Ficar ou correr? romance Capítulo 963

Sorri e balancei a cabeça. “Não tenho certeza, mas vamos parar de fofocar sobre eles. Na idade dela, se a tia Suzana conseguir encontrar alguém adequado e ter um companheiro para seus últimos anos, isso é uma coisa boa.”

“Isso mesmo!” Ana concordou e continuou seriamente: “De repente, eu acredito que o destino realmente existe. Todos nós temos nossos próprios caminhos predestinados. Algumas pessoas têm uma vida tranquila, cheia de fama e riqueza, mas morrem jovens. Outras passam por dificuldades, mas mantêm a saúde até morrerem de velhice. E há aquelas que começam a vida de forma difícil, mas trabalham duro e, no final, colhem os frutos do esforço. No amor é a mesma coisa. O verdadeiro amor pode vir mais tarde, depois de muitas provações e tribulações.”

Assenti, concordando com a visão dela. Cássio pediu alguns dos pratos favoritos de Ana e disse: “E nós? Também não foi fácil ficarmos juntos, certo?”

Ana olhou para ele e respondeu: “A gente só se encontrou no momento certo.”

Vendo que eles estavam se exibindo novamente, olhei para o meu celular. Heloísa tinha mandado outra mensagem. ‘É difícil explicar por mensagem. Vamos marcar de nos encontrar!’

Ela tinha razão. Era complicado demais para explicar pelo celular.

Naquele momento, vi uma ligação de Pedro entrando e atendi imediatamente. “Sua reunião já acabou?”

Ele respondeu com a voz rouca: “Sim, acabou agora. Onde você está?”

“Estou jantando com Ana e Cássio no centro da cidade. Quer se juntar a nós?”

“Claro!”

Depois que desliguei, Ana olhou para mim e perguntou: “Era o Pedro?”

Eu assenti e ela perguntou, preocupada: “Você tem descansado bem esses dias? Notei que você estava um pouco pálida quando nos encontramos esta manhã. Está perdendo o sono por causa da Suelen?”

Eu congelei por um momento e soltei um sorriso amargo antes de responder: “Ela é a única filha da Márcia. Eu...”

Suspirei e não terminei a frase. Não querendo discutir o assunto, olhei para Ana e disse: “Pedro vai chegar daqui a pouco. Acho melhor eu ir dar um oi para a tia Suzana antes.”

Falar sobre a situação da Suelen não levaria a nada. Só me restava torcer para que um rim compatível fosse encontrado em breve.

Ana entendeu que eu não queria continuar falando sobre isso e assentiu. “Claro, vai lá. Ainda vai demorar um pouco para a comida chegar.”

“Ah, o Pedro também está aqui”, Suzana comentou ao notar sua presença.

Caminhei até ele e perguntei: “Como chegou tão rápido?”

Ele me puxou para perto e franziu a testa. “Por que sua mão está tão fria?” Ele perguntou, enquanto segurava minha mão, aquecendo-a. “O escritório fica bem perto e o trânsito estava tranquilo. Por isso cheguei rápido.”

“Ah”, respondi simplesmente, antes de sussurrar em seu ouvido: “Esqueci de te contar, mas a tia Suzana está aqui também.”

Enquanto conversávamos, Josué já havia se levantado e se aproximado de Pedro. Depois que os dois trocaram cumprimentos, Pedro me perguntou: “Você não estava com a Ana?”

Assenti e nos despedimos de Suzana antes de voltar para a mesa com Ana e Cássio. Os pratos chegaram ao mesmo tempo em que nos sentamos.

Quando Ana nos viu, sorriu e disse: “Estava prestes a ir buscar vocês.” Depois, apresentou Cássio a Pedro, e todos nós nos sentamos.