POV AMÉLIA.
Ouvi Cecília me chamando, e pensei estar sonhando. Me senti ser sacudida levemente. Acordei desorientada e confusa. Olhei para Cecília, e ela estava com o rosto bem próximo do meu, acabei me assustando. Infeliz assusta a sua velha. Ela se afastou e eu observei em volta, percebendo estar no quarto, mas não era no meu quarto. Eu estava na cama do Magnos. Como cheguei no quarto do Magnos e porque estou deitada em sua cama?
— Sua louca, quer me causar um ataque cardíaco? — Perguntei brava à Cecília, que sorriu divertida com meu mau-humor. Odeio ser acordada.
— Desculpe maninha, mas é hora de acordar para alimentar meus sobrinhos lindos. — Falou contente. Ela nunca fica de mau-humor?
— Como cheguei aqui e porque estou deitada na cama do seu irmão? — Perguntei querendo respostas.
— Meu irmão te trouxe para cá. E me pediu para acordá-la na hora que o almoço estivesse pronto. Ele não quer que você fique sem comer. Eu nem acredito que tive permissão para entrar no quarto do Magnos. — Falou impressionada.
— Por que ele me trouxe para cá em vez de me levar para meu quarto? — Perguntei para Cecília. Magnos era irmão dela, então ela o conhece melhor que eu.
— Isso você deve perguntar a ele pessoalmente. Pois eu não sei a resposta. — Disse Cecília.
— Como não sabe? Você é irmã dele, o conhece melhor que eu. Deve saber o que se passa naquela mente? — Falei. Cecília riu alto.
— Ninguém sabe o que se passa na mente do Magnos. Ele é indecifrável, eu não sei o que meu irmão pensa Amélia. — Comentou.
— Seu irmão é complicado, mandão e irritante. — Falei. Cecília sorriu maliciosa.
— Então, vai me contar como foi sua noite? — Me perguntou maliciosa.
— Foi normal, e eu dormi. — Falei.
— Não tenta me enganar que meus pais viram você e Magnos chegando. Eles disseram que você estava excitada liberando feromônios e agarrada no meu irmão. Enquanto meu irmão estava muito excitado. E que ele estava com bastante pressa para chegar no quarto dele. Então não adianta tentar me enganar que tenho testemunhas. — Disse rindo e me pegando na mentira.
— Transamos ontem e hoje pela manhã, e foi incrível. — Falei e senti meu sexo pulsar só de lembrar de Magnos me penetrando.
— Então nosso plano deu certo. Bem que minha loba, Laila, disse que Cosmo iria nos ajudar. — Comentou Cecília.
— Pois Cosmo ajudou mesmo, eu não precisei seduzir seu irmão. Ele que tomou a iniciativa. — Mencionei, Cecília me olhou pensativa.
— Agora tenho certeza de que meu irmão tem sentimentos por você, Amélia. Ele está agindo diferente do habitual, Magnos. Está sorrindo, transou com você e te deixou ficar no quarto dele. — Disse Cecília, me ajudando com as muletas. Saímos do quarto e fomos conversando pelo corredor.
— Realmente ele não parece mais aquele ogro insensível. — Falei e Cecília riu do apelido. Cecília mudou de assunto de repente.
— Aonde você e Magnos foram mais cedo? — Perguntou Cecília enquanto eu fazia minha caminhada de tartaruga lentamente.
— Fomos à delegacia. — Falei, ela me olhou estranhando.
— Fazer o que na delegacia? — Perguntou não entendendo.
— Acredito que Josua, se referia a mim, não aos meus filhos. Magnos me disse que com apenas um toque um elfo pode saber tudo sobre mim, que eles olham meu interior e minha alma. Ele não tocou em meus bebês, mas em mim. — Comentei.
— O que você quer dizer? — Perguntou Cecília nervosa.
— Quem sou eu, ou melhor, o que tenho em mim, que interessará essas tais forças malignas? Mas o que seriam essas forças? — Perguntei.
— Você está certa, precisamos aumentar sua proteção. As forças malignas são, como nos referimos, aos seres do mal ou das trevas, como bruxas que praticam magia negra, elfos das trevas, necromantes, magos das sombras e todos aqueles seres que usam magia negra e são das trevas. — Respondeu Cecília.
— Quer dizer que esse pessoal todo pode vir atrás de mim? — Perguntei, temendo pelos meus filhos.
— Não sabemos se o que Josua falou é verdade. Elfos das trevas são trapaceiros e dissimulados. Não se pode confiar cem porcento neles. Mas, como prevenir é melhor que remediar, fiquemos atentos. — Falou, tentando me acalmar.
Acho que Josua estava certo em um ponto, eu possuo uma coisa. Ela não existia antes, bem, eu nunca percebi, até chegar a essa alcateia. Estou começando a pensar que não estou enlouquecendo. Estou começando a concluir que o Josua se referia à Ravina, a voz em minha mente.
— Ravina. — A chamei, ela respondeu prontamente.
— Em que posso ajudá-la, Amélia? — Perguntou. Como nunca reparei em sua maneira de falar e agir?
— Poderia me ajudar dizendo, o que é você e o que faz na minha mente? — Perguntei séria.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE