GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 15

POV AMÉLIA.

Eu me emocionava todas às vezes que escutava os corações de meus filhos. Doutor Hélio, continuou passando o aparelho na minha barriga. Eu não entendia porque de sua emoção. Hélio então fez uma expressão estranha.

— Esse batimento é muito forte para um filhote que está sendo gerado. — Falou o médico. Fiquei preocupada, será que ele já percebeu que tem mais de um coração batendo? Minha obstetra ficou surpresa quando percebeu que os corações dos quatro bebês batiam em perfeita sintonia, que parecia apenas um coração batendo.

— Significa que meu filhote é muito forte. — Falou Magnos com orgulho dos meus filhos. Quando conseguirei me livrar desse ser?

— Pode ser. — Disse Hélio. Percebi que Magnos lhe direcionou um olhar questionador.

— Tem algo errado com os batimentos do meu filhote? O clorofórmio prejudicou meu filhote? — Perguntou Magnos. Eu também fiquei preocupada quando ele falou.

— O que há de errado com meu filho? — Perguntei impaciente.

— Se acalmem. Aparentemente, não tem nada de errado. Eu só achei que seu coração tem batimentos muito fortes, parece ter vários corações batendo juntos. — Falou Hélio enquanto continuava fazendo o exame.

De depende Hélio arregalou os olhos enquanto olhava para o monitor. Ele ficou bastante surpreso e me olhou atordoado. Ele havia descoberto serem quatro bebês. Pude perceber surpresa e emoção no olhar de Hélio. Era estranho, parecia que ele estava muito feliz com essa descoberta. Magnos, vendo a reação do médico, começou a perguntar.

— O que aconteceu, ele está bem? — Magnos perguntou.

— Ele está ótimo. Não tem nenhum problema aparente com o filhote. Agora precisamos acompanhar o desenvolvimento e ver se terá algumas sequelas. — Falou Hélio. Ele não disse nada sobre sua descoberta, mas eu sabia que logo falaria com Magnos quando eu não tivesse por perto. Preciso agir agora, porque quando esse louco descobrir, vai me prender e não me deixar sair. Eu nunca mais verei a liberdade. Então tive uma ideia.

— Doutor, terminou? Preciso ir ao banheiro, já não aguento mais segurar. Minha bexiga está quase explodindo. — Falei bastante dramática. Eu sabia usar o drama para conseguir o que eu desejava. Sempre funcionou com Jake e com quem eu quisesse. Eles acabam fazendo minhas vontades.

— Já acabei sim. Você pode se limpar e o banheiro fica no corredor próximo ao elevador, aqui dentro não tem banheiro. — Falou Hélio.

— Vou junto. — Disse Magnos. Droga, se esse infeliz me acompanhar, eu não conseguirei fugir. Passei o papel, toalha descartável, sobre minha barriga, limpando o gel. E fechei a roupa, escondendo minha barriga. Me sentei na maca, tirando o lençol que me cobria.

Andei rápido até a porta que não estava aberta. Fiquei com medo de que estivesse trancada. Eu rezava pedindo que estivesse destrancada. Empurrei a porta e ela se movimentou, se abrindo. Suspirei aliviada. Saí apressada pela porta, olhei em volta e percebi que as árvores que havia visto eram, na verdade, uma floresta.

— Eu não esperava que minha rota de fuga fosse dar numa floresta. O que eu faço? Não posso e não quero voltar. Meus bebês, mamãe vai nos tirar daqui. Prefiro me arriscar nessa floresta do que continuar sendo prisioneira daquele louco. E seja o que tiver que ser. — Falei comigo mesma.

Observei em volta e comecei a correr em direção à floresta sem olhar para trás. Corria entre as árvores, sempre em frente. Resolvi correr em direção ao por do sol, na direção oeste. Parei por um segundo para descansar.

Continuei correndo desesperadamente pela floresta densa, onde a luz do sol mal consegue tocar o chão. As copas das árvores acima de mim formavam uma barreira quase impenetrável, e a luz que passava era fraca e trêmula. O ar está carregado com o cheiro de musgo e folhas úmidas, e cada respiração minha era pesada e rápida. Sinto os raios de sol que conseguiam se infiltrar, tocando minha pele. O som dos meus passos apressados era abafado pela espessa camada de folhas no chão.

Eu mal ouvia outros sons, pois o som do meu coração batendo era muito forte e parecia me ensurdecer. A tranquilidade da floresta foi quebrada pela minha corrida frenética, enquanto tento escapar do meu sequestrador maluco. Sentia a presença da natureza selvagem ao meu redor. De repente, ouvi um barulho e parei, assustada, olhei em volta, mas não vi nada. Quando iria continuar correndo, ouvi um rosnado e olhei assustada para a direita, avistando dois lobos marrons selvagens e imensos. Eles rosnavam para mim e mostravam os dentes.

— Que droga. — Falei com medo. Talvez não tenha sido uma boa ideia ter entrado nessa floresta.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE