda de novo tão rápido. Mas ele estava se abrindo para ela.
Não queria perder a empresa, iria voltar a andar e faria uma reunião com os outros associados. Eles iriam lhe dar outra chance. A empresa era da família dele, não queria que fosse administrada por outros. Estavam em uma roda gigante nos últimos anos, com altos e baixos, mas a economia andava instável.
Ele tinha cometido alguns erros quando ficou fora de si no passado e mas recente ao rever Anelise, mas tinha sido traído por seus sócios. Precisava reaver o que era seu.
Ela voltou ao quarto com o remédio e água e entregou para ele. Alan entrou no quarto e sentou na cama.
— Você tem uma piscina legal.
— Você gosta de nadar? - ele fez que sim — Eu também gosto. Sempre que tenho folga eu nado na piscina.
— Eu tenho uma coleção de baralhos de carros. Quer ver? - ele perguntou animado.
— Ele precisa descansar, meu amor - o tirou de cima da cama — Vamos.
— Não. Deixe-o aqui um pouco. Por favor! - Mathias pediu.
— Você vai dormir daqui a pouco quando o medicamento começar a agir.
— E quando eu dormir, ele sai - olhou com carinho para o filho — Você quer ficar?
— Quero - sorriu — Vou buscar meu baralho.
Alan saiu correndo e ela se aproximou da cama.
— Vou deixá-lo com você - ela disse séria — Só peço que tenha cuidado com o que vai dizer. Lembre-se de que ele é só uma criança.
— Não confia em mim para ficar com meu filho?
— Quando Haroldo morreu ele pensou que fosse assumir.
— Bem, não tenho culpa se meu marido confiou mais em mim do que no próprio irmão.
— Você foi treinada por ele. Tinham o mesmo estilo e ideias. Hugo é muito travado, preso aos conceitos do passado.
— Mas foi errado o que fez - Ludimila comentou — Espero que o coloque no lugar dele.
Anelise sorriu. Se tinha algo que aborrecia Ludimila era traição e as fofocas de Hugo a deixaram contrariada. Pelo menos ela sabia que os dois eram realmente seus amigos. Mais até. Eram pessoas muito importantes em sua vida.
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Ludimila colocou os dois para dormir e foi para o quarto que ocupava. A casa estava quieta. Felipe ainda mexia no notebook sentado no sofá da sala principal e Anelise foi até o quarto de Mathias para ver como estava.
O enfermeiro contratado lhe passou a rotina de exercícios que iria começar a fazer e depois foi para o quarto ao lado, onde ficaria para cuidar dele.
Mathias estava com uma carranca. Parecia muito irritado.
— O que foi? - sentou na cama — Porque essa cara?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nosso Passado
O poder do perdão é algo muito poderoso é realmente libertador......
Essa coisa de que ela tem q ficar persuadido ele como se ela fosse mãe e ele filho, tá um porre. Homem pode ser machista, liberal, idiota ou o q quiser, mas infantil e inconsequente não dá, pq o azar é dele, mulher não tem q ficar adulando infantilidade....