POV MAGNOS.
O ar ao meu redor parecia vibrar de tanta tensão. Eu estava prestes a confrontar Arthur. Sua filha havia ajudado Héctor a sequestrar minha companheira, e isso eu não podia permitir. Cosmo estava inquieto dentro de mim, pronto para emergir a qualquer momento, rosnando e ansioso para destruir tudo em nosso caminho.
— Vamos acabar com isso de uma vez por todas — rosnei, enquanto atravessava os portões da casa de Arthur. O céu carregado de nuvens escuras parecia refletir a tempestade que se formava dentro de mim.
Ivan caminhava ao meu lado, silencioso e sério. Morgana vinha logo atrás, seus olhos brilhando com a mesma sede de vingança que eu sentia. Jake e Cecília também nos acompanhavam, suas expressões rígidas e prontas para uma boa briga. Meus pais vinham logo atrás, quietos e sérios, mas eu sabia estarem se controlando para não surtarem.
Sem hesitar, derrubei a porta da frente com um único golpe, o som ecoando pela casa inteira. As tábuas de madeira voaram pelos ares, estilhaçando-se contra as paredes. Um silêncio pesado seguiu-se à destruição, até que o som de passos apressados ecoou pelos corredores. Arthur apareceu na sala de estar, seguido por sua companheira e sua filha mais velha. Sua expressão de choque foi evidente quando nos viu invadindo sua casa daquele jeito.
— Alfa Magnos! O que aconteceu? — Perguntou com medo.
Não dei tempo para explicações. Avancei em sua direção com uma rapidez que ele mal conseguiu processar, agarrando-o pelo pescoço com força suficiente para levantar seu corpo do chão. Sua companheira soltou um grito horrorizado, enquanto sua filha ficou paralisada pelo medo.
— Onde está Verônica? — rugi, minha voz ressoando pelas paredes da casa. — Ela ajudou Héctor a sequestrar Amélia! Se você souber de qualquer coisa, Arthur, eu juro que arrancarei sua cabeça aqui e agora! — Ameacei, apertando mais seu pescoço.
Arthur tentou falar, mas minha mão apertava seu pescoço com tanta força que ele mal conseguia respirar. Seus olhos arregalados fixaram-se nos meus, cheios de desespero. Sua companheira deu um passo à frente, mas Morgana bloqueou o caminho dela, seus olhos brilhando de poder contido, prontos para atacar.
— Alfa Magnos, por favor! Solte-o, ele não sabe de nada! — gritou sua companheira, a voz carregada de medo.
— Onde está sua filha, Arthur? — minha voz era um rosnado baixo e ameaçador. — Ela ajudou Héctor a levar minha companheira. — Rosnei contra seu rosto. Arthur conseguiu balbuciar algumas palavras, lutando contra o aperto no pescoço.
— Eu… não… sabia… de nada disso… — Ele conseguiu dizer, sua voz fraca e entrecortada.
— Mentira! — rugi, apertando ainda mais. Seus olhos quase saíram das órbitas.
— Pare, por favor! — gritou sua companheira, lágrimas escorrendo por seu rosto. — Ele não sabe de nada! — Implorou.
Soltei Arthur com um empurrão, e ele caiu de joelhos no chão, ofegando, uma mão no pescoço enquanto tentava recuperar o fôlego. Seus olhos estavam arregalados de horror, mas havia algo mais ali… Ele estava dizendo a verdade. Antes que eu pudesse pressioná-lo mais, a companheira dele pareceu lembrar de algo. Seus olhos se arregalaram e ela levou a mão à boca, horrorizada.
— Maldito… — murmurei, cerrando os punhos com tanta força que minhas unhas cravaram nas palmas das mãos, fazendo-as sangrar. — Héctor e sua filha planejaram tudo desde o começo, ele a enviou para minha alcateia para tirar minha companheira daqui. — Comentei irritado por cair na armadilha dele, eu deveria ter investigado mais sobre Arthur e sua família. Amoleci com o amor que sinto por Amélia e acabei sendo bonzinho demais.
Arthur parecia estar em estado de choque, a traição da própria filha o atingiu com força total. Ele mal conseguia processar o que Vanessa acabara de dizer. Sua companheira estava em lágrimas, ainda tentando compreender como isso havia acontecido debaixo do próprio nariz.
— Eu… Eu não sabia… — Arthur disse, a voz quebrada. — Verônica… Héctor é o companheiro dela? É por isso que conseguimos fugir de lá. Era tudo um plano deles. — Murmurou derrotado.
— E você achou que não era importante me contar que sua irmã e Héctor são companheiros? — rugi, avançando mais uma vez em direção à Vanessa, mas Ivan me segurou.
— Vamos nos concentrar em encontrar Amélia. Destruir Vanessa agora não vai nos levar até ela. Ela deve ter falado algo para a irmã. — disse Ivan, sua voz firme e calma.
Eu sabia que ele estava certo, mas isso não diminuía minha raiva. Héctor havia ido longe demais quando mandou sequestrar Amélia.
— Vamos encontrá-los — murmurei, controlando minha fúria. — E quando encontrarmos… juro que não vai sobrar nenhum lobo vivo naquela m*****a alcateia. Morgana assentiu, com os olhos brilhando de expectativa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE