POV MAGNOS.
Deixei Amélia no quarto para ligar para sua madrinha e saí de casa em direção à sede da alcateia. Eu queria me inteirar de tudo que ocorreu na minha ausência. Assim que cheguei ao meu escritório, Ivan já me aguardava.
— Alfa, bem-vindo de volta. — Ivan se levantou e me cumprimentou com um aceno de cabeça.
— Obrigado, Ivan. Sente-se e me conte tudo. O que aconteceu enquanto estive fora? — perguntei, sentando-me na cadeira atrás da mesa. Ivan respirou fundo antes de começar seu relato.
— Como você ordenou e lhe informei ontem, mantivemos a vigilância em torno do território. Héctor tentou invadir por diversos pontos diferentes da fronteira, mas foi pego de surpresa pelo feitiço de Aurora e as armadilhas de mata-lobo que espalhamos. Não houve perdas do nosso lado, pois os lobos de Héctor não conseguiram sequer entrar no território. Eles sofreram grandes baixas. — Ivan relatou, sua expressão séria e determinada.
— Perfeito. Então, Héctor recuou, mesmo? — perguntei, para ter certeza de que ele havia ido mesmo embora, ou era apenas um truque daquele cão sarnento.
— Sim, Héctor recuou mesmo, mas deixou alguns lobos para nos vigiarem. Estamos monitorando seus movimentos de perto — respondeu Ivan.
— Ótimo. Mantenha a vigilância e qualquer mudança, me avise imediatamente. — mencionei, já planejando meus próximos passos.
— Claro, Alfa. Também tivemos alguns outros incidentes menores. Alguns dos lobos jovens estavam inquietos e houve algumas disputas internas que precisaram ser resolvidas. Nada sério, mas achei que você deveria saber. — disse Ivan, com um tom de preocupação.
— Disputas internas? Entre quem? — perguntei, sentindo uma pontada de irritação.
— Entre dois jovens deltas. A ausência do Alfa criou uma certa tensão. Alguns pensaram em tentar questionar minha liderança, mas resolvi agir antes que as coisas saíssem do controle e dei uma boa lição nos dois. Eles estão nas masmorras. — Ivan explicou.
— Entendo. A ausência de um Alfa pode causar instabilidade, mas isso não deve ser tolerado. Quero que fiquem de olho nesses jovens e assegure-se de que compreendam a importância da hierarquia e da lealdade. Bom trabalho, Ivan, não podemos tolerar insubordinação e desrespeito. — ordenei.
— Sim, Alfa. Também recebemos relatórios de atividades suspeitas nas áreas circundantes, mas nada que indique uma ameaça imediata. — Ivan acrescentou.
— Atividades suspeitas? Detalhe isso. — pedi, sentindo a tensão aumentar novamente.
— Movimentos de pequenos grupos, de lobos desconhecidos perto das fronteiras. Não sabemos se estão associados a Héctor ou se são de outra alcateia, mas estamos monitorando de perto. — respondeu Ivan.
— Continue monitorando e me mantenha informado sobre qualquer nova ocorrência. — disse, firmemente.
— Há mais uma coisa, alfa. — Ivan disse, com uma expressão de hesitação.
— O que foi? — perguntei, um pouco impaciente.
— Recebemos notícias de que uma alcateia vizinha está enfrentando dificuldades com caçadores. Eles pediram nossa ajuda. — Ivan revelou.
— Caçadores, na minha área? Isso é preocupante. Precisamos discutir como lidar com isso sem atrair mais atenção para nossa própria alcateia e o mundo sobrenatural. Marque uma videoconferência com o líder dessa alcateia para avaliarmos a situação. — Ordenei. Não era normal, caçadores atuando aqui na América.
— Sim, Alfa. Vou providenciar isso. — concordou Ivan.
— Exatamente. — disse Petúnia.
— Sabemos da fama e crueldade do pai de Hector. Talvez ele tenha executado o casal por preconceito — falou Estevão, com um olhar preocupado.
— É bem possível. O pai de Hector tinha um certo ódio por humanos, não permitiria uma união entre eles. Ele não se importava e respeitava o vínculo de companheirismo. — Comentei.
— Como descobriremos informações sobre esse casal? Hector não vai nos contar — disse Marta, com um olhar firme.
— Certamente que não, se souber que estou interessado nesse assunto, pode desconfiar que tem algo a ver com Amélia. Não quero que ele saiba — respondi.
— Como obteremos informações? — Perguntou Antony.
— Tenho um informante na alcateia de Hector, ele vai nos ajudar. — Comentei.
— Estaremos aqui para o que o alfa precisar. — Disse Amós. Agradeci o apoio deles e conversamos mais algumas coisas. E me despedi deles. Saí da morada dos anciões e voltei para o escritório, encontrei meu assistente me aguardando. Como eu devia estar com uma expressão preocupada, ele resolveu me perguntar.
— Alfa, aconteceu alguma coisa? — perguntou ele, ansioso e corajoso.
— Nada que eu não consiga resolver. — Respondi e entrei no meu escritório.
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