POV AMÉLIA.
Eu não podia acreditar que Magnos teve coragem de me acusar de ter provocado aquela cachorra sarnenta da Susane. Aquela puta me ameaçou e tentou me agredir e ele me acusa de provocar a vadia dele?
— Tecnicamente, você também provocou ela. — Disse a intrometida da Ravina na minha mente.
— Você também está contra mim? Sua mente traidora. — Respondi mentalmente irritada.
— Não, só estou revendo os fatos. Você está certa, ele deveria te defender, não a vadia dele. — Disse Ravina rindo. Essa voz ainda debocha de mim.
— Aquele ogro, além de dizer que tenho culpa, ainda me colocou de castigo trancada dentro dessa casa. — Falei zangada.
— Ele está com ciúme. Não percebeu? — Disse ela. Magnos com ciúme? Acho que não.
— Ele não está com ciúme, só quer demonstrar seu poder sobre mim. — Falei não acreditando no que ela dizia.
— Acho que não, não percebeu que os lobos que estavam no refeitório saíram apressados? E a raiva na voz dele, quando dizia que não te queria, causando problema com os machos da alcateia? Isso tudo é sinal de ciúme. Penso que Magnos está interessado em você. — Falou Ravina, totalmente maluca.
— Imagina se aquele ogro iria está gostando de mim. Ele vive me dizendo que não gosta de humanas. Deve ser possessividade relacionado aos filhotes. — Falei. Ignorei minha mente e voltei a prestar atenção naquele lobo ogro.
Magnos estava me proibindo de sair de casa e colocando dois cães de guardas além de Cecília e Ana para me vigiar. Virei prisioneira, estou começando a achar que Ravina está certa. Magnos talvez esteja com ciúme. Mas eu não posso ter esperança em ter algo amorosos com ele. Tudo que Magnos quer de mim é meus filhos. Não posso mentir que não estou atraída por ele. Infelizmente acho que estou me apaixonando por esse ser que odeia minha espécie.
— Se o objetivo dele é tirar nossos filhos, mais um motivo para você seduzi-lo. Não podemos permitir que ele nos tire os bebês depois que eles nascerem. — Falou Ravina. Ela estava certa.
— O que está sugerindo? — Perguntei.
— Não se faça de ingenua, sei que entendeu meu plano. Mas vou lhe esclarecer, seduziremos Magnos e o deixaremos apaixonado por nós. Assim ele nos escolherá como companheira e não arriscaremos perder os nossos filhos. — Falou Ravina.
— Mas eu não estaria agindo como Susane. Que quer ser companheira do Magnos? — Perguntei não achando certo.
— Não nos compare com aquela puta. Por nossos filhos vale tudo. E acorda Amélia, você acha que se o Magnos, encontrar sua companheira, ela vai nos querer por perto? Ela pode até aceitar os filhotes a contragosto, mas não quererá a sombra da mãe deles rondando em volta dela e ameaçando seu território. Pois você sempre será a humana que deu quatro herdeiros para o alfa. Todos lembrarão de você. — Explicou Ravina. Ela estava certa, não posso arriscar perder meus filhos.
— Eles estão mexendo. Isso é maravilhoso. Mas ainda é muito cedo para acontecer. — Falei com preocupação, mas outro movimento me fez ficar feliz e emocionada. Eu sorri para ele. Magnos sorriu com os movimentos dos bebês. E não tirou minha mão de cima da dele.
— De quantos meses de gestação, você está Amélia? — Perguntou Eulalia quebrando nosso clima. Mas Magnos continuou acariciando minha barriga e me olhando.
— Estou entrando no terceiro mês. — Respondi.
— Sua gestação é hibrida, nas gestações lupinas é normal o filhote mexer a partir do segundo mês, nossa gestação é de seis meses. Não precisa se preocupar, é normal. Podemos sentir eles mexendo também? — Perguntou Eulalia, ansiosa, querendo sentir os netos.
— Não. Estou sentindo meus filhotes agora. — Falou Magnos, rude. Magnos fechou os olhos enquanto nossos filhotes se movimentavam.
— Obrigada pela informação. Eu estava preocupada, achando haver algo errado com meus filhos. Na gestação humana, um bebê somente começa a se mexer com quatro meses. — Falei agradecida e tentando disfarçar a grosseira do Magnos em não deixar seus pais sentirem os bebês. Bem, ele me evitou o constrangimento de ter que aceitar um estranho tocando na minha barriga.
Magnos fez algo que me surpreendeu, ele sentou do meu lado e encostou a cabeça no meu ventre para poder ouvir os filhotes. Olhei para ele, espantada, e depois para os pais deles. Cassius e Eulalia estavam tão surpresos quanto eu. Logo se recuperaram da surpresa e sorriram, os dois saíram da sala, nos deixando sozinhos. Tomei coragem e comecei a mexer no cabelo do Magnos fazendo carinho. Eu sentia-o rígido, mas gradualmente foi relaxando. E aceitou o carinho na cabeça.
Eu sorri vitoriosa, meu primeiro passo foi dado, agora era preciso astúcia para seduzir esse alfa.
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