GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 175

POV MAGNOS.

Conrado foi embora e, após passar um tempo conversando com Amélia, nós fomos dormir. Nos deitamos abraçados e Amélia logo adormeceu. Mas eu não conseguia dormir devido à raiva que eu estava remoendo.

— Vamos deixar aquela fada sair impune após armar para nós? — perguntou Cosmo, irritado.

— Até parece que não me conhece. Acha mesmo que Valéria vai aprontar e ficará impune? — perguntei.

— Não mesmo. O que tem em mente? — perguntou, curioso.

— Vamos fazer uma visita esta noite ao quarto da rainha das fadas. Valéria me quer, então iremos lhe dar a emoção da caçada. Faremos ela sentir toda nossa ira. Quero ver aquela fada tremer, gritar e chorar — falei com ódio.

— Você vai me deixar no comando dessa vez? Posso escolher a transformação? — perguntou Cosmo, empolgado.

— Fique à vontade — falei.

— Então vamos de crino. Acredito que Valéria vai gritar muito — disse Cosmo, se divertindo em imaginar a rainha fugindo pela vida.

— Mas nada de matar ou morder. Queremos amedrontá-la — comentei.

— Não posso nem arrancar um dedinho? — perguntou Cosmo.

— Não. Só assustar, entendido? Nada de arrancar pedaços, talvez um pouco de cabelo — falei, alertando Cosmo. Quero que Valéria aprenda a nunca mais armar para mim de novo. Cosmo resmungou, mas concordou.

Quando tivemos certeza de que Amélia estava dormindo profundamente, me levantei com cuidado para não acordá-la. Tirei minha cueca e saí do quarto. Abri a janela do corredor e saí por ela, saltando no ar e me transformando antes de pousar no chão.

Corri pelas ruas em direção ao hotel. Não demorou muito para que eu e Cosmo chegássemos ao nosso destino. Com nossa velocidade lupina, era fácil chegar rapidamente. Quando chegamos à entrada do hotel, voltamos à nossa forma humana. Os funcionários que estavam na recepção se curvaram em sinal de respeito.

— Boa noite, alfa Magnos. O que podemos fazer pelo nosso alfa? — perguntou o gerente.

— Qual é o quarto da rainha das fadas? — perguntei, sério.

Valéria correu desesperada, seus cabelos voando, o medo estampado em seu rosto. Ela sabia que não tinha chance contra mim, mas o instinto de sobrevivência a impulsionava. Desceu as escadas às pressas, quase caindo várias vezes. Eu a segui de perto, sentindo a adrenalina da caça. Saímos do hotel e Valéria se embrenhou pelas ruas escuras, tentando encontrar um refúgio. Essa burra está tão desesperada quem nem lembra que tem poderes.

Ela olhava para trás constantemente, os olhos arregalados de terror. Podia ver o suor escorrendo por seu rosto, o corpo tremendo de exaustão e medo. Correu pelas ruas, virando esquinas, tentando me despistar. Mas eu estava sempre ali, uma sombra ameaçadora, implacável.

Valéria entrou na floresta, os galhos e folhas a arranhando enquanto corria. O som de seus passos apressados ecoava entre as árvores. Eu a segui, a visão noturna me permitindo vê-la claramente mesmo na escuridão. Seus movimentos eram frenéticos, descoordenados, movidos pelo puro desespero.

Ela tropeçou em uma raiz e caiu, o rosto se sujando de terra. Tentou se levantar, mas suas pernas estavam fracas de cansaço. Aproximei-me lentamente, rosnando, observando cada detalhe de seu desespero. Valéria estava à mercê do pavor, lágrimas escorrendo por suas bochechas sujas.

— Por favor… por favor, não… — ela implorou, a voz entrecortada. Ela nem parecia uma rainha agindo daquele jeito, que patético.

Parei a poucos metros dela, permitindo que o medo a dominasse completamente. Queria que ela sentisse cada momento, que entendesse que estava à mercê de minha fúria. Valéria estava destruída, um ser amedrontado pelo terror e pela impotência. O que eu queria, estava feito. Ela nunca mais se atreveria a armar contra mim.

Satisfeito, voltei à minha forma humana. Olhei para ela uma última vez, o terror ainda estampado em seu rosto. Sem dizer uma palavra, me afastei, deixando-a na escuridão da floresta, sozinha com seu medo.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE