Não É Isso Você Querer? A Minha Morte. romance Capítulo 67

"Não era isso o que o Sr. Goulart queria?" Ela murmurou, sua voz desprovida de emoção, enquanto sua cabeça zumbia com o peso do momento.

O homem abriu a palma da mão para ver a ferida e gritou com raiva para a mulher, "Pega o kit de primeiros socorros."

Gabriela Clara Morais ficou paralisada por um instante, como se o comando a tivesse desconectado da realidade.

Ele gritou novamente, "Você ficou surda? Vai logo."

Após um breve momento de estupefação, Gabriela se virou com um gesto automático, pegou o kit e o depositou diante de Sandro Goulart.

Ele olhou para ela e disse, "Você quer que eu faça isso sozinho? Como eu vou fazer isso?"

"Entendi."

Com um movimento preciso e metódico, Gabriela tomou o álcool, limpou o sangue da ferida, aplicou o iodo para desinfetar, polvilhou o pó medicinal e começou a enrolar a gaze com habilidade, finalizando com um nó cuidadoso.

Todo o movimento era fluido, delicado e gentil, como se ela já tivesse feito isso muitas vezes.

"Pronto." Ela disse.

"Não é boa para nada, mas pelo menos é rápida," comentou ele, com uma pitada de sarcasmo.

Gabriela Clara Morais não discutiu com ele.

Ouviu tantos comentários sarcásticos que já estava acostumada a não se importar.

"Por que você tentou me impedir de morrer? Isso não é o que você queria?"

Ele a fitou com um olhar que misturava diversão e seriedade. "Você acha que eu queria encontrar um cadáver em casa?"

Entendi.

Ele só não queria sujar seus próprios olhos.

Ela permaneceu em silêncio.

"Eu vou te poupar de uma delegacia por ora, mas saiba de uma coisa, Gabriela Clara Morais: se você realmente feriu Núbia Lopes, eu investigarei a fundo. Se a culpa recair sobre você, terá que arcar com as consequências."

Gabriela Clara Morais ouvia em silêncio.

Se ele realmente se dispusesse a investigar com um olhar atento, a verdade acabaria emergindo.

No entanto, se optasse por manter os olhos fechados, a história seria bem diferente.

"Mas você também pode se redimir."

Sua voz tremia de emoção, "Você não pode ser mais desprezível? Sempre ameaçando minha família? Em vez de falar em se redimir, por que não diz logo que é uma ordem?"

"Gabriela Clara Morais, você é a Sra. Goulart, tem a obrigação de me acompanhar."

Ele ergueu uma sobrancelha, um sorriso zombeteiro nos olhos.

Sandro Goulart tinha um motivo pessoal para querer a companhia de Gabriela Clara Morais.

Luiz Cruz era difícil de lidar.

O projeto em questão, que se arrastava desde o ano passado, ainda permanecia sem acordo.

Com um lucro de quase um bilhão em jogo, a Família Goulart não estava disposta a desistir.

Por uma coincidência do destino, Sandro Goulart descobriu que a esposa de Luiz Cruz era colega de universidade de Gabriela Clara Morais.

Eles estavam ambos no grupo de Violão.

O relacionamento entre elas era notavelmente cordial.

Luiz Cruz esteve casado com sua primeira esposa por dez anos, mas não tiveram filhos. Após o divórcio, casou-se com sua atual esposa que, além de jovem e bela, deu-lhe gêmeos em menos de um ano.

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