GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 198

POV AMÉLIA.

Finalmente, o pior havia passado. Meus tios se acalmaram e agora estavam felizes com sua tão sonhada nora. Mas o clima ficou tenso quando souberam que eu estava casada com o pai biológico dos meus filhos. Elaine e Victor me tratavam como filha, eles prometeram aos meus pais que sempre cuidariam de mim. Os quatro eram grandes amigos. E quando meus pais faleceram, meus tios me acolheram e protegeram no meu momento de tristeza.

Os dois são muito cuidadosos comigo. Às vezes, recebo mais atenção que Jake. Isso me incomoda, afinal, Jake é filho deles. Mas, graças a Deus, Jake não se importa com esse jeito dos pais. Ele fica até aliviado, pois assim os pais o deixam em paz. Elaine e Victor são muito intensos e superprotetores. Cecília está sentindo agora essa intensidade toda.

Estamos todos conversando na sala depois do almoço. Elaine e Victor se sentaram ao lado de Cecília, afastaram Jake de perto dela e estavam a mimando. Jake olhava inconformado por ser impedido de ficar ao lado de sua companheira. Ele balançava a cabeça, visivelmente frustrado, mas seus olhos brilhavam com um toque de resignação e humor.

Eu sorria com a situação, observando a cena. Magnos estava sério como sempre, segurando minha mão com firmeza, como se quisesse me assegurar de que tudo ficaria bem. Estávamos sentados num sofá de frente para os outros, e eu podia sentir a energia de tensão e afeto misturada no ar.

— Então, Cecília, quando será o casamento de vocês? — perguntou Elaine, com um sorriso ansioso. Cecília olhou para Jake em busca de ajuda, seus olhos suplicantes.

— Nós ainda não marcamos. Estamos ainda aproveitando nosso namoro — disse Cecília, tentando manter a calma.

— Entendo. Mas vocês já podem escolher uma data e começar a planejar com calma. Casamento dá muito trabalho para planejar. Se você quiser, eu posso cuidar disso — falou Elaine, sua voz carregada de determinação.

— Obrigada. Mas acredito que minha mãe também quererá cuidar do planejamento de meu casamento. Quando decidirmos a data, a senhora e minha mãe podem planejar juntas — falou Cecília, com um sorriso educado, mas firme.

Elaine fez uma expressão nada satisfeita, seus lábios se apertaram brevemente antes de ela recuperar a compostura. Eu ri mentalmente, pois sabia que Eulália não iria querer ninguém se metendo no planejamento do casamento da filha e que ela cuidaria pessoalmente. Será uma guerra entre Elaine e Eulália pelo controle.

— Não vamos pensar sobre isso agora. Amélia, como estão meus netinhos? — perguntou Elaine, mudando o assunto da conversa e jogando o foco em mim. Não gostei.

— Eles estão ótimos, tia — falei, sentindo um leve desconforto com a mudança repentina de atenção.

— Magnos Veranis, o empresário multimilionário. Como anda o mundo dos negócios, Magnos? — perguntou tio Victor, com um interesse genuíno.

Magnos estava tranquilo ao meu lado, nem parecia uma fera sanguinária que odeia humanos e não tem paciência alguma para socializar. Ele sorriu de lado, um sorriso que só eu podia decifrar, me fazendo ficar apreensiva e curiosa ao mesmo tempo.

— Está ótimo, me deixando cada vez mais rico. Não tenho do que reclamar — disse Magnos, sem se importar com a formalidade.

— Em qual ramo suas empresas atuam? — perguntou Victor, inclinado para frente, mostrando seu interesse.

— Em todos. Tenho empresas em todos os ramos da sociedade — respondeu Magnos tranquilamente. Magnos não se abalava com o interrogatório do meu tio, e eu admirei sua confiança.

— Amor, acorda! Preciso de churrasco com sorvete de pistache — sussurrei, cutucando seu braço. Ele abriu os olhos lentamente, piscando algumas vezes.

— O quê? — perguntou, ainda meio sonolento e confuso.

— Você ouviu. Estou com desejo de churrasco com sorvete de pistache. E não desistirei até conseguir. Você não quer seus filhotes com cara de churrasco misturado com pistache, quer? — falei, determinada.

— Onde vou encontrar isso a essa hora da manhã, Amélia? — perguntou, irritado por ser acordado tão cedo.

— Não sei, dê o seu jeito — falei, mandona. Era meu desejo e dos meus filhos que estavam em jogo aqui.

— Amélia… — falou sério e com tom de advertência.

— Por favor, amor. Sei que você consegue qualquer coisa — falei e dei um beijo em seus lábios, fazendo carinho no seu rosto. Magnos soltou um suspiro, mas o sorriso em seus olhos me dizia que ele faria qualquer coisa por mim.

— Está bem, vou ver o que posso fazer — disse ele, já se levantando. Acariciou meu rosto e me deu um beijo rápido. Eu ri, satisfeita com sua resposta, e me aninhei de volta nos lençóis, sabendo que Magnos faria o impossível para satisfazer meus desejos.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE