POV AMÉLIA.
Eu aguardava sua resposta impacientemente, ele estava conversando com Cosmo. E demorou um pouco aquele diálogo. Por fim, acabou a conversa, eu já estava me consumindo de ansiedade.
— Amélia, você casar-se comigo não a fará minha companheira, somente minha esposa, perante os humanos e o conselho. Assim eles não poderão te levar. — Respondeu apreensivo parecendo não querer me magoar. Mas eu já estava magoada e irritada com a sua resposta.
— Então quer dizer que assim que sua querida e prometida companheira chegar, eu serei descartada como um saco de lixo? É isso? — Perguntei irritada e segurando minhas lágrimas. Magnos suspirou e massageou sua sobrancelha, me olhou e parecia estar indeciso.
— Amélia, eu não posso simplesmente abdicar de minha companheira. Cosmo me sugeriu uma ideia: se durante esse tempo que estivermos casados, eu começar te amar, lhe farei minha companheira escolhida. E então, você aceita meu pedido? — Perguntou e parecia nervoso.
— O que temos a perder? Essa é nossa melhor chance, Amélia. Sei que conseguiremos fazer esse lobo rabugento nos amar. Ele já está apaixonado. — Falou Ravina na minha mente.
— Quer saber, não posso arriscar perder meus filhos e ser mantida como cobaia por esses seres malditos. É melhor arriscar nesse casamento com esse lobo mal. Eu o farei me amar. — Falei com Ravina, fazendo minha escolha. Olhei para Magnos e respondi sem desviar meus olhos.
— Eu aceito seu pedido de casamento. Quando será? — Perguntei. Magnos soltou o ar que estava segurando, parecendo aliviado com a minha resposta. Ele sorriu e me abraçou, me pegando de surpresa.
— Os papéis do contrato de casamento estão aqui, só precisamos assinar e estaremos casados. — Mencionou contente, esse alfa está estranho ultimamente. Não sei o que esperar dessa nova versão dele. Com o alfa rabugento eu sabia lidar, mas esse é bipolar não sei como agir.
— Mas não terá uma cerimônia, será só o contrato? — Perguntei decepcionada. Eu sempre sonhei com uma cerimônia quando me casasse. Magnos desfez o abraço e se afastou para me olhar.
— Você quer uma cerimônia? — Me perguntou.
— Sim, toda mulher quando vai se casar quer uma cerimônia, com vestido de noiva, bolo, festa e tudo que uma noiva tem direito. — Falei.
— Acho que não tem necessidade de tudo isso, não será um casamento humano. Assinar o contrato é suficiente. — Falou. Coloquei minhas mãos na cintura e lhe olhei com fúria.
— Pois quero uma cerimônia, com bolo, vestido de noiva e festa. Já que vou me casar, exijo tudo que tenho direito. Ou então não assino esse documento e me arrisco com o conselho. — Ameacei.
— Espero que saiba o que está fazendo sua louca, pois se ele se recusar, quero ver o que você fará? — Falou Ravina rindo.
— Fique quieta que sei o que eu faço. — Respondi a ela. Mas Ravina estava certa, tinha a possibilidade dele se negar a aceitar. Os olhos de Magnos estavam escurecidos, suspirou e parecia tentar se acalmar.
— Se você quer uma cerimônia e todo aquele circo humano, tudo bem. Você terá tudo que tem direito. Mas agora assine esse documento. — Falou contrariado. Ele ficava lindo, bravo.
— Vamos com calma, senhor alfa. Eu antes preciso ler o que está nesse documento. Não sou burra de assinar nada sem ler antes. — Falei séria, não sou estúpida. Posso estar apaixonada por ele, mas não emburreci ainda. Preciso saber o que tem nesse documento, vai que estou abrindo mão dos meus filhos.
— Não confia em mim? — Perguntou parecendo ofendido.
— Tem sim. — Falei, impedindo Magnos de finalizar. Ele me olhou bravo.
— O que faltou, Amélia? — Perguntou irritado.
— Anote, por favor, senhor Alberto. — Falei e o advogado olhou para Magnos esperando permissão.
— Me diga o que quer primeiro. — Ordenou Magnos.
— Então, você Magnos Veranis será fiel a mim, não vai ficar por aí trepando com as lobas ou qualquer fêmea, ou ser sobrenatural. Se me trair, ficará sem sexo por tempo indeterminado até que eu decida. Serei livre para tomar minhas decisões. E se você não me amar e resolver me abandonar pela sua companheira prometida. Você permitirá que eu crie meus filhos e não os tirará de mim. — Falei.
O advogado me olhou assustado, acho que devido à minha audácia e coragem. Magnos me observou atentamente e respondeu:
— Escreva cada palavra que Amélia falou. — Disse Magnos surpreendendo a mim e o advogado. Pensei que ele discutiria. Muito estranho, o que esse lobo mal está tramando?
O advogado digitou rapidamente no notebook. Após alguns minutos, disse estar pronto. Magnos se levantou e disse para ele enviar para seu e-mail. Ele saiu e logo voltou com alguns papéis na mão e me entregou. Olhei o contrato e li cada linha outra vez. Estava tudo como eu queria. Então assinei meu nome já com o sobrenome do Magnos. Amélia Carter Veranis. Magnos assinou o nome dele ao lado do meu.
— Agora estamos casados e você, senhora Amélia Carter Veranis, agora é toda minha. — Disse Magnos e sorriu.
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