GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 162

POV AMÉLIA.

Vendo Magnos sair do escritório na sede da alcateia para nos dar privacidade, lembrei da nossa noite passada maravilhosa. Estremeci só em lembrar e sacudi a cabeça, tentando me concentrar no que estava fazendo ali.

Jake e eu estávamos sentados de frente para o mago Rubens. Eu não podia acreditar que estava diante de um mago. Jake estava empolgado também, mas nós nos controlávamos para não parecermos ridículos. Rubens olhou em nossa direção assim que Magnos saiu.

— Obrigado por aceitarem conversar comigo sobre o problema na comunidade vampírica — disse Rubens, agradecido.

— Nos fale um pouco do que estão enfrentando — pediu Jake. Eu podia perceber a animação do meu irmão. Eu também estava animada e ansiosa para saber mais sobre o caso.

— Como mencionei, os vampiros estão sofrendo com um vírus, de acordo com nossos cientistas. Esse vírus está fazendo com que os vampiros morram de fome — disse Rubens.

Vampiros morrendo de fome? Interessante isso. Vi os olhos de Jake brilhando de excitação.

— Como assim? Explique melhor — perguntei, tentando entender.

— Essa coisa que está afligindo os vampiros, age no estômago e, de alguma forma, impede que saciem sua fome. Os vampiros afetados se alimentam de sangue e, mesmo assim, estão morrendo de fome. Eles definham até a morte, ficando desnutridos em questão de dias. É como se o vírus se alimentasse do sangue que consomem — explicou Rubens.

Fiquei pensativa, assim como Jake. De repente, pensei em algo. E se não for um vírus? Olhei para meu irmão e acho que Jake pensou o mesmo. Sorrimos juntos.

— Você está pensando o mesmo que eu, Amélia? — perguntou Jake, visivelmente empolgado.

— Se você está pensando que não é um vírus, mas um verme, acredito que sim — falei, sorrindo.

— Exatamente. Você é demais, irmãzinha — falou, sorrindo. Rubens olhava confuso para nós.

— O que vocês estão dizendo? Poderia explicar? Eu não entendo muito bem esse jeito humano de vocês — pediu Rubens. Jake me olhou, me dando a honra de falar.

— Acreditamos que não é um vírus, mas um verme que se alimenta de sangue. Ele é conhecido cientificamente como ancilostomíase, popularmente chamado de amarelão. O verme entra pela pele ou pela boca até chegar ao intestino, passando também pelo pulmão no caminho. Ele se instala na parede do intestino e suga o sangue. Nos humanos, causa diarreia por inflamação e uma forte anemia — expliquei.

— Mas, Amélia, estamos falando de vampiros, não humanos. Como esse verme pode matá-los? Meus cientistas acreditam ser um vírus — mencionou Rubens, incrédulo. Era só o que me faltava: vem atrás de mim em busca de solução, mas não acredita quando lhe dou uma.

— Acredito que seus cientistas nunca viram um verme ou sabem o que seja. Acho que só lidam com coisas sobrenaturais. Acredito que isso seja um caso de verminose. Se não quiser acreditar, o problema é todo teu. Quem veio até mim e meu irmão atrás de ajuda foi você, não o contrário. Então, se for para questionar minha capacidade, sugiro que coloquemos fim a essa reunião. Tenho muito o que fazer e não posso perder meu tempo com quem duvida de mim — falei, levantando-me. Jake fez o mesmo.

— Acredito que foram contaminados pela água que usam. Algum corpo de um animal contaminado pode ter caído na fonte de água usada pelos vampiros, mas isso cabe ao Conselho investigar. Para ter certeza, teríamos que fazer um exame de fezes para confirmar a presença do verme. Como tratamento, deveriam usar um vermífugo, vendido em qualquer farmácia humana — falei.

— Mas vampiros defecam? — perguntou Jake, curioso.

— Sim, senhor Antunes — respondeu Rubens, constrangido.

— Seus cientistas podem confirmar com esse exame — disse para mudar de assunto.

— Mas a solução é tão simples assim? — perguntou Rubens, admirado.

— Sim, se o ancilóstomo não adquiriu resistência ao medicamento, acredito que será eliminado rapidamente com essa medicação. Caso estejam resistentes, sugiro que seus cientistas desenvolvam um vermífugo mais potente e apropriado para vampiros — comentei.

— Amélia, você é uma mulher incrivelmente inteligente e bela. Se um dia se cansar do seu alfa, me procure — disse Rubens, galanteador. Ouvimos um rosnado alto e a porta foi empurrada com um forte chute.

— Fudeu geral — falou Jake, olhando para a porta com um sorriso debochado.

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