POV MAGNOS.
Cheguei em casa e fui direto para meu quarto. No caminho, eu e Cosmo conversávamos sobre o que Aurora falou sobre conseguir descobrir que ser Amélia era.
— Acho melhor contar para Amélia sobre a ideia de Aurora quando voltarmos, de Salem. Não quero que ela fique ansiosa e preocupada — comentei com Cosmo.
— Concordo, não vejo necessidade de preocupar Amélia com algo que acontecerá quando voltarmos — disse Cosmo.
— Estou muito preocupado com esse ser dentro de Amélia. Aurora estava com bastante medo de Ravina — comentei.
— Eu percebi, mas você sabe como são as bruxas, com o que elas não podem controlar e derrotar. Geralmente, elas temem e condenam. Eu não sinto que Ravina seja uma ameaça para Amélia e os filhotes. E isso já me basta, pois se Ravina for tão perigosa como Aurora pensa, Amélia e os filhotes estarão sempre protegidos. Afinal, eles também são filhotes dela — disse Cosmo.
— Eu não havia pensado nisso. Ravina também é mãe deles. E isso me preocupa mais ainda. Existem espécies de sobrenaturais bastante possessivas com seus filhotes, além dos lobos. Talvez, dependendo da sua espécie, nós tenhamos problema com Ravina para nos aproximar dos filhotes — comentei.
— Verdade. Se nós pelo menos tivéssemos uma ideia de qual ser estamos lidando, poderíamos nos preparar para lidar com ela — disse Cosmo.
— Talvez Amélia possa nos dizer se está tendo alguma mudança, se desenvolveu alguma habilidade — falei.
— Eu não sei, Amélia manteve em segredo que estava conversando com uma voz em sua cabeça. E Ravina parece bastante astuta. Não creio que elas vão revelar alguma coisa — comentou Cosmo, convencido de que Amélia não contará nada.
— Se ela não contar, teremos que descobrir por nós mesmos. Precisamos observar mais nossa esposa. Aproveitaremos esses dias em Salem para ficar mais perto de Amélia e observá-la melhor. Ela deve dar algum sinal de que está diferente — comentei.
Amélia e Cosmo tinham o mesmo senso de humor. Ela colocou sua mão sobre a minha e fez carinho. Sentir sua mão me acariciando era reconfortante. Me abaixei e comecei a conversar com meus filhotinhos, eu e Cosmo estávamos cheios de saudade deles. Sei que foram apenas algumas horas longe, mas temos necessidade de estar sempre por perto deles para passar segurança e manter o vínculo de pai e filhote.
— Olá, pequenos. Papai está aqui. Estamos prestes a embarcar em uma aventura, mas prometo que farei tudo para proteger vocês e a mamãe — falei brincalhão pela primeira vez em onze longos anos.
Os filhotes se mexeram, me deixando feliz e emocionado. Mas não demonstrei minha emoção. Não posso expor minha fraqueza. Se bem que penso que, desde que Amélia e os filhotes apareceram em minha vida, estou pior que nunca, estou muito mais cruel e implacável. Acho que eles me deixam mais forte em vez de vulnerável. Posso garantir que agora estou muito mais mortal.
Amélia disse que tudo daria certo, que nosso segredo ficaria a salvo. Depois, conversamos sobre a melhor história que contaríamos para enganar os pais de Jake. Jantamos e, após, assistimos a um filme. Jake e Cecília se juntaram a nós na sala de vídeo. Eles escolheram um filme de terror ridículo para assistir. Aquilo não era terror. Posso garantir que colocaria muito mais terror e medo naquelas pessoas se me vissem transformado e coberto de sangue.
Jake e Amélia ficavam reclamando que eu só colocava defeito em tudo e que não dava para assistir a filme comigo. Que povo sensível, eu só falei a verdade, o filme era péssimo mesmo. Quando acabou aquela porcaria que estava me dando sono, levei minha esposa para o quarto para descansarmos. Eu estava exausto e não demorei a adormecer, abraçado com minha Amélia. Minhas noites de sono agora eram sempre tranquilas, graças à presença de Amélia e dos filhotes ao meu lado.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE