GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 173

POV MAGNOS.

Amélia virou-se para mim e deixou claro que sabia da armação de Valéria. Por um momento, senti alívio. Ela acreditava em mim. Então, logo veio o golpe. Amélia disse que não conseguiria me beijar enquanto se lembrasse do beijo de Valéria. Como assim? Fiquei chocado, não só pelo fato de que ela estava certa em estar brava, mas pela ideia de que não poderíamos mais nos beijar por tempo indeterminado.

— Eu não posso ficar sem o beijo delicioso da minha Amélia. Magnos, resolva essa confusão que nos colocou. — Exigiu Cosmo.

— Eu não, nos coloquei, em confusão nenhuma. Não pedi para aquela infeliz me beijar — falei irritado por Cosmo estar colocando a culpa toda sobre minhas costas.

— É culpa sua por ter se envolvido no passado com aquela rainha louca. Eu te avisei na época para não se envolver com ela. Mas você me ouviu? Não, você era um filhote cheio de hormônios e só pensava em sexo. Então, é culpa sua, sim, dessa maluca nos perseguir até hoje — disse Cosmo zangado por não poder beijar Amélia.

— Vamos nos acalmar e tentar reverter essa decisão de nossa esposa — falei, tentando acalmar Cosmo. Perguntei para Amélia por que ficaríamos sem poder beijá-la.

— Amor, eu não sei por onde a boca nojenta de Valéria andou. Ela pode ter herpes, ou até hepatite A, B e C. Essas doenças podem ser transmitidas através da boca. Não colocarei meus filhos em perigo. Então, só vai me beijar depois que eu tiver certeza de que não contraiu nenhuma dessas doenças — disse Amélia, séria.

Arregalei os olhos, espantado, não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Logo parei para pensar com mais calma, lobos não contraem essas doenças humanas! Mas, mesmo sabendo disso, eu não consegui argumentar. O receio e a raiva de Amélia eram reais, e eu sabia que discutir só pioraria as coisas. Então, deixei ela pensar o que queria, se eu tentasse explicar, talvez piorasse as coisas para meu lado.

— Exatamente, minha Amelinha pode achar que queremos defender aquela vadia da Valéria — comentou Cosmo.

— Você está certo. É melhor não discutir com uma humana brava. Elas acabam entendendo tudo ao contrário. Melhor aceitar esse castigo do que ela cismar em nos deixar sem sexo. Vai que ela acha que contraímos algo que pode ser transmissível pelo sexo? — Mencionei meu receio e senti um arrepio em imaginar ficar sem sexo.

— Então não diga nada que piore a situação — falou Cosmo. Resolvi só deixar claro para Amélia que nunca colocaria ela e nossos filhotes em risco.

— Você está falando sério? Eu nunca faria nada para colocar você ou nossos filhos em perigo! — reclamei, tentando manter a calma.

— Magnos, eu sei que não é justo. Mas preciso desse tempo. Preciso que você entenda minha preocupação. — Suspirei, resignado.

— Eu entendo, Amélia. Só não sei como vou aguentar ficar sem te beijar — admiti, deixando transparecer minha vulnerabilidade. Não acredito que estou me prestando a esse papel de lobo frágil. Ela tocou meu rosto suavemente e, por um momento, senti a conexão entre nós se fortalecer. Parece que Cosmo estava certo, está funcionando, Amélia está carinhosa.

— Eu falei, nossa esposa tem o coração mole e não resiste a uma carinha de cachorrinho ferido — comentou Cosmo rindo em minha mente.

— Vamos superar isso juntos. Só preciso de um pouco de tempo — disse ela, com um olhar que misturava determinação e carinho.

Assenti, aceitando a situação. Se Amélia precisava de tempo, eu daria a ela. Mas isso não tornava as coisas mais fáceis. Cada momento sem poder tocar seus lábios era um tormento, e eu sabia que precisaria de toda a minha força para resistir à tentação. Eu, alfa Magnos, o lobisomem invencível, derrotado por um simples beijo indesejado. Que ironia cruel!

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