Núbia Lopes fervia de raiva e desejava descontá-la em Gabriela Clara Morais.
Os empregados, um a um, recuavam para os cantos, todos sem coragem de falar.
“Vocês ficaram todos mudos? Chamem Gabriela Clara Morais, aquela desgraçada, para cá. Quero fazer um escalda-pés.”
Os empregados não se mexiam nem abriam a boca.
Ela, furiosa, batia com a bengala no chão, “Gabriela Clara Morais, desça já aqui, sua miserável, está fingindo de morta?”
Sandro Goulart não estava em casa.
Gabriela Clara Morais não dava a mínima para Núbia Lopes.
Ela chorava e fazia escândalos, mas nada disso a afetava.
Contudo, Núbia Lopes era de natureza instável.
Enfurecida, de repente pegou uma faca de frutas.
Os empregados, apavorados, correram para chamar a governanta.
A governanta Diana, vendo-a fazer tal ato perigoso e temendo que algo ruim acontecesse, a aconselhou, tremendo, “Senhorita Lopes, por que está fazendo isso? Quem a irritou? Me diga que eu dou um jeito.”
"Todos vocês me encurralam, todos vocês..." Núbia Lopes começou a chorar, seus olhos se avermelharam intensamente. "Eu serei a dona desta casa."
“Senhorita Lopes, por favor, abaixe essa faca. Vamos conversar. Você não queria fazer um escalda-pés? Vou preparar a água para você.”
"Eu quero que Gabriela Clara Morais faça isso, chame-a aqui."
A governanta estava em uma situação difícil, mas não tinha escolha, “Certo, vou chamar a senhora. Por favor, fique calma.”
Lá em cima, Gabriela Clara Morais já estava cansada das histerias de Núbia Lopes.
Quando a governanta bateu à porta, ela rejeitou friamente: “Não precisa me chamar, se ela quer morrer, que morra. Eu não vou servi-la.”
“Mas senhora...”
“Vá embora.”
“Sim.”
A governanta, caminhando sobre ovos, relatou as palavras de Gabriela Clara Morais para Núbia Lopes.
Quem diria, ela, sem hesitar, fincou a faca em seu próprio peito.
O sangue jorrava de seu peito, fazendo os empregados gritarem de terror.
Ao olhar o sangue no chão e a faca usada, Gabriela Clara Morais decidiu limpar a casa.
Ela pensou que Sandro Goulart provavelmente iria para o hospital e não voltaria.
Talvez não tivesse tempo para pensar nas consequências dessa noite.
Ela precisava dormir bem.
Na manhã seguinte.
Um homem com os olhos vermelhos de cansaço voltou para casa.
Gabriela Clara Morais estava prestes a ir ao hospital.
"Pare aí." Ele a encarou, seu rosto bonito e frio transparecia raiva. "Foi você quem a feriu?"
Um tom de incredulidade cobriu o rosto de Gabriela Clara Morais.
Essa história sem fim, é sério?
"Claro que não fui eu." Ela reprimiu a raiva, sua voz era baixa.
"Se não foi você, como ela ficou com ferimentos tão graves?" Ele agarrou seu pulso, puxando-a para si, olhando-a furiosamente, como se quisesse devorá-la, "Você está tentando me dizer que ela se esfaqueou?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não É Isso Você Querer? A Minha Morte.