Ficar ou correr? romance Capítulo 920

Rebeca olhou irada para mim. “Sra. Scarlet, desde quando você se tornou uma intrometida?”

“Vá para sua casa e discuta lá!” Pedro interrompeu friamente. O olhar de aço que fixou em Armando era assustador. “Você não pode fazer nada em relação a elas, mas com certeza pode pensar um pouco mais nas Corporações Carvalho e Queiroz.”

Ele cerrou os dentes, visivelmente descontente. “Chega. Agora não posso nem comer em paz? Merd*!” Sacudiu as mãos de Cristina com violência, e imediatamente se levantou e saiu da sala.

As pessoas próximas da mesa estavam encolhidas em seus assentos desde que o conflito começou. Acuados, deixaram silenciosamente o local e se dispersaram. Rebeca saiu correndo atrás de Armando, enquanto Cristina permaneceu sozinha na sala privada.

Puxei a manga de Pedro e me preocupei por um momento, então me virei para ela. “Não o irrite. Você sabe melhor do que ninguém por que a permite que se aproxime dele.”

Tendo lançado essa palavra de advertência, fomos saindo. Sua próxima pergunta, no entanto, me fez parar no meio do caminho. “Por que você está me ajudando?”

Olhei com indiferença e respondi: “Não estou te ajudando. É apenas um aviso.” Os sentimentos de Armando por Rebeca não eram desaprovados. Não importa o que tivesse acontecido, ele continuava firme ao lado dela sem se importar com os outros. Era óbvio que estava a usando para deixar Rebeca com ciúmes.

Naquele momento, seu sorriso se transformou numa careta. “Não importa”, disse Cristina amargamente. “Dinheiro é tudo o que importa para mim. O que quer que aconteça entre eles não é da minha conta.”

Dei de ombros e respondi brevemente: “Então, boa sorte.”

Realmente não era da minha conta. Na verdade, eu tinha feito mais do que a minha parte ao mencionar os fatos. Se ela tinha aceitado, não era mais problema meu.

Depois de todo esse drama, Pedro e eu saímos da sala privada e voltamos para a nossa mesa. Marcelo deveria estar se perguntando que diabos estávamos fazendo!

“João mandou Suelen para uma fábrica nos subúrbios. Você pode verificar, mas não acho que estava planejando que ela sobrevivesse. Não sei o que ele fez com ela lá. Quem sabe o tipo de cicatrizes que essa experiência deixou?” Sua voz soou atrás de nós.

Um arrepio percorreu minha espinha. Me virei imediatamente, mas Cristina já estava se afastando com a bolsa na mão.

Então me virei para Pedro, angustiada e disse: “Quando você a encontrou naquela época, notou algo estranho?”

Ele balançou a cabeça. “Vou mandar alguém para investigar. Não se preocupe.”

Concordei. Mas já havia um tumulto de inquietação se agitando dentro de mim.

Enquanto isso, Marcelo nos viu se aproximando lentamente da mesa, sentando outra vez. Franzindo os lábios, e reclamou: “Que diabos vocês dois estavam fazendo? Vocês não vieram aqui para comer comigo? A falta de intimidade era realmente tão insuportável?”

Saímos de lá com pressa. O aviso de Cristina me perturbou e fiquei com medo que algo ruim pudesse acontecer com Suelen. Desde que voltou para Nova Itália, ela parecia estar doente quase que constante.

“Você acha que João realmente a machucaria?”, perguntei. Não achava que alguém pudesse machucar seu próprio filho, mas as palavras de Cristina tinham se enraizado em meu coração.

Pedro estava pagando a conta de nossa refeição. Assim que terminou, respondeu lentamente: “Vamos esperar pelos resultados da investigação. Enquanto isso, podemos levar Suelen ao hospital para um exame completo.”

Concordei plenamente. Então, um pensamento me atingiu como um raio. “O que acha de irmos até a prisão e perguntar para João?”, eu disse.

Pedro não falou. Em vez disso, me fixou com um olhar profundo e muito sério, parecendo quase me perfurar.

Com isso, desviei o olhar. Naquela hora, me deparei com Marcelo se erguendo da mesa. Observei quando ele cerrou suas mãos e deixou seus punhos a mostra na lateral de sua cintura. O homem parecia absolutamente enfurecido.

“Marcelo...” Estava prestes a gritar, mas Pedro me silenciou com um puxão forte. Gesticulou para que eu ficasse em silêncio e o seguisse enquanto ele dava um passo à frente.

Só notei o casal que estava de frente para Marcelo assim que chegamos ao seu lado. Reconheci a mulher, embora já tivesse passado um tempo considerável desde a última vez que a vi. Usava uma jaqueta rosa com estampa de leopardo que contrastava muito bem com sua pele jovem e brilhante.

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