GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 24

POV AMÉLIA.

Quando Magnos saiu, eu ainda tremia de medo. Ouvir sua risada sinistra me fez sentir um medo que nunca senti antes. Senti uma grande vontade de sair correndo para salvar minha vida. Mas estou infelizmente com meu pé direito imobilizado. Então só me restou me encolher e aguentar sua áurea esmagadora e tenebrosa. Sinto medo desse ser até a minha alma. Mas tenho que superar esse medo pelo bem dos meus filhos.

Estou numa situação delicada aqui e, como Magnos fez o favor de deixar bem claro, que não tenho escolha. Meus pensamentos e sentimentos estão uma bagunça. Como posso acreditar nesse absurdo que Magnos me contou? Mas como não acreditar no que meus olhos me mostraram?

Preciso ter certeza de que meus bebês estão bem. Não sei como meus filhos nascerão, se terão pelos, orelhas pontudas ou focinho de lobo. Devo admitir que isso me preocupa. Mas não deixarei de amá-los se nascerem diferentes. O que mais me preocupa é o fato de Magnos querer tirá-los de mim. Não posso permitir isso.

Preciso fazer alguns exames para investigar. Mas não acredito que Magnos deixará que eu fique livre para fazer alguma coisa. Talvez, se eu apelar para seu lado paterno, eu consiga que ele me deixe trabalhar na minha especialidade, a genética. Mas será que aquele pulguento tem sentimentos?

Respirei profundamente e tentei me acalmar. Não posso ter uma crise de ansiedade agora. Preciso ser inteligente nessa situação em que me encontro. E não posso fugir com um pé machucado e, mesmo que pudesse, é perigoso. Não sei que tipos de seres sobrenaturais há lá fora. E como Magnos disse, ele tem inimigo. Agora terei que lidar também com os problemas daquele infeliz.

— Meu Deus, me ajude. — Pedi. Sou uma pessoa que tem fé e não será agora que vou perdê-la. Devo me acalmar e acreditar que há um motivo para estar vivendo essa loucura. Meu Deus, me ajudará a passar por essa dificuldade.

Nesse momento, a porta se abriu e olhei em sua direção. Hélio entrou sorrindo. Não sei porque esse traidor fica sorrindo para mim após ter me traído. Virei meu rosto, pode ser infantil, mas não quero conversar com esse cachorro.

— Sei que você está chateada comigo. Por faltar com a minha palavra. E entendo sua raiva por minha pessoa. Mas gostei de você no momento em que você chegou aqui para ser atendida. Amélia você e os filhotes são a esperança de nossa espécie. — Ele falou. Fiquei curiosa sobre ser a esperança dos lobos. Então virei o rosto e lhe olhei.

— Quer se redimir comigo? Então, me responda uma coisa. Não é a primeira vez que ouço que eu e meus filhos somos a esperança. O que quer dizer? — Perguntei curiosa. Preciso saber em que loucura estava me metendo nesse lugar.

— Espere um minuto. Tenho que pedir permissão para meu alfa. — Ele falou e ficou quieto.

Aguardei ele sair ou pegar o celular para ligar para aquele pulguento do Magnos. Mas Hélio permaneceu em silêncio. E parecia em transe. Depois de dois minutos, ele pareceu sair do transe.

— Alfa Magnos disse não ter problema você saber. — Falou Hélio. Esse ser só pode ser louco.

— Vocês desse lugar são todos loucos? Como ele te autorizou se você não saiu nem ligou para ele? — Perguntei debochada. Esse idiota está querendo me fazer de boba.

— Essa é uma das várias habilidades de um lobisomem. Podemos nos comunicar por meio de uma ligação mental. Não precisamos de telefone ou qualquer meio de comunicação. Apenas se estivermos em outro continente ou a milhares de quilômetros daqui. Mas se tivermos no território da alcateia ou ao redor, podemos nos comunicar perfeitamente. — Falou Hélio, aquela loucura toda. Estou lidando com doidos, então é melhor não contrariar.

— Entendi. — Respondi.

— Você não acredita. Não é? — Perguntou.

— Claro que acredito. — Respondi.

— Não sabemos de nada em relação a você e seus filhotes. Você entende por que são tão importantes para nós. Há dez anos não nasce uma criança, há dez longos anos não temos uma loba grávida. Então, você aparece grávida de nosso alfa. Isso é um milagre da nossa deusa Lua. — Disse ele feliz.

— Espera, não tem criança? E quem é essa deusa Lua? — perguntei curiosa.

— Seus filhos serão os primeiros filhotes a nascer em dez anos. Deusa Lua é nossa mãe e protetora. Agora você entende, que seus filhotes e você podem ser chance de cura? E, por que Magnos nunca permitirá que você os leve embora? — Falou Hélio.

— Eles são meus filhos, eu tenho meus direitos. — Falei e pela primeira vez vi Hélio sorrindo com crueldade. Parece que realmente não se conhece ninguém.

— Sinto em lhe dizer que humanos não têm nenhum direito aqui. Aqui, sua espécie ou é escrava, ou comida. Você, Amélia Carter, só está sendo valorizada por estar gerando os filhotes do nosso alfa. A única maneira de um humano fraco ser aceito aqui é sendo um companheiro. E isso você não é. Ninguém aqui ficará contra nosso alfa por você. Nem todos aqui na alcateia gostam de humanos. Mas fique tranquila, ninguém lhe fará mal, pois você é muito valiosa e o alfa Magnos mataria se alguém te ferisse. Não pense que você é uma de nós. E não confunda respeito com aceitação. — Ele falou cruel. Engoli a saliva com dificuldade e um calafrio percorreu pela minha espinha.

Retiro tudo que falei sobre Hélio. Esse infeliz é nada bonzinho. Ele é o típico lobo disfarçado de cordeiro. Aliás, todos nesse lugar são lobos malvados e eu sou a presa. E que loucura é essa de humanos serem comidas? Esses malditos comem carne humana? Meu Deus, que inferno de lugar é esse?

— Amélia tenho uma ótima notícia. Estou lhe dando alta. Uma enfermeira vai lhe ajudar a trocar de roupa. E logo Alfa Magnos virá para te levar para casa. — Falou Hélio, todo gentil. Me causando calafrios pela sua mudança de humor repentina. Eu disse que ele é um lobo disfarçado.

Definitivamente não posso confiar em ninguém nesse lugar. Estou sozinha contra um bando de lobos raivosos.

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