Não É Isso Você Querer? A Minha Morte. romance Capítulo 66

"Ela se feriu sozinha, por que isso seria impossível?" Um sorriso frio e desdenhoso surgiu em seus lábios. "Você acha mesmo que ela é tão normal?"

"Ela é mais anormal do que você?", os olhos profundos dele se estreitaram, e ele apertou o punho. "Núbia Lopes me disse pessoalmente que foi você quem a feriu. Você ainda nega? Por acaso, só na delegacia você vai admitir sua culpa?"

Delegacia?

O homem à sua frente queria mandá-la para a prisão, só para defender Núbia Lopes?

"Como posso admitir algo que não fiz?" A raiva fervia em seu peito. "Sempre têm que me culpar por tudo?"

"Ah, então você nega, é?", ele se levantou e caminhou até a mesa, pegando a faca que Gabriela Clara Morais havia guardado na noite anterior. "Você diz que não fez, então com certeza não vão encontrar suas digitais na arma do crime, certo?"

Os olhos dela se apertaram.

Na noite anterior, ela quem havia limpado o local, quem havia guardado a faca; é claro que suas digitais estariam ali.

Será que, só por isso, ele queria condená-la?

"Você acredita em tudo o que Núbia Lopes diz, Sandro Goulart? Se sim, chame a polícia. Melhor ainda, me condene à morte para que todos fiquem livres disso."

Sua respiração estava pesada.

O desdém em seu rosto, marcado pela extrema decepção, parecia indiferente.

O incidente do biombo ainda não tinha acabado.

Agora, um caso de homicídio.

Se querem acabar com ela, não precisavam se dar ao trabalho.

"Está com medo?" Ele a encarava, a ponta da faca apontando para seu peito. "Se você estiver disposta a se esfaquear, talvez eu até considere não te culpar."

Ela encarava o homem à sua frente oferecendo-lhe a faca.

Os olhos, lentamente, enchiam-se de lágrimas.

Seu rosto pálido, até os lábios haviam perdido a cor.

Cheia de rancor, olhou para a lâmina fria. "Sandro Goulart, se você se importa tanto com ela, por que não a pede em casamento?"

Ele veio até ela, não para ouvir a verdade.

Se com esse ato ela pudesse morrer, para ela, seria até um alívio.

No instante em que a lâmina estava prestes a penetrar seu coração, ele agarrou a faca com a mão nua, e o sangue rapidamente jorrou de sua palma, escorrendo pelo peito dela.

Ela não esperava que ele tirasse a faca dela.

O peito dela não parava de se mover, mostrando uma expressão de incredulidade.

Seus dedos soltaram involuntariamente o cabo da faca, tremendo.

Com uma expressão de dor, ele jogou a faca para longe.

Nos olhos de Sandro Goulart, Gabriela Clara Morais era tímida e medrosa, reprimida, mas sabia engolir o orgulho.

Quem poderia imaginar que ela seria tão dura consigo mesma, agindo de forma tão louca?

"Você é realmente louca."

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