Eliano percebeu imediatamente o arranjo do quarto, onde tudo permanecia inalterado, tornando a sensação ainda mais assustadora, como se a pessoa que partiu nunca tivesse estado ali, apagando sua própria existência. No entanto, Almira estava na família Carvalho há tanto tempo que, apesar de tudo parecer o mesmo, tudo havia mudado.
"Eliano, desta vez a culpa foi minha. Amanhã, vou até o interior buscar Almira de volta e pedirei desculpas."
Sílvia estava cada vez mais ansiosa, lamentando não saber o que lhe passou pela cabeça naquela época. Ela estava tão preocupada com a ausência de um 'neto' que culpou Almira, esquecendo que Almira também era inocente, já que ter filhos é uma responsabilidade de ambos. Se não havia filho, a culpa poderia ser tanto do seu filho quanto de qualquer outra coisa.
"Deixe que eu resolvo o assunto com Almira."
O olhar de Eliano caiu sobre a caixa de madeira em cima da cama, onde estavam as joias de família que Sandro havia dado a Almira. Ela nunca as havia usado, guardando-as cuidadosamente no fundo do armário para não danificá-las ou perdê-las. Era evidente o quanto Almira prezava por essas peças, e por isso não as tiraria facilmente dali. Mas agora, esses objetos estavam expostos sobre a cama, como se ela estivesse sinalizando um rompimento definitivo com ele.
Sílvia ainda tentou falar algo, mas Vânia a interrompeu, puxando-a para fora.
"Mãe, o que você está fazendo aqui? Não vê que meu irmão está precisando de um momento sozinho?"
No quarto!
Apesar da ausência de Almira, Eliano sentia que o quarto ainda estava impregnado com sua presença e memória. As roupas dela ainda estavam no armário, sua penteadeira ainda estava ali, as cortinas eram de sua cor preferida, e até mesmo os lençóis e cobertores na cama já não eram mais nas cores monótonas que ele preferia. Até o travesseiro onde Almira dormia e o lado da cama que ela usava, além das coisas que ela lhe dizia, pareciam ecoar ao redor dele. Sem perceber, suas lembranças e memórias dela eram mais profundas do que imaginava.
Ele não tinha a chave daquela caixa, mas, querendo preparar uma proposta de casamento, fez uma cópia da chave e a abriu. Quando abriu a caixa, encontrou-a cheia, com as joias caras que o avô havia dado a ela no fundo, mas por cima, havia um envelope que ele não havia visto antes. Curioso, abriu-o. Dentro havia dois acordos, apenas algumas folhas de papel sem detalhes específicos, além da assinatura de Almira e Sílvia em uma delas, e na última folha, um 'acordo de divórcio', no qual Almira tinha assinado seu nome de forma elegante e decidida.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa
Não tem final que decepção....nota 0 (zero)...
História prolongada desnecessariamente,,,,acabando com o prazer do leitor e até do próprio autor,lamentável!!!!...
Nossa eu gostaria muito que liberasse os capítulos. A história é boa, mas não postaram nenhum novo capítulo 😢...
Acabou há história será?...
Nunca mais atualizou que triste...
Solta mais capítulo...