GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 279

POV MAGNOS.

Não acredito que esses infelizes ousaram vir para estragar minha felicidade justo no dia da consulta do pré-natal de Amélia. A sensação de revolta me consumia. Deixei Amélia com Hélio no hospital, prometendo que voltaria logo, mas meu sangue fervia de ódio. Saí do prédio apressado, com cada músculo do meu corpo tenso, sentindo a raiva pulsar em minhas veias como um veneno letal. Eu queria o sangue desses malditos. Ivan me informou que eles estavam na barreira da região sul. Eu teria que me transformar e correr até lá. Isso só alimentava minha fúria.

— Vamos logo resolver esse problema e voltar para Amélia e Ravina — murmurou Cosmo em minha mente, seu tom tão feroz quanto o meu. Sem mais perder tempo, nos transformamos e eu corri em disparada pela floresta. O vento cortava meu rosto enquanto corria, mas a dor física não era nada comparada ao ódio que me queimava por dentro. Demorei dez minutos, mas cada segundo parecia uma eternidade.

Quando finalmente cheguei à fronteira, encontrei Ivan com um pequeno exército em formação, seus rostos tensos, esperando minhas ordens. O ar ao redor estava carregado de expectativa e hostilidade. Do lado de fora, um grupo de cerca de vinte bruxas me aguardava. Eu sabia que iria matar cada uma delas pessoalmente. Ao lado delas, cerca de trinta lobos da alcateia de Héctor permaneciam em silêncio, como sombras à espreita. Héctor, o maldito, não estava ali.

Ivan me cumprimentou com um aceno breve, mas não perdeu a expressão de alerta. Quando me aproximei, transformei-me, tentando controlar o turbilhão de emoções que ameaçava me consumir.

— Sinto algo estranho aqui, Magnos… — alertou Cosmo, sua voz carregada de desconfiança. Eu também sentia. Algo não estava certo.

— Alfa, eles só atacaram para chamar nossa atenção. Desde que chegamos, não fizeram mais nenhum movimento — informou Ivan, sua voz séria.

— Alfa Magnos. — A voz estridente de uma bruxa velha, que deduzi ser Hera, cortou o silêncio. Meu olhar se voltou para ela, frio e implacável.

— O que Héctor te ofereceu para vir em direção à sua morte? — perguntei sem rodeios, minha voz cheia de desprezo. Ela riu, um som grotesco e perturbador, que me causou repulsa imediata.

— Você se acha o todo-poderoso, não é mesmo? Héctor me ofereceu vingança contra você! — Ela cuspiu as palavras, cheia de ódio. Mas eu apenas sorri, sentindo o peso do poder que corria em minhas veias.

— É mesmo? E por quê? Sabe como é... há muitos seres que me odeiam e sonham com vingança, mas poucos têm coragem de agir. Você parece suicida. — Falei com frieza, meus olhos cravados nos dela.

— Maldito! Você pegou minha irmã, Ester! — O veneno em sua voz era palpável. Eu a encarei por um momento, fingindo não entender.

— Quem? — perguntei com desdém, mesmo sabendo muito bem de quem ela falava. Ester, a bruxa da alcateia de Héctor. Mas eu queria irritá-la ainda mais.

— Desgraçado! A bruxa da alcateia de Héctor, que você capturou, é minha irmã! — gritou ela, desesperada, tentando causar impacto. Mas suas palavras não me afetavam.

— Entendi… Sua irmã invadiu minha alcateia, feriu minha bruxa e tentou passar informações sigilosas para Héctor. Então, pelas leis, tenho todo o direito de fazer o que quiser com ela. — Minha voz era cortante, sem um pingo de remorso.

— Onde está minha irmã? — Ela gritava, sua raiva fazendo suas mãos brilharem com uma cor amarela.

O chão pareceu desaparecer sob meus pés. Rosnei alto, me transformando imediatamente. A imagem horripilante de Morgana se deformando em uma criatura aterrorizante ficou gravada em minha mente antes de me virar e disparar pela floresta. Mas ainda pude ver a barreira se abrir, e Morgana passar por ela com uma fúria sem limites. Hera começou a implorar por sua vida.

— Por favor, Majestade! Eu nunca ajudaria Héctor a sequestrá-la se soubesse! — Hera continuava implorando em desespero, mas Morgana estava decidida.

— Diga para onde ele a levou e serei rápida. — A voz de Morgana era um poço de ódio e frieza.

Eu corria como um louco pela floresta, meu coração batendo desesperado. Ivan me seguiu, mas estava ficando para trás. O desespero de perder Amélia me rasgava por dentro, e Cosmo assumiu o controle. O pensamento de que eu poderia não chegar a tempo me aterrorizava. Ouvi a resposta de Hera, enquanto Morgana a pressionava.

— Ele não me disse para onde levaria Amélia, mas posso descobrir… se me poupar! — a bruxa implorava.

— Acha mesmo que vou deixá-la viva após ter ajudado a levar um membro da minha família? — A voz de Morgana transbordava ódio puro.

— Por favor… — pediu Hera, antes de seus gritos começarem. E cessarem rapidamente. Ouvi os gritos das outras bruxas e lobos ecoando pela floresta.

O último grito de Hera foi cortado abruptamente, e os ecos das mortes das outras bruxas e lobos encheram a floresta. Morgana estava cuidando de todos eles, e eu sabia que ninguém escaparia. Ordenei mentalmente a meus lobos que dessem apoio à Morgana, mas sei que ela não precisaria. Morgana matou a todos com uma eficiência assustadora. A minha prioridade era chegar até Amélia. Eu corria usando cada energia e força que eu possuía.

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