POV AMÉLIA
Ouvir estarem tentando invadir a alcateia me deixou com muito medo por mim e pelos meus filhos. Magnos tentou me tranquilizar, mas meu medo era crescente. Meu lobo mandou que alguns sentinelas me escoltassem com Ana e Luna Ania para nossa casa. Fui colocada no carro e ele partiu; pela janela, eu via meu alfa ficar para trás. Meu coração doeu em deixá-lo, mas Magnos estava nos protegendo.
— Se acalme, amiga. Nada de ruim acontecerá. Magnos é um alfa cruel e implacável. Não deixará que nenhum daqueles lobos entre aqui e se aproximem de você. E eu estou aqui também para te proteger — disse Ravina, valente. Ela se esqueceu de ser apenas um ser vivendo dentro de mim e que a única coisa incrível que faz é conversar comigo.
— Vou tentar me acalmar. Obrigada — agradeci a ela. Senti minhas mãos serem seguradas e, quando olhei, Ana e Luna Ania seguravam-nas.
— Se acalme, Amélia. Posso sentir seu nervosismo. Isso não fará bem para o filhote — disse Luna Ania.
— Estou tentando, mas tenho muito medo que eles me levem — falei preocupada.
— Amélia, nosso alfa nunca deixaria que isso acontecesse. Agora respire fundo e tenha pensamento positivo — disse Ana. Esses nomes são muito parecidos, acabo me confundindo.
Não demorou muito para chegarmos na minha casa. Assim que o carro parou, vi Jake e Cecília virem correndo até o carro e abrirem as portas. Ana e Luna Ania saíram primeiro. Quando desci do carro, Jake me abraçou apertado. Eu podia sentir sua preocupação comigo e os bebês.
— Lia, nós ouvimos as sirenes e Ceci me explicou o que estava acontecendo. Eu queria ir direto para o hotel para saber se estavam bem, mas Ceci disse que Magnos havia te enviado para casa. Então viemos depressa. Como você está, maninha? — perguntou Jake, me levando para dentro de casa, mas sem deixar de me abraçar.
— Estou muito nervosa e com medo de me levarem. Eles só podem ter vindo atrás de mim por eu estar grávida — falei enquanto me sentava no sofá.
— Preciso mesmo comer, estou faminta — falei e me levantei. Fomos todos para a cozinha.
Quando chegamos, as funcionárias estavam trazendo comida e colocando na mesa. Fiquei sem saber como era possível. Será que elas liam pensamentos? Cecília, vendo minha expressão de surpresa, explicou.
— Meu irmão avisou que vocês não conseguiram almoçar e ordenou que os ômegas fizessem algo para que você pudesse comer — disse Cecília, sorrindo.
— É, parece que seu marido está cuidando bem de você, Lia — disse Jake. Sim, ele está e isso me deixa muito feliz.
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