GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 237

POV AMÉLIA.

Os dias na alcateia estão tensos. Todos estão atrás do espião. Mais uma preocupação, como se nós já não tivéssemos tantas. Suspirei, sentindo o peso dessas novas incertezas.

Por esse motivo, meu marido tem levantado cedo para liderar a procura. Magnos saiu, e eu fiquei enrolada na minha manta. A manhã está fria, assim como os dias. Estamos no outono, e logo será inverno. Eu estava no escritório de Magnos, que fica aqui em casa. Jake estava comigo, e nós estávamos lendo o relatório entregue a nós. Cecília estava conosco e ficava o tempo todo olhando para Jake. Isso já estava me irritando. Meu estômago roncou, e foi minha chance de escapar por alguns minutos desse excesso de doçura.

— Estou com fome e vou até a cozinha comer algo. — Falei, me levantando para sair, um pouco impaciente.

— Vou com você, Lia. Também estou com fome. — Falou Jake, sorrindo e coçando a cabeça.

— Eu também vou junto. — Disse Cecília. Que merda. Eu queria ir sozinha para me livrar dos dois. Suspirei derrotada. Não havia o que fazer agora, já que os dois parecem ter grudado em mim. Saí do escritório e Jake veio atrás de mim. Quando Cecília saiu no corredor, deu um rosnado baixo.

— O que houve, Cecília? — Perguntei, preocupada.

— Meu irmão está na sala e está com uma bruxa com ele. Posso sentir seu cheiro azedo se espalhando pela casa. — Quando ela falou que Magnos estava com uma bruxa na sala, fui tomada por um ciúme instantâneo.

— Quem é essa bruxa? — Perguntei, minha voz saindo mais dura do que pretendia.

— Não sei, nunca senti seu cheiro antes. — Falou Cecília, sua expressão permanecendo vigilante. Uma bruxa desconhecida sozinha com meu marido. Senti um nó se formar em meu estômago, a insegurança ameaçando transbordar.

— Será que é outra ex-vadia daquele mulherengo? — Perguntou Ravina, cheia de ciúmes, assim como eu.

— Aquele lobo tem muitos ex-casos. Sempre aparece uma nova. Mas vamos até aquela sala para acabar com essa conversa. — Falei mentalmente, e eu estava irritada.

— Tia Margô, que surpresa ter a senhora aqui. — Falou Jake, e ele e minha madrinha se abraçaram. Magnos estava tenso na minha frente. O que estava acontecendo aqui? Cecília mantinha uma expressão neutra, mas seus olhos observavam Margô atentamente. Jake se afastou, e Cecília delicadamente o puxou para perto dela, em sinal de proteção.

— O que está acontecendo aqui? Madrinha, como chegou aqui e por que tenho a sensação de que interrompi uma briga? — Perguntei, querendo respostas.

— É uma história longa, e eu acho que precisamos de um pouco de privacidade para conversar — Margô disse, olhando diretamente para mim. Sua expressão era serena, mas havia algo de calculado em seu olhar que me deixou inquieta. Magnos ainda estava tenso. Ele rosnou alto, mantendo-se perto de mim como se temesse que algo acontecesse a qualquer momento. Ele claramente não confiava em Margô, mas eu não entendia o porquê.

— Amélia, você sabe quem realmente é essa mulher? — Ele perguntou, se virando e olhando nos meus olhos. Havia uma urgência em sua voz que não pude ignorar.

— Claro, é minha madrinha — respondi, sem entender completamente a razão de sua preocupação.

— Acho que há mais coisas sobre Margô que você não sabe. Essa é Morgana, a rainha das bruxas — disse Magnos, voltando sua atenção para Margô e me deixando em choque.

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