GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 70

POV AMÉLIA.

Era somente um banho Amélia, nada mais que isso. Do jeito que ele me olha com nojo às vezes, tenho certeza que Magnos nem quererá me tocar. Eu não faço o tipo dele. Já percebi que Magnos não gosta de humanas e eu sou uma, então não tem perigo em ele me ajudar a tomar um simples banho. Ele gosta de lobas, nem olhará para meu corpo, eu tenho medidas mais generosas.

— Deixa de besteira. Qualquer homem ou lobo, ou outro ser, ficaria encantado com você Amélia. — Falou minha mente.

— Obrigada Ravina, pelo apoio. — Falei agradecida, ela voltou a ficar em silêncio.

Sou uma mulher resolvida, não tenho nenhum problema com meu peso corporal, meus seios grandes e meu quadril largo. Gosto muito das minhas pernas e coxas grossas. Não sei por que estou me preocupando agora com a minha aparência?

E, por que fiquei com ciúme de que alguma loba visse Magnos só de cueca e exibindo aquele abdômen definido e cheio de músculo? Algo não está certo comigo. Primeiro começo a conversar comigo mesma e minha mente parece ter vida própria, ela e se deu um nome. Segundo, estou sentindo ciúmes desse ogro infeliz. Estou enlouquecendo, é a única explicação.

Pensei em me levantar e ir até o banheiro caminhando, mas Magnos tinha outros planos. Ele me pegou em seus braços mais uma vez sem minha permissão.

— Não precisa me carregar, eu posso caminhar com o auxílio das muletas. — Falei contrariada. Eu não queria ficar tão perto dele, sentindo seu cheiro bom.

— Quero tomar banho também. E já observei como você caminha devagar com essas muletas. Se for caminhando, eu só tomarei banho na hora do almoço, e tenho muito trabalho me esperando no meu escritório. — Falou perto do meu ouvido, me causou um arrepio gostoso na pele. Maldito lobo gostoso. Se ele não fosse esse ogro idiota, eu até iria querer ter relações sexuais com ele.

— Não sou tão devagar assim. Reclamei e ele começou a rir. Sua risada era envolvente e sensual. Parece que tudo nesse macho transpira testosterona e virilidade. Eu o observava hipnotizada.

— Alguém já lhe falou que você reclama demais de tudo? É melhor não ficar me olhando assim ou vai se apaixonar por mim. E terei que partir seu coração, pois não gosto de humana. — Disse com aquele sorriso de cafajeste.

— Não sonha, querido. Eu nunca me apaixonaria por você. Não gosto de homem peludo e arrogante. — Falei e virei meu rosto para o outro lado, só para não olhar para ele. Magnos começou a rir do meu comentário. Mas não reclamou.

Entramos no banheiro e ele me colocou sentada na bancada da pia. Fiquei temerosa em cair. Magnos ficou em minha frente, precisamente entre minhas pernas. Magnos não sabia como sua aproximação me afetava. Ele começou a tirar minha bota ortopédica e as ataduras. Foi até a banheira e colocou-a para encher.

— Tire a roupa. — Ordenou. Ele está louco se acha que ficarei pelada na frente dele.

— Não na sua frente. Se vire ou feche os olhos. Não quero você olhando para meu corpo nu. — Falei. Magnos levantou uma de suas sobrancelhas e sorriu de lado.

— Pare de frescura e tire logo essa roupa, não tenho a manhã toda para te esperar. — Falou irritado e se virou de costas para mim. Suspirei aliviada e tirei minha camisola e depois minha calcinha. Ele, ainda de costas para mim, me entregou uma toalha. Eu me enrolei nela.

— Querida, ele não se acha o macho gostosão, ele é. — Falou Ravina e se calou.

Comecei a me esfregar com o sabonete e parei de observar Magnos se banhando. Enquanto eu terminava meu banho, Magnos saiu do chuveiro e caminhou pelado pelo banheiro. Pegou uma toalha e começou a secar seu cabelo. Acompanhei seus movimentos, admirando-o. Desviei meu olhar rapidamente quando ele olhou em minha direção, sorrindo vitorioso.

— Terminou? — Perguntou e começou a secar seu corpo magnifico.

— Sim, poderia pegar aquele roupão para mim? — Perguntei. Ele pegou e me entregou. Depois, virou-se de costas para mim. O que não foi bom, pois podia ver seu belo traseiro e as gotículas de água escorrendo por ele. Balancei a cabeça tentando tirar aquela imagem da minha mente. Me sentei na lateral da banheira e coloquei o roupão, escondendo minha nudez.

— Estou pronta. — Falei, o chamando.

Magnos me tirou da banheira e me levou direto para meu quarto, me deixando sentada na minha cama. Ele saiu e, quando voltou, estava com as minhas muletas, minha bota ortopédica e algumas ataduras, e estava de cueca.

— Precisa de ajuda com mais alguma coisa? — Perguntou paciente, me surpreendendo.

— Não, estou bem. Obrigada. — Respondi. Ele cuidou do meu pé machucado, enfaixou e colocou a bota ortopédica. Depois ele se virou e saiu do quarto. Fiquei parada admirando suas costas.

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